Ferroviários prometem parar circulação de trens por 24 horas na quarta-feira - Região leste e Alto Tietê

Na próxima quarta-feira, as linhas 11-Coral e 12-Safira da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) devem estar paralisadas. Nesse dia, os 1,7 mil ferroviários da região leste e Alto Tietê realizam uma greve de 24 horas por conta da falta de acordo durante a campanha salarial. A paralisação foi definida ontem, em assembleias realizadas pela manhã em Calmon Viana e à tarde em São Paulo.
Uma nova reunião entre trabalhadores está marcada para terça-feira, às 19 horas, em São Paulo. 
A greve pode ser cancelada nesse dia, caso a CPTM ofereça outro valor de reajuste.
Após a assembleia, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Central do Brasil confeccionou panfletos que devem ser distribuídos nos próximos dias para a população. Neles, os ferroviários explicam os motivos da greve.
"Estamos desde 1º de março negociando a campanha salarial e o que nos ofereceram não cobre nem a inflação do período. É um absurdo, não apenas as questões salariais, mas também a falta de respeito e de segurança", explica a diretora Emanuele Oliveira. "Não queremos prejudicar a população, apenas melhorar as condições de trabalho. Espero que o governo seja sensato e nos procure com nova oferta para impedir a greve".
PEDIDOS
 Entre as reivindicações da categoria estão o reajuste de 10,83% (sendo 5,83% de reposição da inflação do último período e 5% de aumento real), aumento no valor do vale-refeição de R$ 18 para R$ 22 ao dia, retomada imediata da implantação do Plano de Cargos e Salários e participação nos resultados.
Além desses pedidos, explica a diretora, o Sindicato cobra melhores condições de trabalho evitando serviços na linha do trem durante o dia e minimizando a jornada de trabalho e a grande quantidade de horas extras.
"Tivemos cinco mortes de funcionários por atropelamento somente esse ano. Os ferroviários estão fazendo jornadas diárias de 12 horas há três anos, mais as horas extras folgando apenas um dia. Isso tudo é porque diminuíram os intervalos dos trens, mas não contrataram mais funcionários. 
É preciso dar mais segurança e dignidade".

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