ABC das Pragas - na lavoura

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Pulgão-preto-do-coqueiro
Nome Popular: Pulgão-preto-do-coqueiro.
Nome Cientifico: Cerataphis lataniae Boisduval.
Características: Esse pulgão tem o formato circular, mede cerca de 2 mm de diâmetro, tem a coloração quase preta e locomoção lenta, podendo ser de forma alada ou sem asas.
Os maiores danos do pulgão são decorrentes do ataque à inflorescência em formação, retardando seu desabrochamento. Esse tipo de ataque estimula a exploração das flores por pequenos curculionídeos e microlepidópteros. Em coqueiro-anão o ataque desse pulgão manifesta-se com mais severidade do que nas demais variedades.
Como combater: Corte 20 cm de fumo e deixe de molho durante 1 dia em 1/2 litro de água. Para aplicar sobre as plantas, utilize 3 a 5 colheres de sopa desse preparado diluído em 1 litro de água. Sendo a nicotina volátil, não se recomenda o uso desta solução após 8 horas do preparo.
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Lagarta-das-folhas
Nome Popular: Lagarta-das-folhas.
Nome Cientifico: Spodoptera eridania.
Característica: Cabeça castanho-avermelhado, corpo com listras longitudinais marrom-escuras e claras, recoberto por fina pilosidade, podendo atingir de 6,0cm a 8,0cm de comprimento.
As lagartas vivem em grupo na copa do coqueiro, dentro de um ninho (saco) construído pela união de vários folíolos, onde permanecem abrigadas durante o dia. As lagartas são facilmente detectadas pelo desfolhamento da planta, presença de ninhos e de excrementos no chão.
Como combater: Pulverize com extrato de fumo com pimenta sobre as lagartas. Outro cuidado é o esmagamento dos ovos nas folhas ou a catação manual das lagartas. Com cuidado de usar luvas grossas para evitar queimaduras.
Numa garrafa de 1 litro, misture 50 g de fumo de rolo picado e pimenta malagueta. Complete com água e deixe repousar por uma semana. Dilua em 10 litros de água e pulverize.
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Formiga Cortadeira
Nome Popular: Formiga cortadeira.
Nome Cientifico: Acromyrmes spp.
Característica: As formigas cortadeiras quenquéns e saúvas, cultivam o seu próprio alimento, os fungos, e causam danos às plantas.
As saúvas cortam quase todos os tipos de material vegetal fresco, incluindo flores, frutos, folhas e caules.
Consideradas os maiores herbívoros, pode induzir a mortalidade de árvores inteiras através do corte de um percentual elevado de suas folhas, além de influenciar a regeneração de muitas espécies de plantas através do corte de flores e da predação e dispersão de sementes.

Como combater: Pique uma xícara (chávena) de pimenta-malagueta (cuidado para não esfregar os olhos!)
Acrescente 2 litros de água.
Deixe de molho na água por 2 ou 3 dias ou ferva por 15 minutos.
Acrescente sabão em pó ou lascas de sabão, misture e filtre.
Durante a estação seca, aplique uma vez por semana. Durante a estação das chuvas, aplique três vezes por semana.
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Ácaro da ferrugem
Nome Popular: Afídios.
Nome Cientifico: Aphis rosae .
Característica: São geralmente, de cor uniforme, baça ou brilhante, existindo espécimes castanhos, cinzentos, amarelos, verdes, vermelhos ou pretos.
Afídios - Insectos pequenos (pulgões ou piolhos-das-plantas) de corpo mole e várias cores que sugam a seiva da planta. As plantas acabam por ficar atrofiada e com as folhas encaracoladas,mais comum a parasitar as roseiras, sendo, por isso, também designado como afídio-da-roseira.
Como combater: Para liquidar estes encetas pode fazer armadilhas com água em recipientes amarelos ou cartões amarelos pegajosos, colocados próximos da planta atacada. Pode ainda pulverizar com cinzas peneiradas, água calcária, cebolinho, poejo, tabaco, folhas de sabugueiro e água e sabão.

Nome Popular: Ácaro da ferrugem.
Nome Cientifico: Plyllocoptruta oleivora.
Característica: O ácaro da ferrugem tem coloração amarelada em formato de vírgula, sendo uma praga quase invisível a olho nu, porque mede 0,16mm de comprimento.
Essa praga, considerada primária, danifica ramos, folhas e frutos. Seus danos a princípio são desapercebidos, mas ao decorrer do tempo, acabam resultando em sérios prejuízos à produção.Quando for encontrado 30% dos frutos com 5 ou mais ácaros por centímetro quadrado, ou quando 10% dos frutos estiverem com 20 ou mais ácaros, sugere-se pulverizar.

Como combater:

2 litros de água
1 kg de sabão comum (em pedra ou líquido)
8 litros de óleo mineral

Modo de fazer:

Pique o sabão (se for em pedra), misture com o óleo e a água e leve ao fogo, mexendo sempre, até que levante fervura. A mistura vai adquirir a consistência de uma pasta. Guarde em um pote bem tampado e na hora da aplicação, dissolva cerca de 50g pasta em água morna e dilua tudo em 3 litros de água.
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Traça das flores do coqueiro
Nome Popular: Traça das flores do coqueiro.
Nome Científico: Ephestia cautella.
multiplicação: por ovos.
característica: têm coloração acinzentada,medindo cerca de 15 a 20 mm de envergadura. As asas anteriores apresentam duas manchas amareladas

Ataca frutas maduras de nogueiras, cocos, amêndoas de babaçu e outras palmáceas, farinha de soja e vagens de amendoim. É conhecida como traça-do-cacau, em virtude de atacar severamente as amêndoas do cacau.

COMO COMBATER:

100g de fumo em corda, 1 litro de álcool e 100g de sabão.
misture 100g de fumo em corda cortado em pedacinhos com 1 litro de álcool. Junte 100g de sabão e deixe curtir por 2 dias.

Aplicação: para pulverizar plantas utilize 1 copo do produto em 15 litros de água.
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Mosca das frutas
Nome Popular: Mosca das frutas
Nome Científico: Anastrepha spp.
multiplicação: por ovos
característica: mosca que mede cerca de 6,5 mm de comprimento, apresentando coloração amarela.

As moscas-das-frutas produzem danos de grande proporção às culturas de mamão, citros, maçã, maracujá, nectarina, nêspera, pêra, acerola e ameixa. Os frutos atacados pelas moscas apresentam sintomas bem característicos: em volta do local onde foi feita a postura aparece um halo com aproximadamente 2 cm de diâmetro e coloração escura. Quando as larvas nascem, este halo vai ficando com cor acastanhada devido ao apodrecimento da casca. É exatamente aí, sobre esses tecidos destruídos, que se desenvolvem certos fungos.

COMO COMBATER:

1 kg de sabão picado + 3 litros de querosene + 3 litros de água. Preparo: derreta o sabão picado numa panela com água. Quando estiver completamente derretido, desligue o fogo e acrescente o querosene mexendo bem a mistura.

Aplicação: em seguida, para a sua utilização, dissolva 1 litro dessa emulsão em 15 litros de água, repetindo a aplicação com intervalos de 7 dias. No caso de hortaliças e medicinais, aconselha-se respeitar um intervalo mínimo de 12 dias antes da colheita.
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Lesma
Nome Popular: Lesma
Nome Científico: Vaginulus sp.
multiplicação: por ovos
característica:é um molusco de corpo achatado,úmido e de coloração parda

No cultivo de diversas espécies de flores, as lesmas se alimentam das flores e folhas e em hortaliças, atacam as partes mais tenras, flores, folhas e raízes, o que prejudica sua aparência e partes da planta a serem consumidas. Isso inviabiliza as plantas comercialmente, causando grandes prejuízos aos produtores.

COMO COMBATER:

Tire a tampa de uma lata de azeite e enterre-a deixando a abertura no nível do solo. Coloque dentro um pouco de cerveja misturada com sal. As lesmas e os caracóis caem na lata atraídas pela cerveja e morrem desidratados pelo sal.
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Broca do olho do coqueiro
Nome Popular: broca do olho do coqueiro.
Nome Científico: Rhynchophorus palmarum.
multiplicação: por ovos.
característica: besouro preto de 45 a 60 mm de comprimento.

O coqueiro e outras palmeiras como o dendê, durante o corte da folha e da colheita, liberam cheiro característico que atrai o besouro.No coqueiro doente as folhas murcham e amarelecem, os folíolos secam. Com o avanço da doença, as folhas mais velhas ficam penduradas e presas. As folhas mais novas permanecem eretas formando um tufo.As plantas mortas ficam totalmente desfolhadas e pode ocorrer queda dos frutos.

COMO COMBATER:

Com o uso de uma armadilha confeccionada com um balde de plástico com tampa reta ou levemente côncava e capacidade para 50 e até 100 litros. Na tampa do balde devem ser abertos 3 ou 4 furos de aproximadamente 6 cm de diâmetro equidistantes entre si. Em cada furo coloca-se um funil: a extremidade mais aberta é presa nas bordas do furo. No interior do balde devem ser colocados 30 a 40 toletes de cana-de-açucar amassados, visando maior rapidez no processo de fermentação da cana.
De 15 em 15 dias os toletes de cana devem ser trocados.Os insetos coletados devem ser retirados do balde e mortos manualmente.
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Bicho Furão
Nome Popular: bicho furão.
Nome Científico: Ecdytolopha aurantiana.
multiplicação: por ovos.
característica: mariposa,com uma coloração marrom-escura.

Embora tenha preferência por frutos maduros, atacam também frutos verdes. O ataque provoca a perda total do fruto, que cai e apodrece.Ataca mais intensamente entre os meses de novembro e março.

COMO COMBATER:

100 ml de solução sulfocálcica (lojas de produtos agropecuários)
10 litros de água

Misture bem e pulverize as plantas atacadas uma vez a cada 15 dias. Em época de chuvas, deve-se aplicar uma vez por semana.Pode ser armazenada por 6 a 12 meses fora do contato com ar e a luz.

Aplicação:
Deve-se utilizar o Equipamento de Proteção Individual. Após a aplicação, tanto o Equipamento de Proteção como o de pulverização devem ser lavados com uma solução de 10% de vinagre ou limão para cada litro de água.
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Bicho da Maça
Nome Popular: bicho da maçã.
Nome Científico: Cydia pomonella.
multiplicação :por ovos.
característica: Com coloração acinzentada e uma mancha circular escura rodeada de escamas avermelhadas.

Ataca principalmente a maçã e a pêra.Os frutos atacados apodrecem e caem precocemente.Fica camuflada no interior da copa, em locais mais escuros das árvores, entrando em atividade quando a temperatura se eleva acima de 10 a 15,5ºC.São depositados na face superior das folhas ou sobre os frutos,um ovo por folha ou fruto.

COMO COMBATER:

Colocar 100 g de fumo de corda cortado em pedacinhos em 1 litro de álcool mantendo abrigado da luz por alguns dias.
Filtrar espremendo em pano e guardar o extrato em garrafa escura.
Para melhor conservação é recomendado acrescentar 4 gramas de fenol por litro de extrato.

Aplicação:
Para pulverizar nas plantas, na hora de usar, misturar 200 ml do extrato com 200 gramas de sabão e dez litros de água. O sabão quanto mais forte (alcalino) melhor, o qual deverá ser cortado em pequenos pedaços e dissolvido em água quente antes de adicionar a mistura.

É tóxico para o ser humano e pode afetar os inimigos naturais. O seu preparo e aplicação requerem cuidados.A colheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a aplicação do fumo.
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Dicas contra Pragas e Doenças

É com muito carinho e atenção que plantamos e vemos nossas plantas crescendo vistosas e bonitas. Qual a nossa surpresa quando nos deparamos com pragas e doenças infestando e destruindo o que cuidamos com tanto esmero. Mas não devemos nos desesperar, afinal estes bichinhos estão cumprindo o papel que a natureza lhes deu e é nosso dever controlá-los e não exterminá-los. Nestes casos o primeiro passo é identificar a praga ou doença, feito isso, investigue suas causas. Você verá que em muitos casos a prevenção teria evitado o problema. Tesouras mal esterilizadas, introdução de novas plantas, lixo acumulado, proliferação de ervas daninhas, estão entre algumas de diversas causas de introdução de pragas e doenças no jardim. Agora sim, adote as medidas preventivas e de controle para resolver a situação. A seguir três receitas fáceis de fazer, com ingredientes baratos e eficientes no controle e prevenção de diversas pragas e doenças conhecidas, como ácaros, pulgões, lagartas, cochonilhas, entre outros que insistem em devorar nossas plantas. Use os produtos com parcimônia, pois embora muitas vezes eles sejam naturais, isto não significa que não são tóxicos e prejudiciais à nossa saúde e ao meio-ambiente. Não se esqueça que, ao aplicar uma solução inseticida, você estará afetando também insetos benéficos como abelhas e joaninhas. O mesmo vale para soluções fungicidas e bactericidas. Use o bom senso e pulverize as plantas somente quando a praga ou doença esteja prejudicando-as. Evite sempre aplicar sobre flores e frutos, restringindo-se às partes afetadas.

Solução Adesiva:
• 100 gramas de sabão de côco (1/2 barra)
• 2,5 litros de água
Pique o sabão de côco em pedaços pequenos e coloque em uma panela juntamente com a água. Leve ao fogo, mexendo sempre, até que o sabão esteja completamente dissolvido. Espere esfriar e guarde em recipiente fechado. Esta solução por si só não é capaz de controlar os problemas, ela tem a função de diluir, espalhar e fixar os remédios sobre as plantas. Use-a misturando bem com outras fórmulas, momentos antes das pulverizações.

O fumo possui propriedades inseticidas

Calda de Fumo:
• 50 gramas de fumo em corda (cerca de 8 cm)
• 1 litro de água
Pique o fumo em pedaços bem miúdos e coloque em uma panela juntamente com a água. Ferva esta mistura por 25 minutos, acrescente a Solução Adesiva, mexa bem, tampe a panela e espere esfriar. Coe e pulverize sobre as plantas no mesmo dia, pois o princípio ativo é muito volátil. Utilize luvas e máscara ao trabalhar com o fumo, pois ele é tóxico. Ao aplicar sobre frutas e verduras, respeite um período de 10 dias de carência antes da colheita e lave-os muito bem antes de consumir. Indicada contra insetos e ácaros, como cochonilhas, pulgões, lagartas, etc.

Calda Bordalesa:
• 80 gramas de sulfato de cobre (7 colheres de sopa)
• 80 gramas de cal virgem (7 colheres de sopa)
• 10 litros de água
• 1 balde de plástico
• 1 panela
• 1 pano de algodão
• 1 arame
Pulverize bem o sulfato de cobre e coloque o no pano, como um sachê. Amarre bem o pano com o arame e pendure o sachê dentro do balde de plástico com 8 litros de água, de forma que ele não toque o fundo do recipiente, reserve. Faça o leite de cal, colocando cal virgem na panela e acrescentando lentamente 2 litros de água, mexendo até a completa dissolução. Esta mistura esquenta muito e pode queimar. Aguarde 24 horas para misturar as soluções. Verifique o pH da calda, mergulhando uma lâmina de ferro na solução. Se ela enferrujar na superfície em poucos minutos a solução está muito ácida e devemos acrescentar mais leite de cal. Teste a calda até que o pH esteja neutro e ela não enferruje mais a lâmina. Aplique a calda bordalesa no mesmo dia, sem diluir. Utilize sempre equipamentos de proteção individual ao fazer e aplicar as caldas descritas. Não aplique em dias chuvosos, nem sob sol muito quente. Evite aplicar os produtos durante as florações, pois eles podem prejudicar seriamente a frutificação. Você encontra os ingredientes da calda bordalesa em agropecuárias, já fumo em corda é facilmente encontrado em floras e lojas de artigos religiosos. Estas são as receitas clássicas, utilizadas na agricultura orgânica, no entanto existem ainda muitas receitas alternativas e naturais para o controle de pragas e doenças, mas estas ficam para o próximo artigo!

Cigarrinhas, assim como os pulgões, sugam a seiva dasplantas, enfraquecendo-as

No último artigo Receitas para o controle de pragas e fungos, foram descritas as receitas mais clássicas utilizadas no controle doméstico de pragas e doenças fúngicas, como a calda bordalesa por exemplo. O artigo de hoje, visa complementar o último artigo, com receitas alternativas, que utilizam ingredientes naturais ou plantas na sua composição, mas que no entanto tem o mesmo objetivo, que é auxiliar no combate às pragas de jardim. As recomendações do último artigo também valem para este, principalmente os relacionados com a segurança pessoal e ambiental. Use as soluções com bom senso e desfrute de um jardim mais saudável, em todos os sentidos.

Solução de Cavalinha:
• 100 gramas de cavalinha (fresca ou desidratada)
• 1 litros de água
• 4 litros de água para diluição
Pique a cavalinha e misture à água, leve ao fogo baixo e após a fervura deixe por mais 5 minutos. Espere esfriar e coe, adicione a água de diluição e aplique sobre as plantas e o solo. Indicada contra donças fúngicas, fonte de cálcio e como alcalinizante.

Solução de Confrei:
• 300 gramas confrei
• 500 ml de água
• 3 litros de água para diluição
Bata no liquidificador, o confrei e os 500 ml de água, por 1 minuto. Dilua e aplique regularmente sobre as plantas suscetíveis. Indicada contra pulgões.
Solução de Piretro:
• 300 gramas de flores de piretro
• 1 litro de ácool etílico
• água para diluir
Misture o álcool com as flores e deixe descansar por 48 horas em um vidro bem fechado. Após este período a solução pode ser coada e utilizada diluída na proporção de 1:20, isto é 1 parte de solução para 20 partes de água. O piretro contém grandes concentrações de piretróide, o principal constituinte dos inseticidas domésticos. Indicada contra insetos e ácaros, como pulgões, cigarrinhas.

Solução de Cravo-de-defunto:
• 300 gramas de folhas, flores e talos de cravo-de-defunto
• 1 litro de ácool etílico
• água para diluir
Misture o álcool com o cravo e deixe descansar por 24 horas em um vidro bem fechado. Após este período a solução pode ser coada e utilizada diluída na proporção de 1:20, isto é 1 parte de solução para 20 partes de água. O cravo-de-defunto é um ótimo repelente de insetos e ácaros, como pulgões e cigarrinhas e pode ser consorciado com outras plantas com esta finalidade.

Solução Inseticida Picante:• 50 gramas de pimenta do reino
• 50 gramas de pimenta malagueta (fresca ou desidratada)
• 8 dentes de alho
• 1 pedaço pequeno de gengibre
• 1/2 litro de ácool etílico
• 1/2 litro de solução adesiva (do artigo anterior)
Bata no liquidificador os condimentos com um copo de água. Acrescente o álcool à mistura e deixe curtir por uma semana em um frasco fechado. Acrescente a solução adesiva e dilua em 40 litros de água. Aplique sobre as plantas ou sobre o solo (neste caso não é necessária a solução adesiva). Indicada contra insetos, ácaros e nematóides.

Solução de Arruda:
• 1 maço grande de ramos e folhas de arruda
• 1 litro de água
• 2 litros de solução adesiva (do artigo anterior)
Bata no liquidificador a arruda e a água. Coe e acrescente a solução adesiva, misturando bem. Utilize em seguida. Cuidado, evite o contato da arruda e sua solução sobre a pele ou mucosas, pois pode provocar fortes irritações. Indicada contra insetos e ácaros, como pulgões, cochonilhas e cigarrinhas.
Solução de Losna:
• 300 gramas de losna
• 1 litro de água
Prepare um chá forte, com a losna e a água, deixando ferver por 5 minutos. Tampe a panela e aguarde o resfriamento completo. Coe a solução e pulverize sobre o solo e as plantas. Indicada contra lesmas e caracóis.
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Broca • Nome Popular Broca, broca-da-raiz, besouro, capitão, lagarta-rosca
• Ordem: Coleoptera e Lepidoptera
• Filo: Arthropoda
• Partes Afetadas: Raízes, colo, caule, pseudobulbos, ramos, tubérculos, rizomas e bulbos
• Sintomas: Enfraquecimento, tombamento, subdesenvolvimento, morte repentina, apodrecimento de ramos.

Recebem a denominação popular de brocas, os estágios larvais de besouros, mariposas e borboletas que não ficam expostos na parte aérea das plantas. Desta maneira, as brocas são geralmente de cores claras, como o branco, o amarelo, o creme e o verde, pois como ficam escondidas, não precisam de proteção contra a luz do sol. Também na maioria das vezes elas não possuem pelos urticantes como algumas lagartas. Quando às encontramos, elas se enrolam rapidamente, como na foto acima.
Estas larvas são muito vorazes e seu efeito expoliativo nas plantas são sentidos rapidamente, principalmente em plantas de pequeno porte, como em hortas. Elas escavam galeiras nos órgãos de reserva da planta, deixando galerias com excrementos. Quando estão bem alimentadas e crescidas entram no estágio de pupa, para então realizarem a metamorfose que em pouco tempo às transformará em insetos adultos, aptos a reprodução. Os adultos de besouros também danificam as plantas, devorando folhas e brotos; já as mariposas e borboletas normalmente têm uma vida curta. Após o acasalamento, as fêmeas adultas procuram novas plantas para a postura dos ovos e o reinício do ciclo. Além do prejuízo direto à diversas culturas, as brocas propiciam a entrada de microrganismos como fungos, bactérias e vírus, e insetos secundários capazes de provocar novos danos. Além disso, muitas são vetores de nematóides, outra importante praga. O controle desta praga não é nada fácil, pois as brocas estão sempre bem protegidas, dificilmente predadores e inseticidas conseguem chegar até elas. Em pequenos jardins, a catação é ainda o melhor método para plantas pequenas. Em árvores, aplique calda de fumo nos orifícios abertos pela brocas e tape-os com cera derretida. Em hortas, lavouras e pomares, a combinação de métodos é mais eficiente. O diagnóstico da praga é importante para que se possa destruir os ramos, raízes ou plantas afetadas. Restos culturais também devem ser destruídos pois atraem os adultos. Estuda-se a utilização de controle biológico com nematóides (Steinernema sp e Heterihabtidis sp) e microorganismos (Bacillus thuringiensis e Beauveria bassiana). A rotação de culturas acaba muitas vezes com este problema, principalmente quando às espécies de plantas escolhidas são bem diferentes. Jatos com soluções inseticidas, dirigidos às partes afetadas, são eficientes no controle da broca, mas só devem ser utilizadas em último caso, pois também prejudicam insetos benéficos às plantas. Em pomares, podas de limpeza são úteis e pode-se aproveitar a oportunidade para examinar as plantas e diagnosticar outros problemas. Atualmente, iscas impregnadas com feromônios atrativos e alimentos servem para aprisionar os adultos e monitorar a presença da broca em diversos cultivos.
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Caramujo Africano • Nome Popular Caramujo-africano, acatina, caracol-africano, caracol-gigante, caracol-gigante-africano, caramujo-gigante, caramujo-gigante-africano, rainha-da-áfrica, falso-escargot
• Nome Científico: Achatina fulica
• Família: Helicidae
• Filo: Mollusca
• Partes Afetadas: Folhas, flores, frutos, caule
• Sintomas: Partes das plantas roídas, rastros de secreção sobre as plantas e vasos

O caramujo-africano é uma espécie considerada praga em diversos países no mundo todo. Foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 80, com o intuito de oferecer um susbtituto mais interessante economicamente e de maior peso que o escargot verdadeiro (Helix aspersa). Em pouco tempo de criação se verificou que o animal não tinha boa aceitação pelo mercado consumidor brasileiro, o que provocou a desistência da maioria dos criadores, que se desfizeram dos animais de forma errônea: liberando os caramujos em jardins, matas ou simplesmente colocando-os no lixo. Estes caramujos não encontraram predadores naturais à sua altura e se multiplicaram rapidamente, invadindo diversos tipos de ecossistemas brasileiros. Como são hermafroditas (possuem os dois sexos em um mesmo animal) e realizam a autofecundação, basta apenas um indivíduo para que a praga se alastre, afinal são cerca de 400 ovos ano ao por caramujo. O caramujo-africano é um molusco grande e escuro, com até 15 cm de comprimento e 200 gramas de peso. Sua concha é alongada e cônica, com manchas claras. Ele não deve ser confundido com os moluscos brasileiros. Os nativos aruás-do-mato (Megalobulimus sp) têm importante papel ecológico, além de servirem de alimento e como matéria prima no artesanato dos índios. Eles têm a borda da abertura da concha espessa, enquanto que o caramujo-africano tem esta borda cortante.Os caramujos-africanos são conhecidos por serem hospedeiros de duas espécies de verminoses que acometem os seres humanos. A angiostrongilíase meningoencefálica, causada pelo Angiostrongylus cantonensis e angiostrongilíase abdominal, cujo agente é o Angiostrongylus costaricensis. Apesar da angiostrongilíase abdominal ser ocasionalmente diagnosticada no Brasil, geralmente ela está relacionada com outros hospedeiros, entre caracóis e lesmas, que não incluem o caramujo-africano. No entanto, estas doenças são bons argumentos para que o controle do caramujo-africano seja mais efetivo. A invasão do caramujo-africano é atualmente muito mais relevante no aspecto ecológico do que no agrícola ou sanitário. Este caramujo está invadindo ecossistemas e ocupando um lugar que não é seu. Reduzindo assim a diversidade de espécies. Além de devorar folhas, flores e frutos, causando um enorme estrago em plantas de importância agrícola, ornamental e ecológica ele também é canibal, alimentando-se de ovos e jovens caracóis de sua mesma espécie, como forma de obter cálcio para sua concha em ambientes com escassez deste elemento.Este caramujo é resistente a períodos de seca, além de ser bastante ativo no inverno. Como outros caracóis, ele aprecia a umidade e a sombra, se locomovendo e se alimentando mais à noite e em dias nublados e chuvosos. É capaz de escalar muros e árvores e desta forma transpor de um terreno a outro. Ao se depararem com infestações de caramujo-africano, as pessoas logo pensam em venenos para controlá-los. Infelizmente os caracóis e lesmas em geral são muito resistentes a venenos e os únicos produtos comerciais disponíveis que se mostram um pouco eficientes (metaldeídos), demonstram elevada toxicidade para os seres humanos e outros animais, de forma que a utilização de pesticidas não é o método de controle atual mais indicado para estes moluscos. A pesquisas de substâncias eficientes têm se revelado muito importantes neste sentido. A cafeína por exemplo, estudada pelos americanos Robert Hollingsworth, Jonhn Armstrong e Earl Campbel apresenta resultados interessantes. Assim como o látex da coroa-de-cristo (Euphorbia splendens hislopii), que está sendo testado no combate ao caramujo-gigante-africano pela equipe coordenada pelo pesquisador Maurício Vasconcellos. O controle do caramujo-africano consiste na catação e destruição dos caramujos. Jamais coloque-os no lixo, pois estará disseminando o problema. Também não coloque sal nos animais pois assim contaminará o solo. O preconizado é o seguinte:
• Utilize luvas descartáveis para pegar e manusear os animais
• Proteja a pele e as mucosas: não coma, fume ou beba durante o manuseio do caramujo
• Coloque os caramujos em dois sacos plásticos e quebre suas conchas, pisando em cima
• Enterre-os em valas com pelo menos 80 cm de profundidade, longe de cisternas, poços artesianos ou do lençol freático
• Aplique cal virgem sobre os caramujos quebrados (cuidado, a cal queima a pele)
• Feche a vala com terra
• Retire as luvas e lave muito bem as mãos após isso

É possível também utilizar iscas atrativas, que facilitam a catação. Papas de farelo de trigo com cerveja atraem caramujos a metros de distânica. Cascas de frutas e legumes, estopas embebidas em cerveja ou leite, assim como simples pedaços podres de madeira que lhes servem de abrigo. Verifique as iscas diariamente e não esqueça de protegê-las da chuva e do sol. Coloque-as em locais úmidos e frescos. Preferencialmente sobre a terra. Manter o jardim limpo de folhas mortas e frutos caídos também irá afastar os bichos, e desta forma ainda estará prevenindo outras doenças e pragas, como podridões de origem fúngica e bacteriana, moscas-das-frutas, etc. Não esqueça: as pragas só vivem e se multiplicam onde lhes é oferecido abrigo, comida e água.
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Lagarta-minadora • Nome Popular Lagarta-minadora, minadora, minador, larva-minadora
• Ordem: Lepidoptera
• Filo: Arthropoda
• Partes Afetadas: Brotações, tecidos tenros e folhas verdes
• Sintomas: Enfraquecimento, formação de galerias em folhas e brotações novas.

A lagarta-minadora é um tipo muito peculiar de inseto, ao menos em se tratando de sua forma de atacar as plantas. É chamada de minadora porque a fase larval desenvolve-se sob a primeira camada de tecido foliar, formando galerias por onde passa. Os gêneros mais comuns infestando as plantas são Phyllocnistis e Liriomyza. Essa praga ataca brotações e folhas de diversas plantas como: tomateiro, citros diversos, couve e muitas espécies de plantas ornamentais. O inseto adulto é bem conhecido, trata-se de uma pequena mariposa de no máximo 1 cm de comprimento que coloca os ovos sobre as folhas das plantas e, quando esses eclodem, a lagarta penetra e alimenta-se de tecido vegetal. Esse ciclo leva de 8 a 20 dias para completar-se, fazendo com que a infestação cresça rapidamente. Além do dano causado por si, a minadora ainda facilita a entrada de microorganismos que causam doenças nas plantas como fungos e bactérias. Ocorre durante o ano todo, principalmente no período mais seco, quase desaparecendo em períodos chuvosos. A irrigação derruba os ovos e as larvas que não penetraram nas folhas ou ramos, o que pode diminuir a incidência da praga. Em condições naturais, a praga é controlada por parasitóides dos gêneros Diglyphus, Chrysocharis e Halticoptera e por predadores de pupas como as formigas. O controle químico é o mais usado, porém, tem efeito satisfatório apenas nos adultos ou em larvas recém eclodidas, nas lagartas que estão minando, o tecido vegetal acaba por proteger a minadora. Arrancar folhas com a praga e destruí-las também é importante para controlar a população.
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Pulgão• Nome Popular Pulgão, piolho, afídio, afídeo
• Ordem: Hemiptera
• Filo: Arthropoda
• Partes Afetadas: Toda a planta, principalmente folhas e botões
• Sintomas: Descoloração, amarelamento, enrolamento e enrugamento das folhas, subdesenvolvimento de flores, frutos e de toda a planta
Os pulgões são insetos sugadores capazes de se multiplicar rapidamente, causando sério prejuízos econômicos para agricultores em geral. Das cerca de 4.000 espécies conhecidas, pelo menos 250 causam perdas agrícolas. Eles se alimentam da seiva das plantas, perfurando os vasos condutores. Além dos prejuízos diretos, os pulgões ainda são transmissores de doenças entre as plantas e favorecem o surgimento de fungos. Seu ciclo reprodutivo é bastante interessante, sendo que nos meses mais quentes do ano as fêmeas produzem outras fêmeas partenogeneticamente, isto é, sem fecundação e de maneira vivípara; enquanto que no outono, ocorrendo o acasalamento entre machos e fêmeas, e tornam-se ovíparos. Os pulgões podem apresentar diversas cores, de acordo com a espécie, entre o marrom, o verde, o amarelo, o vermelho, o cinza e o preto. Os principais predadores naturais dos pulgões são as joaninhas, sirfídeos (moscas-das-flores), besouros e vespas, mas há inúmeros outros animais capazes de predá-los. Algumas formigas utilizam-se de uma solução aquosa rica em açúcares, que os pulgões excretam e por este motivo protegem-nas dos predadores.O controle dos pulgões pode ser feito naturalmente com a introdução de predadores e parasitas. Outras formas de combate tradicionais e eficientes, são a calda de fumo e o óleo mineral. Inseticidas comerciais devem ser usados apenas em último caso, pois matam também insetos benéficos às plantas como joaninhas e abelhas.
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Fios de ovos • Nome Científico: Cuscuta sp
• Foto: Clinton Steeds
• Nome Popular: Fios-de-ovos, anó-peipa, awó-pupa, aletria, aletria-de-pau, cipó-de-chumbo, cipo-chumbo, cipó-dourado, cipó-chumbinho, cuscuta, erva-de-chumbo, espaguete, fios-de-ouro, tinge-ovos, xirimbeira
• Família: Convolvulaceae
• Divisão: Angiospermae
• Origem: Cosmopolita
• Ciclo de Vida: Perene
Cuscuta é um gênero de cerca de 150 espécies de plantas parasitas, comumente chamadas de fios-de-ovos. Elas são plantas trepadeiras volúveis, com caule herbáceo, filiforme, muito ramificado e delicado, desprovido de clorofila e, de acordo com a espécie, pode ser de coloração amarela, rósea, creme, vermelha ou laranja. Suas folhas são reduzidas a pequenas escamas e são imperceptíveis. As inflorescências surgem no verão, em rácemos, panículas ou cimeiras, e apresentam flores cerosas, pequenas, que podem ser róseas, brancas ou creme. Os fios-de-ovos produzem milhares de diminutas sementes, que podem permanecer viáveis por até 15 anos no ambiente. Logo que germinam, as plântulas são verdes e possuem raízes, permanecendo vivas por até 10 dias sem depender de uma hospedeira. Assim que encontra sua vítima, a pequena muda se enrosca e emite haustórios, órgãos de sucção e fixação que penetram no tecido da planta afetada roubando-lhe a seiva elaborada. As raízes originais morrem então, pois não são mais necessárias. Seu crescimento é veloz e algumas espécies podem crescer cerca de 7 cm por dia. Diversas espécies de plantas, desde ervas a arbustos e até mesmo árvores, podem ser acometidas por fios-de-ovos. A velocidade do seu crescimento depende da espécie de Cuscuta, do hospedeiro e de condições ambientais. Eles se disseminam facilmente por sementes que são carregadas principalmente por pessoas e aves e por segmentos de caules que são levados pelas aves para a confecção de ninhos. Em geral, os fios-de-ovos preferem condições de sol pleno. Além de parasitar outras plantas, enfraquecendo-as e sufocando-as, os fios-de-ovos são capazes de transmitir doenças virais de uma planta a outra. Estes parasitas são problemáticos em cultivos agrícolas, reservas, e em jardins urbanos. Sérios danos são reportados em culturas de alfafa, linho, petúnias, crisântemos, trevos, dálias, coroas-de-cristo, quaresmeiras, camélias, tomilhos, laranjeiras, heras, batatas, entre outras. Muitos países têm rígidas leis para a entrada de sementes que possam estar contaminadas com fios-de-ovos. Não há nenhum herbicida específico para acabar com este parasita. As medidas de controle incluem arrancar manualmente toda a praga e queimar os restos infestados, preferencialmente antes da floração e frutificação. Se você estiver disposto a sacrificar a planta hospedeira para conter o espalhamento dos fios-de-ovos, herbicidas pré-emergentes, como Dacthal, combinados com a aplicação de 2,4-D, irão matar tanto a hospedeira como a parasita.
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Ferrugem

• Nome Popular: Ferrugem, ferrugem-da-folha, ferrugem-do-colmo, ferrugem-amarela, ferrugem branca, ferrugem asiática, ferrugem polisora
• Nome Científico: Hemileia vastatrix, Puccinia horiana, Phakopsora pachyrhizi, Physopella zea, Puccinia coronata, Puccinia cymbopogonis, Puccinia graminis, Puccinia melanocephala, Puccinea polysora,Puccinia recondita, Puccinia sorghi, Sphenospora kevorkianii, Tranzschelia discolor, Uredo behnickiana
• Classe: Urediniomycetes
• Filo: Basidiomycota
• Reino: Fungi
• Partes Afetadas: Folhas, caules, flores e colmos.
• Sintomas: Lesões de coloração amarela a vermelha e em alguns casos branca, de formato arredondado a oblongo. Presença de esporos pulverulentos semelhantes à ferrugem.

Muitas espécies de plantas são atacadas pela doença mais conhecida como ferrugem, mas embora o nome seja o mesmo, muitas vezes o agente causador da ferrugem não é o mesmo em se tratando de plantas distintas. Por exemplo, a ferrugem branca do crisântemo é causada pelo fungo Puccinia horiana e a ferrugem das orquídeas pelo Sphenospora kevorkianii. Entre as grandes culturas alimentícias destaca-se a ferrugem-do-colmo do trigo, causada por Puccinia graminis, e a ferrugem asiática da soja, causada por Phakopsora pachyrhizi, entretanto existem outras espécies de fungos que causam ferrugens em café, roseira, milho, capim-limão, pessegueiro, goiabeira, macieira e jabuticabeira, entre tantos outros. As ferrugens são assim denominadas devido à lesão com massa de esporos pulverulenta de coloração amarela a avermelhada. Os esporos são estruturas de dispersão dos fungos, semelhantes às sementes das plantas. Seu tamanho é diminuto e cada lesão pode conter milhões de esporos sendo que, para haver nova infecção, basta que um único esporo germine em condições ideais de temperatura e umidade. No entanto a viabilidade germinativa dos esporos é restrita e nem todos os produzidos acabam por gerar novas infecções. O principal mecanismo de dispersão dos esporos é o vento, que pode carregá-los por milhares de quilômetros. As ferrugens geralmente se beneficiam de climas amenos, com temperaturas moderadas e alta precipitação. Observa-se maiores incidências em anos chuvosos e propensos a formação de orvalho sobre as folhas. Estes fatores se relacionam com a necessidade de haver molhamento das folhas para que o esporo germine. Por isso, irrigação mal manejada pode favorecer aparecimento de ferrugem, o ideal é irrigar o solo ou substrato e evitar molhar em demasia as folhas, principalmente se há histórico da doença no local.Os danos causados às plantas são irreparáveis partindo do ponto de que os tecidos vegetais afetados não têm capacidade regenerativa. Em ornamentais o ideal é destruir as plantas atacadas para evitar que outras plantas sejam afetadas. Em grandes culturas, o uso de fungicidas pode minimizar o impacto negativo sobre a produção que é o objetivo dos cultivos. Infelizmente, não existem produtos fungicidas curativos, apenas preventivos, por isso as doenças são um sério problema.Existe uma receita de fungicida caseiro fácil de preparar e muito utilizada na agricultura, trata-se da Calda Bordalesa¹. Consiste na mistura de sulfato de cobre, cal hidratada ou cal virgem e água. Esta calda tem eficácia comprovada sobre muitas espécies de fungos e bactérias em muitas plantas, sejam ornamentais, frutíferas, produtoras de grãos ou hortaliças. As aplicações devem ser feitas preventivamente, como a Calda Bordalesa age por contato, após alguns dias ou após uma chuva de média intensidade, deve ser feita nova aplicação. Não aplicar diretamente sobre todas as plantas, deve-se testar em poucas folhas e averiguar se não há toxidez, pode diluir ou concentrar a calda caso necessário.Vale ressaltar que a sanidade das plantas deve sempre ser averiguada no momento da compra, muitas doenças são transmitidas via substrato contaminado ou plantas doentes. Portanto, muito cuidado na hora de comprar, certamente este é o melhor método de prevenção não só da ferrugem, mas de outras doenças.
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