Máquina que transforma lixo em energia pode ser instalada em Mogi

Secretária de Meio Ambiente e vereadores foram conhecer dois protótipos implantados na cidade de Lorena
moginews.com
Willian Almeida
Da Reportagem Loca
Mogi das Cruzes poderá ter uma solução ambiental para a destinação do lixo semelhante à desenvolvida pela empresa Senergen e implantada na cidade de Lorena, região do Vale do Paraíba. A alternativa transforma o lixo em energia elétrica, como fazem as usinas verdes, e foi apresentada ontem a uma comissão de vereadores de Mogi e à secretária municipal do Verde e Meio Ambiente, Maria Inês Soares Costa Neves. A proposta será encaminhada ao prefeito Marco Bertaiolli (DEM) assim que ele voltar de viagem.

Para instalar as máquinas em Mogi, é necessária uma área de 40 mil metros quadrados. A capacidade é de 300 toneladas diárias de resíduos e o investimento seria de R$ 160 milhões a R$ 180 milhões. O valor seria custeado pelo empreendedor, que tem parceria com a montadora Volkswagen.A contrapartida do município seria, entre outras possibilidades que ainda poderão ser analisadas juridicamente pela Prefeitura, uma concessão de operação à Senergen por 25 anos; a cessão da área; e o recebimento do valor pago atualmente ao aterro Anaconda para o recebimento do lixo da cidade. Estima-se que este montante possa cair até 40% com a instalação da solução."São dois protótipos desenvolvidos e patenteados pela própria empresa. Os resíduos que passam por cada um são transformados em gases, energia elétrica e até mesmo carvão, que pode ser vendido para indústrias. Temos de analisar com carinho essa proposta", avaliou o vereador Jolindo Rennó Costa (PSDB), que foi procurado pela empresa. "Existe viabilidade técnica e ambiental. Eles nos mostraram tudo e os resultados são reais e eficientes. Vamos repassar ao prefeito para que ele analise e, havendo interesse, daremos início a uma conversa jurídica para avaliar a legalidade disso", afirmou a secretária.SoluçõesO sistema tem duas tecnologias: a primeira é chamada "pré-hidrólise" e consiste na digestão química, por meio de um reator, de biomassas ricas em celulose, como madeira, bagaço e palha de cana-de-açúcar, casca e palha de arroz, outros resíduos agrícolas, capim e matéria orgânica do lixo urbano. Já a segunda, a "conversão em baixa temperatura", é caracterizada por um processo hermético (com ausência de oxigênio), que transforma, por meio de baixos níveis de energia, as proteínas e os lipídios da matéria orgânica em óleo e os carboidratos em carvão. O óleo é separado e utilizado como substituto de óleos combustíveis, exceto o do pneu, que substitui solventes industriais.

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