Fechamento de postos de trabalho volta a ser recorde no Alto Tietê

Só em novembro a indústria demitiu 1,2 mil trabalhadores, segundo Ciesp.
No acumulado do ano, 5.950 postos de trabalho foram fechados.

 

Pelo 10º mês consecutivo, o nível de emprego industrial no Alto Tietê registrou resultado negativo. Em novembro/2015, a variação registrada foi de -1,84%, o que significou uma queda de aproximadamente 1.200 postos de trabalho. 

Ao se igualar ao número do mês anterior, as demissões voltam a ser recorde na indústria da Região, com o pior desempenho desde 2005, segundo pesquisa do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) divulgada nesta quarta-feira (16).

O índice de demissões registrado em novembro coloca o Alto Tietê na 31ª posição no ranking das 35 regiões industriais do Estado de São Paulo. Os resultados apurados na região estão bem acima da média registrada para o Estado (-0,80%) e para a Grande São Paulo (0,75%).

Com esses dados, o acumulado no ano no nível de emprego é de -8,57%, representando uma queda de aproximadamente 5.950 postos de trabalho. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -8,82%, o que corresponde a 6.150 demissões.

“Não há mais qualquer esperança de recuperação para 2015. 
 Foi um ano perdido para  a indústria do Alto Tietê, que deve encerrar esse período como o pior da sua história e cerca de 10 mil trabalhadores a menos. 
 Estamos acumulando perdas em cima de perdas e as demissões são inevitáveis. 
 O foco, agora, é tentar sobreviver e esperar que a partir do segundo semestre venha algum indicativo de retomada, o que vai depender também de um desfecho para essa crise política que afeta ainda mais a economia nacional”, avalia José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê.  

Indústria gerou 397 vagas até julho de 2014, mas se retraiu e fechou 1866 postos em 2015 nas maiores cidades do Sul de Minas (Foto: Reprodução EPTV)
Segundo Ciesp, 1,2 mil trabalhadores foram demi-
tidos em novembro (Foto: Reprodução/EPTV)
 
Em novembro, o nível de emprego industrial no Alto Tietê foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Produtos Têxteis (-9,10%); Celulose, Papel e Produtos de Papel (-2,40%); Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-1,61%) e Produtos de Minerais Não-Metálicos (-1,61%).

Quando comparados os meses de novembro dos anos de 2014 e 2015, temos um cenário pior, pois em 2014 o resultado foi negativo em -1,07%. 

Aliás, novembro de 2015 foi o pior da série histórica medida pelo Ciesp desde 2005.

 O resultado de novembro (-1,84%) praticamente foi idêntico ao registrado em outubro passado (-1,83%) e foi o 10º mês consecutivo com demissões em alta. Em 2015, apenas janeiro teve desempenho positivo.
 Do G1 Mogi das Cruzes e Suzano

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