Novo presidente se apresentou na China aos líderes do bloco de emergentes. Após encontro dos Brics, ele participou da abertura do encontro do G20.

Temer em encontro com líderes do Brics
Crédito: Beto Barata / Presidência da República

O presidente da República, Michel Temer, se apresentou neste domingo (4), em encontro informal na China, aos chefes de Estado dos outros quatro países que integram o Brics, bloco de nações emergentes integrado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. 
Do G1, em Brasília
Ao discursar na reunião, o peemedebista afirmou aos colegas dos Brics que seu governo está promovendo "um ajuste fiscal amplo e sustentável" e que colocará em prática uma "ambiciosa agenda de reformas estruturais".

Temer viajou para a China na última quarta-feira (31) – mesmo dia em que Dilma Rousseff foi afastada definitivamente da Presidência e ele foi empossado pelo Congresso Nacional – para participar do encontro de cúpula do G20, grupo que reúne as 20 maiores economias do planeta.

 Antes da abertura do G20, os líderes dos Brics fizeram um encontro informal.

Os chefes de Estado dos cinco países emergentes evitaram citar o impeachment de Dilma Rousseff e a efetivação de Temer no comando do Palácio do Planalto. Ao final da conversa, em uma tentativa de demonstrar coesão do bloco, posaram para uma foto oficial de mãos dadas.

Em uma espécie de convite a investimentos dos países do bloco, Temer ressaltou aos líderes de Rússia, China, Índia e África do Sul que pretende estimular no Brasil os investimentos em infraestrutura, especialmente, destacou ele, com concessões de estradas, portos, aeroportos, ferrovias e sistemas de geração e transmissão de energia.

"No Brasil, o caminho do crescimento está sendo reconstruído

Estamos promovendo um ajuste fiscal amplo e sustentável. Juntamente com o Congresso Nacional, instituiremos um teto constitucional para o crescimento das despesas governamentais.

 O crescimento real zero do gasto público levará à redução da dívida do Estado", declarou Temer aos chefes de Estado dos Brics, em sua primeira viagem internacional depois que foi efetivado no cargo com o impeachment de Dilma Rousseff.

"Uma ambiciosa agenda de reformas estruturais também está em curso para elevar a produtividade da economia e gerar ambiente de negócios mais favorável.

 Estimularemos os investimentos em infraestrutura, sobretudo por meio de concessões de estradas, portos, aeroportos, ferrovias e sistemas de geração e transmissão de energia", complementou.

As concessões à iniciativa privada de serviços atualmente gerenciados pela administração pública estão sendo organizadas pelo secretário do Programa de Parcerias e Investimentos, Moreira Franco, ex-ministro da Aviação Civil.

Ao longo do discurso aos colegas estrangeiros, Michel Temer também ressaltou o que classificou de "relevância" de foros como os Brics e o G20 para a manutenção da economia mundial.

O novo presidente brasileiro também falou sobre a importância do aprimoramento do sistema multilateral de comércio, por meio do fortalecimento da Organização Mundial do Comércio (OMC), reforçou que é preciso fazer reformas no Fundo Montetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, e chamou a atenção para a necessidade de uma cooperação internacional para prevenir e combater atos de terrorismo.

Encontro do G20
Neste domingo, ocorreu a abertura oficial do encontro de cúpula do G20 em Hangzhou, na China. Ao abrir o encontro, o presidente chinês, Xi Jinping, afirmou que o grupo precisa adotar novas medidas para gerar crescimento, incrementar o comércio e investimentos e evitar o protectionismo.


Para Xi Jinping, a economia mundial está se recuperando, mas enfrentra múltiplos desafios em finanças, comércio e investimentos.

 O presidente da China pediu aos participantes da cúpula para coordenar suas políticas fiscais e monetárias, assim como suas reformas estruturais, para estimular a economia e garantir que se mantenha a dinâmica de longo prazo.

Além disso, ele ressaltou que a tarefa do G20 em Hangzhou é "proporcionar uma solução que corrija os sintomas e as causas dos problemas econômicos globais".

"O G20 deve honrar seus compromissos de não adotar novas medidas protecionistas, reforçar a coordenação das políticas de investimento e adotar passos críveis para estimular o crescimento do comércio", discursou Xi Jinping

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