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sábado, 2 de julho de 2022
No Jornal da Cultura deste sábado, você vai ver: Pacote de bondades causa alta do dólar e dos juros; Bienal Internacional do Livro em São Paulo volta a ser presencial após 4 anos; Presidente da Câmara cria uma espécie de gabinete para liberação de berdas do Orçamento Secreto; INPE identifica número recorde de queimadas em junho, na Amazônia.
02/07/22- Faltam 91 dias para o inicio do fim de Bolsonaro. como conseguir mudar rejeição gigantesca? Só um milagre! Mas milagres eleitorais são frequentes?
Dia de movimentação na Bahia.
Dia da independência bahiana. O que é isso? E a independência do Brasil? Reparamos todas as coisas sobre esse episódio? O que temos em comuns com nossos antepassados abolicionistas? Enquanto tudo acontece nas campanhas, eu fiz meu papel de cidadão e questionei a PGR para que se manifeste sobre a PEC eleitoral de Bolsonaro.Dia de festa em Salvador tem Bolsonaro apartado, Lula na rua e afago entre Ciro e Tebet
Celebração que marca expulsão dos portugueses da Bahia em 1823 tem presença dos presidenciáveis
A celebração da Independência da Bahia, com a presença de quatro presidenciáveis neste sábado (2) em Salvador, teve Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em cortejo cívico ao lado da militância petista, Jair Bolsonaro (PL) apartado em motociata em outra região da cidade e trocas de afagos entre Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB).
Lula, Ciro e Simone caminharam nas ruas do Centro Antigo de Salvador ao lado de apoiadores, mas apenas os dois últimos se encontraram.
Bolsonaro, por sua vez, fez um trajeto de 37 km de moto pelas ruas da cidade acompanhado de sua militância. Ele fez um discurso a apoiadores em que falou de Deus, criticou governadores e prometeu que o Brasil teria "uma dos combustíveis mais baratos do mundo".
O ato, que acontece faltando três meses para a eleição presidencial, foi encarado como primeiro grande teste da campanha presidencial, com militantes nas ruas e preocupação adicional com a segurança.

O ex-presidente Lula se uniu ao cortejo na altura do Largo da Soledade e caminhou por cerca de um quilômetro, contrariando a expectativa inicial de que não participaria do ato cívico.
O petista estava sob forte esquema de segurança e não foi hostilizado no percurso. Cercado de apoiadores, ouviu gritos de "Lula guerreiro do povo brasileiro" e "Olê, olê, olá, Lula, Lula".
Durante a caminhada, o petista falou sobre a receptividade e o clima civilizado no cortejo em Salvador.
"A gente está fazendo uma caminhada com milhares de pessoas e não houve um incidente sequer. Ou seja, em uma demonstração de que o povo não só é democrático como gosta de demonstrações democráticas", afirmou.
Também destacou a importância do 2 de Julho: "Aqui, a Independência foi feita com sangue e com morte de negro, de indígena, de padre, de freira, e do povo trabalhador que lutou para expulsar os portugueses. Então, é isso que você vê: não é um desfile militar, é um desfile do povo. Isso significa Independência".
Lula andou no cortejo ao lado da sua mulher, Rosângela Souza, do governador da Bahia, Rui Costa (PT), do pré-candidato a governador Jerônimo Rodrigues (PT). Mais atrás, sozinho, veio o pré-candidato a vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
A Folha apurou que Lula havia sido desaconselhado de participar do cortejo do 2 de Julho por questões de segurança. O petista, contudo, decidiu participar de um trecho para fazer um contraponto a Bolsonaro, que preferiu se unir a apoiadores em uma motociata.
Geraldo Alckmin comentou a receptividade do petista: "É impressionante o carinho que o povo tem com o Lula, uma confiança enorme. É difícil encontrar no Brasil um líder tão popular, com tanta identidade com o povo brasileiro".

Mesmo com a segurança reforçada, inclusive por militantes, a servidora pública Cleide Pinho conseguiu furar a barreira para se aproximar do ex-presidente. "Abracei, tirei foto, beijei. Fiz tudo".
Na subida da Ladeira da Soledade, Lula parou em frente à casa da servidora pública Celiana Borba, 48, para carregar a neta dela, Marina, de 7 meses, vestida de indígena.
O ex-ministro Ciro Gomes, por sua vez, caminhou ao lado da militância do PDT, incluindo a vice-prefeita de Salvador, Ana Paula Matos, e o deputado federal Félix Júnior.
Ele não acompanhou o aliado local ACM Neto (União Brasil), pré-candidato a governador que terá o apoio do PDT, que desfilou sem nenhum presidenciável. O ex-prefeito de Salvador adotou um discurso de neutralidade em relação à eleição nacional.
Em entrevista na saída do cortejo, Ciro destacou as celebrações pela independência e chamou atenção para o cenário de crise econômica e social do país.
"Sangue de brasileiros e baianos foi derramado para construir a nação brasileira e sua Independência. E isso a gente tem que rememorar hoje porque o Brasil está sendo de novo vendido ao estrangeiro. Nosso país está destruído com uma crise econômica e social, a mais grave da história", disse.
A senadora Simone Tebet (MDB) também participou do cortejo. Estava acompanhada do presidente nacional do Cidadania, Roberto Freire, e militantes de partidos aliados.

A cerca de 6 km do Largo da Lapinha, Bolsonaro chegou por volta de 9h30 ao Farol da Barra e discursou em cima de um trio elétrico ao lado do pré-candidato a governador da Bahia, João Roma (PL), e da pré-candidata ao Senado, Raíssa Soares (PL).
No discurso, o presidente criticou os governadores dos nove estados do Nordeste e prometeu que o Brasil terá um dos combustíveis mais baratos do mundo.
"Lamento que os nove governadores do Nordeste tenham entrado na Justiça contra a redução de impostos da gasolina. Isso é inadmissível. [...] Vamos acreditar que a Justiça não dará ganho de causa a essas pessoas e teremos um dos combustíveis mais baratos do mundo", disse.
O preço dos combustíveis caiu nos últimos dias, porque entrou em vigor lei que cria teto para o ICMS nesses itens. Governadores de 11 estados e do DF, contudo, acionaram o STF (Supremo Tribunal Federal) contra a medida.
Segundo pesquisa divulgada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), na sexta-feira (1), o preço médio da gasolina comum no Brasil caiu 3,6% nesta semana.
Em junho, ranking Global Petrol Prices mostrou que o Brasil tem a 83ª gasolina mais cara do mundo, dentre 170 países. O preço do litro estava 15% acima da média praticada nesses países
Após a motociata, Bolsonaro falou de novo aos apoiadores. "Pode ter certeza que o preço aqui também vai abaixar. Porque a lei é federal. Governador vai ter que cumprir."
Em seus discursos na Bahia, o presidente ainda citou a data da Independência da Bahia e fez uma defesa da liberdade em uma referência às eleições.
"O que está em jogo neste ano é o bem-estar e a liberdade de cada um de nós. Tenho certeza que, se preciso, tudo faremos para que a nossa Constituição, nossa democracia, e nossa liberdade venham a ser preservadas."

No ato bolsonarista, as pessoas usavam as cores verde e amarelo. Ambulantes vendiam bandeiras do Brasil e camisetas do presidente. Adesivos de Bolsonaro com João Roma também estavam sendo distribuídos.
Um apoiador do presidente levou para o Farol da Barra uma placa com o nome "rua Soldado Wesley", em referência ao policial militar Wesley Soares, morto em março deste ano no Farol da Barra, mesma região dos atos realizados nesta terça-feira.
Na ocasião, o soldado passou quatro horas dando tiros para o alto, gritando palavras de ordem, e foi baleado após atirar com um fuzil contra policiais que negociavam sua rendição. Desde então, ele tem sido tratado como uma espécie de mártir por grupos bolsonaristas.
Na concentração da motociata, nos arredores do Farol da Barra, um homem estendeu uma toalha com a imagem do ex-presidente Lula da janela de um prédio. Foi xingado e vaiado por bolsonaristas.
O ponto de partida da motociata foi alterado na última semana para evitar possíveis conflitos entre bolsonaristas e petistas.

Mas a
concentração foi mudada para o Farol da Barra após uma coincidência de data e local com um evento de Lula, que aconteceu dentro do estádio.
Data cívica máxima da Bahia, o 2 de Julho celebra a expulsão das tropas portuguesas de Salvador em 1823, quase dez meses depois da Independência do Brasil.
Diferentemente da maioria dos estados, onde a Independência aconteceu sem luta armada, na Bahia ela foi precedida por batalhas entre tropas aliadas a Portugal e tropas formadas por brasileiros.
A data é celebrada todos os anos em um cortejo no qual participam bandas de fanfarra, de percussão e grupos folclóricos, com a celebração das figuras do caboclo e da cabocla, que representam o surgimento da nação e lembram a miscigenação brasileira.
https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/07/dia-de-festa-em-salvador-tem-bolsonaro-apartado-lula-na-rua-e-afago-entre-ciro-e-tebet.shtml..Pesquisas e ciência política afastam reviravolta na corrida presidencial
2.jul.2022 às 4h00
Joelmir Tavares
SÃO PAULO
Humor do eleitorado e contexto social apontam consolidação de embate entre Lula e Bolsonaro; surpresas não são descartadas
Ninguém se arrisca a afirmar com plena certeza, mas os números das pesquisas e as interpretações dos movimentos a pouco mais de três meses da eleição afastam, ou ao menos reduzem, a possibilidade de o embate deixar de se concentrar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL).
É justamente o tempo a ser percorrido até o pleito que motiva a cautela, porque levantamentos como o realizado pelo Datafolha no fim de junho indicam tendências do momento em que são feitos, mas, como insiste o clichê, não substituem o resultado das urnas.

Outros prazos reforçam o diagnóstico de que é remota a chance de surgirem novos favoritos, assim como lançam dúvidas sobre as condições de recuperação de Bolsonaro e a capacidade de Lula de administrar sua vantagem.
A comparação com corridas presidenciais anteriores torna a disputa deste ano singular sob muitos ângulos, mas reitera a lembrança de um risco constante: a hipótese do inesperado e até mesmo do excepcional —como a facada sofrida por Bolsonaro em 2018.
"Levando em conta apenas os elementos normais de análise de conjuntura, é difícil imaginar alguma mudança no cenário", diz a cientista política Carolina de Paula. "Só se considerarmos eventos externos, como facadas e similares", segue ela, ligada à Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).
Mesmo com a adversidade imposta pela muralha da soma de 75% de intenções de voto em Lula (47%) e Bolsonaro (28%), presidenciáveis como Ciro Gomes (PDT, 8%), André Janones (Avante, 2%) e Simone Tebet (MDB, 1%) se mantêm esperançosos de que até 2 de outubro há uma longa estrada.

Ciro lança mão da analogia de que os votos que poderão cair em seu colo estão hoje represados entre indecisos e eleitores pouco convictos dos dois líderes. Ele diz que a população está em um "estado de torpor e medo", mas vai acordar.
Na mesma linha, Janones afirma que o voto será decidido na reta final e que isso provocará uma busca por opções. O deputado federal por Minas Gerais sustenta que as pessoas estão reféns da obrigação de terem que escolher o menos pior, mas isso vai mudar.
Tebet vem tentando se firmar com uma mensagem de esperança e pacificação. Escolhida candidata de consenso da depauperada terceira via, ela é desconhecida por 77% da população. O desafio é subir nas pesquisas e ser vista como alternativa viável.
Estrategistas dessas campanhas recorrem a vários argumentos para embasar a ideia de que nada garante que Lula ou poderá se eleger no primeiro turno ou necessariamente competirá com Bolsonaro no segundo. Isso, é claro, desconsiderando a ameaça de golpe eleitoral pelo atual mandatário.
A propaganda gratuita em rádio e TV (que irá de 26 de agosto a 29 de setembro), a fadiga do eleitorado com a polarização entre Lula e Bolsonaro e um despertar tardio de parte do eleitorado para as eleições e para a existência de opções são citados como possíveis pontos de virada.
Há ainda quem aposte nas rejeições volumosas a Bolsonaro e Lula (hoje de 55% e 35%, respectivamente) como gatilho para uma reviravolta. Todas as suposições são encaradas com ceticismo por especialistas.
"As pesquisas indicam cristalização do sentimento de que a concorrência será entre os dois e que será preciso ficar com um deles", diz Carolina.
Segundo ela, o uso disseminado das redes sociais, turbinado pelo bolsonarismo, promove um clima permanente de campanha, diferentemente do que ocorria no passado. A nova realidade tende a diluir a importância da propaganda obrigatória nos meios tradicionais.
Os prognósticos sobre estabilidade do cenário se baseiam ainda na antecipação do debate eleitoral —a princípio por obra do mandatário, depois pela reabilitação do petista— e no inédito antagonismo entre políticos carismáticos que já ocuparam o cargo e podem ser avaliados empiricamente.
"Algo que não seja o enfrentamento entre Lula e Bolsonaro me parece a cada dia mais improvável", afirma Humberto Dantas, coordenador da pós-graduação em ciência política da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. "Com o que se tem hoje, sobra pouco espaço para outro fenômeno."
Para o pesquisador, o quadro nada mais é do que um reflexo da política nacional nos últimos anos, em que a força gravitacional de ambos se impôs.
O malogro da centro-direita na tentativa de fabricar uma alternativa sólida tem a ver com isso.
A essa mesma altura dos pleitos de 2018 e 2014, as intenções de voto estavam mais pulverizadas entre os principais candidatos, o que significava perspectiva maior de oscilações, quedas e ultrapassagens.
Na corrida de quatro anos atrás, havia ainda um elemento no horizonte capaz de mexer com a situação, a troca de Lula, então preso e impedido de concorrer, por Fernando Haddad na chapa do PT.
A onda dos outsiders e da renovação política, apropriada por Bolsonaro, refluiu desde então, como demonstrou a eleição municipal de 2020, ditada por credenciais como experiência de gestão.
Isso faz analistas desestimularem comparações com as viradas de governadores vitoriosos em 2018, como Romeu Zema (Novo-MG) e Wilson Witzel (PSC-RJ), que foram arrastados pelo turbilhão bolsonarista. Entende-se que a realidade agora é outra, tanto nos estados quanto no plano federal.
O conjunto de particularidades leva à avaliação de que o período oficial de campanha dificilmente terá potencial para abalar a permanência de Lula e Bolsonaro na dianteira. Não são descartadas, porém, variações nos percentuais deles em função dos previsíveis ataques de parte a parte.

"Se Bolsonaro for capaz de produzir um milagre, terá chance de vitória. Senão, terá bastante dificuldade e vai ter que contar com a sorte", diz o sociólogo e cientista político Antonio Lavareda, do instituto de pesquisas Ipespe.
A história, observa ele, mostra que presidenciáveis que viraram o jogo foram beneficiados por trunfos (como foi o caso de Fernando Henrique Cardoso e o Plano Real em 1994), padrinhos (Dilma Rousseff e o apoio de Lula em 2010) ou excepcionalidades (atentado a Bolsonaro, que o evidenciou).
Na luta para ficar na cadeira até 2026, o chefe do Executivo recorre a medidas de cunho eleitoreiro para tentar mitigar as consequências da crise econômica, pauta mais do que central nesta eleição. A grande dúvida é se os gestos terão efeito a curto prazo e impacto no voto.
Para analistas, a situação de Bolsonaro é crítica por esse viés, mas ligeiramente confortável se for examinado o fato de que ele ostenta patamar entre 25% e 30% de intenções de voto e não sofre ameaça de ser desalojado da segunda colocação por outros rivais.
Variáveis na corrida presidencial
O que está posto hoje
- Lula e Bolsonaro, juntos, somam 75% das intenções de voto no primeiro turno, enquanto o terceiro colocado, Ciro Gomes, tem 8%, segundo o Datafolha
- Lula alcança 37% na pesquisa espontânea e salta para 47% na estimulada (quando são apresentados os nomes dos postulantes). Bolsonaro vai de 25% para 28%
- 70% dos eleitores afirmam já estarem totalmente decididos sobre seu voto, segundo o Datafolha. O percentual é ainda maior entre os eleitores de Lula e Bolsonaro (80%)
- 45% dos brasileiros disseram, na pesquisa Datafolha de março, possuírem grande interesse na eleição nacional. Em 2018, esse grau de envolvimento só foi atingido em setembro
- Com intenções de voto firmes mesmo com reveses em série, Bolsonaro tem rejeição de 55% que não votariam nele de jeito nenhum, índice estável desde março
O que ainda pode mudar
- 27% dos eleitores na pesquisa espontânea dizem não saber em quem vão votar, taxa que cai para 4% na estimulada. Nulos e brancos são 7%. Para 29%, sua escolha atual pode mudar
- Campanhas de Ciro e Tebet apostam no período oficial de campanha, que vai durar um mês e meio, a partir de 16 de agosto, para convencer indecisos e fisgar mais eleitores
- Adversários projetam fadiga do eleitor com a polarização entre Lula e Bolsonaro, que levaria à busca de outras opções, mas ambos apresentam até aqui bases fiéis
- Tebet e Janones são conhecidos por, respectivamente, 23% e 25% dos eleitores e esperam elevar esses índices para crescerem em intenções de voto
- Deixar a decisão do voto para a última hora foi algo comum em anos recentes, mas analistas veem cenário cristalizado precocemente desta vez, o que favorece voto útil
Dúvidas que pairam
- Bolsonaro conseguirá ganhar fôlego com as ações eleitoreiras para tentar reduzir os preços de combustíveis e aumentar o Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600?
- Candidaturas alternativas vão chamar a atenção do eleitor e encorpar seus índices tendo pouco mais de um mês de campanha oficial e de horário na TV e no rádio?
- Candidatos como Ciro, Tebet e Janones vão seduzir eleitores e subir nas pesquisas a ponto de evitar vitória de Lula no primeiro turno ou tirar Bolsonaro do segundo?
- Alguma surpresa pode bagunçar o cenário, seja alteração na lista de concorrentes, mudança de humor do eleitorado ou outro acontecimento da esfera do insondável?
- A campanha oficial, com candidatos exaltando suas virtudes e atacando rivais, conseguirá impactar de maneira significativa os desempenhos de Lula e Bolsonaro https://www1.folha.uol.com.br/poder/2022/07/pesquisas-e-ciencia-politica-afastam-reviravolta-na-corrida-presidencial.shtml
Preço do litro de leite já chega a quase R$ 10; o que está acontecendo?

Vinícius de Oliveira
Colaboração para o UOL, em São Paulo
02/07/2022 04h00
Um dos alimentos mais consumidos pelos brasileiros, o leite está começando a pesar no bolso do consumidor.
Isto porque já é possível encontrar a embalagem longa vida de 1 litro por mais de R$ 7.
Em alguns estabelecimentos em áreas mais caras, esse valor pode chegar a quase R$ 10 para marcas especiais.
De acordo com o último levantamento do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o leite longa vida acumula alta de 29,28% nos últimos 12 meses —e de 28,03% somente em 2022.
O produto é um dos principais itens que puxam o aumento da inflação dentro do grupo de alimentos e bebidas, e deve continuar a pressão inflacionária, já que estamos em entressafra da produção.
"Os preços do leite estão em alta devido à oferta limitada. Com o inverno e o clima mais seco, a qualidade das pastagens cai e, por isso, a alimentação do rebanho é afetada, levando à queda na produção". diz Natália Grigol, pesquisadora da área de leite do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, da Universidade de São Paulo (Cepea - Esalq/USP).
De acordo com a especialista, os efeitos climáticos do La Niña também contribuíram para a subida do preço do leite no campo e, consequentemente, no mercado.
Segundo ela, a seca (causada pelo La Niña) no final do ano passado e início deste ano reduziu a qualidade do pasto para a alimentação dos animais, afetando o desempenho da atividade.
O estudo também aponta que a ração, os suplementos minerais, os fertilizantes e o combustível tiveram aumento crescente nos últimos três anos, o que gerou alta do custo operacional do produtor de leite.
"Isso levou muitos pecuaristas a saírem da atividade ou a enxugarem investimentos. Como consequência, agora enfrentamos dificuldade para elevar o nível da oferta", conta Natália.
Quando acaba a entressafra do leite?
O período da entressafra deve seguir até meados de setembro, quando está previsto o retorno das chuvas de primavera. No entanto, isso não significa que a maior oferta do produto lácteo irá trazer alívio ao consumidor.
"É possível que a demanda global [por leite] drene a oferta doméstica e isso pode ser intensificado pelo real desvalorizado. Por isso, é difícil prever que haja uma reversão dos preços dos alimentos, como os derivados, diante do posicionamento macroeconômico que o Brasil tem adotado", afirma a pesquisadora do Cepea.
O preço do leite nos mercados
Segundo pesquisa realizada durante a pandemia pela Behup, empresa de tecnologia especializada em estudos do comportamento humano e de consumo, 90% da população brasileira consome leite regularmente, sendo que 58% fazem uso da bebida todos os dias.
Mesmo com a redução da renda das famílias, 70% dos consumidores regulares de leite disseram que o alimento não podia faltar em casa. No entanto, os preços inflacionados estão começando a assustar o brasileiro:
O UOL pesquisou o preço da bebida, em embalagens de 1 litro, em três supermercados online e encontrou valores que vão de R$ 5,50 a quase R$ 10,00. Veja a seguir:
St. Marche:
- Maior valor: R$ 9,90 (Leite Pasteurizado Integral No Carbón 1L)
- Menor valor: R$ 5,49 (Leite UHT Integral Piracanjuba 1L)
Pão de Açúcar:
- Maior valor: R$ 6,89 (Leite UHT Integral Piracanjuba 1L)
- Menor valor: R$ 5,89 (Leite UHT Integral Parmalat 1L)
Carrefour:
- Maior valor: R$ 7,69 (Leite UHT Tipo A Integral Leitíssimo 1L)
- Menor valor: R$ 5,59 (Leite UHT Integral Quatá 1L)
Queijo e leite em pó também estão caros
De acordo com o boletim divulgado pelo Cepea - Esalq/USP, o preço dos derivados do leite também deve continuar subindo nos próximos meses. O estudo mostra que a primeira quinzena de junho registrou uma valorização dos produtos lácteos.
O queijo mozarela pode ser encontrado em média por R$ 34,67/kg, e o leite em pó integral por R$ 29,99/kg.
Os alimentos tiveram altas de 11,9% e 5,5%, respectivamente, em relação aos preços de maio.
Com destruição de cédulas, 'novo cangaço' mira joias em bancos e shoppings

Herculano Barreto Filho
Do UOL, em São Paulo
02/07/2022 04h00
O acionamento de um mecanismo de destruição de cédulas ocorrido durante o mega-assalto de agosto de 2021 em Araçatuba (SP), que frustrou um roubo estimado em ao menos R$ 90 milhões em uma agência do Banco do Brasil, motivou quadrilhas a mirar o roubo de joias armazenadas em unidades da Caixa Econômica Federal e em estabelecimentos em shoppings, apontam fontes ouvidas pelo UOL.
Segundo eles, os criminosos buscam bens valiosos guardados em locais menos protegidos. Com isso, seria maior a chance de sucesso na empreitada, de acordo com investigadores envolvidos na apuração desses crimes ouvidos sob a condição de anonimato.
Foi o que ocorreu na ação em Itajubá (MG) na noite de 22 de junho, quando criminosos usaram fuzis com mira laser, abriram fogo contra um batalhão da Polícia Militar, explodiram um veículo e fugiram em três comboios após roubarem uma agência da Caixa.
O crime tipicamente brasileiro conhecido como "domínio de cidades", apontado como um avanço em relação ao "novo cangaço" por ser mais planejado e perigoso, feriu cinco policiais militares e um civil. Um suspeito foi preso.
Levantamento feito pela reportagem apontou ao menos outros 12 roubos a cofres com joias em agências da Caixa Econômica Federal no país nos últimos cinco anos —sete deles entre 2018 e 2019.
Procurada, a Caixa não se manifestou até o fechamento desta reportagem.

Fontes ouvidas pelo UOL ligadas a investigações da Polícia Civil relacionam integrantes desses grupos especializados em mega-assaltos com roubos a joalherias em shoppings centers. Após o ataque de Araçatuba (SP), foram ao menos 14 assaltos a joalherias no país, segundo levantamento feito pela reportagem —cinco desses casos ocorreram no mês de junho.
O último caso ocorreu na quarta-feira (29), quando assaltantes invadiram uma joalheria no Shopping Aricanduva, zona leste de São Paulo. Houve troca de tiros, mas ninguém se feriu. No dia 4 de junho, seis homens armados assaltaram uma joalheria no Shopping Ibirapuera, zona sul de São Paulo.
No dia 25 de junho, um segurança morreu ao trocar tiros com os criminosos no shopping Village Mall, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. No mesmo dia, uma quadrilha feriu dois seguranças em tiroteio em meio a um assalto a duas joalherias no Parque Dom Pedro Shopping, em Campinas (SP). Dois dias depois, criminosos invadiram uma joalheria em Belo Horizonte (MG).
Inquéritos policiais indicam que há suspeitos de envolvimento nesses assaltos a joalherias nos últimos meses também investigados por ações de "domínio de cidades" ou "novo cangaço".
Alguns deles foram identificados com base em material genético deixado nos shoppings centers atacados nos últimos meses e estão sendo procurados pela polícia. Contudo, a identidade dos suspeitos e os roubos nos quais estavam envolvidos foram mantidos sob sigilo para não atrapalhar as investigações.

Roubo de joias altera estrutura de quadrilhas
Para especialistas, a ação de "domínio de cidades" para roubar uma agência de penhores da Caixa Econômica Federal em Itajubá, no interior de Minas Gerais, reacende um sinal de alerta para uma possível nova onda de ataques buscando o mesmo tipo de alvo.
O advogado Ruben Schechter, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Transporte de Valores, que atua no setor de segurança para coibir esse tipo de ataque, critica a fragilidade do sistema de segurança.
Segundo ele, as joias penhoradas só se tornaram alvo das ações das quadrilhas porque a Caixa optou por armazenar os bens dentro das próprias agências bancárias, sem a estrutura adequada para inibir as investidas de grupos armados com explosivos e fuzis.
Há tecnologia, espaço adequado e procedimentos para fazer a guarda dessas joias em empresas de transporte de valor terceirizadas. Mas como o custo é alto, a Caixa prefere fazer o trabalho por conta própria. E agora virou alvo dessas quadrilhas por não ter investido em segurança nas agências de penhor"Ruben Schechter
O advogado diz que a própria estrutura da organização criminosa acaba sendo alterada. "Para converter joias em dinheiro, a cadeia de criminosos envolvidos precisa contar com atravessadores e receptadores. O lucro diminui, mas as chances de sucesso aumentam".
Atualmente, há cerca de 3.000 agências de Penhor da Caixa espalhadas em todo o país, que podem entrar na mira das ações de "domínio de cidades", segundo Schechter. "Isso acaba alimentando as organizações criminosas com recursos que podem ser utilizados para cometer outros crimes", alerta.

Crime se reorganizou após Araçatuba, dizem especialistas
Para Schechter, o fracasso da quadrilha envolvida na ação de Araçatuba devido à inutilização de cédulas fez com que as organizações criminosas repensassem os alvos para minimizar a possibilidade de prejuízo.
"Os mentores intelectuais são sempre os mesmos nessas ações. Eles costumam alugar armas e mobilizar uma grande quantidade de criminosos para o assalto. Quando o ataque é frustrado, o prejuízo é grande. Araçatuba reorientou as ações e os criminosos migraram para as agências de penhor, com menor risco de fracasso", analisa.

"Hoje, há uma certa facilidade para negociar joias por criptomoedas [moeda digital protegida por criptografia com uso de tecnologia nas transações financeiras]. Essas quadrilhas estão buscando mais facilidade para angariar lucros", argumenta o tenente-coronel Valmor Racorti, ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) e ex-comandante do Baesp (Batalhão de Operações Especiais de São Paulo).
Estudioso de ações de "domínio de cidades" e "novo cangaço", Racorti participou da ação para desativar os explosivos remotos instalados no ataque a Araçatuba. "A ação deu errado, porque parte do dinheiro foi picotada. A partir dali, os criminosos perceberam que teriam que focar em agências de penhor".
O advogado Douglas Prehl, vice-presidente da AlarmTek e ex-diretor de segurança do Santander, concorda. "Araçatuba deixou uma lição, porque o valor investido na ação foi alto e houve prejuízo. O bandido não vai onde tem proteção, e acaba migrando para outras ações".
Segundo ele, o valor em joias de uma agência bancária da Caixa pode variar de R$ 2 milhões a até R$ 100 milhões. "As quadrilhas não assaltam mais instituições financeiras onde há entintamento [manchar com tinta] e trituração de cédulas. Os cofres de penhores são mais vulneráveis".
Febraban cita 'queda'; Anuário aponta alta de 11%
Em nota, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) diz investir R$ 9 bilhões por ano para prevenir assaltos a agências bancárias e caixas eletrônicos.
"Esses esforços têm surtido efeito e o número de assaltos a bancos vem caindo ano a ano. Em 2021, os assaltos e tentativas realizados foram 36,2% menores do que o registrado no ano anterior: caíram de 58 para 37 ocorrências", disse a entidade, em um dos trechos.
O levantamento, cita a nota, foi feito com base em informações passadas por 17 instituições financeiras, que respondem por mais de 90% do mercado bancário.
Contudo, os dados do Anuário divulgados na terça-feira (28) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam aumento de 11% em roubos a instituições financeiras no país em 2021, com 353 registros no país.
https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2022/07/02/novo-alvo-acoes-novo-cangaco.htm
Escândalo dos pastores-lobistas é mais um capítulo na série de crimes de Bolsonaro - ISTOÉ Independente
Escândalo dos pastores-lobistas no MEC traz evidência de que Bolsonaro conseguiu ampliar os tentáculos na PF e usa informações privilegiadas para livrar a pele de aliados e dele próprio.
O mandatário amplia o rol de crimes pelos quais é suspeito

FOCO DA CRISE MEC: gabinete paralelo com pastores-lobistas e escândalos no FNDE, controlado pelo Centrão (Crédito: Divulgação)
Ana Viriato e Marcos Strecker

Há dois anos e dois meses, a Polícia Federal era arrastada para a crise do governo Bolsonaro enquanto Sergio Moro anunciava que estava de saída do Ministério da Justiça devido a tentativas de interferência de Jair Bolsonaro na corporação. A denúncia não intimidou o presidente. O efeito, na realidade, foi o inverso. O capitão, que se gaba de ter a caneta Bic, ampliou os tentáculos sobre a instituição e não pestanejou em retaliar delegados que avançaram sobre os protegidos do Planalto, com a exoneração de diversos profissionais de cargos de chefia. Agora, a ingerência política ganhou contornos ainda mais graves na investigação do balcão de negócios do Ministério da Educação — o grampo telefônico em que Milton Ribeiro afirma ter sido alertado por Bolsonaro sobre a possibilidade de ser alvo de mandados de busca e apreensão é a mais contundente prova já revelada sobre o aparelhamento da PF.
A gravação aumentou os apuros de Bolsonaro, que está acuado por múltiplos escândalos a três meses das eleições. De um lado, a oposição ganhou o impulso necessário para a abertura de uma CPI no Senado para apurar crimes na pasta, o que deve fazer o presidente sangrar durante toda a campanha eleitoral. Ela pode demonstrar que o governo está, sim, contaminado pela corrupção sistêmica. Em alerta pelos prováveis danos ao projeto de reeleição, o Planalto reagiu: abriu os cofres para o pagamento de emendas do orçamento secreto, em um total de R$ 4,3 bilhões nos cinco dias posteriores à prisão de Ribeiro, segundo a ONG Contas Abertas, e movimentou a base para cobrar respeito à ordem cronológica de requerimentos na instalação de CPIs pendentes, com base em uma regra que nem sequer é prevista no regimento interno.

Interferência na PF pode levar Bolsonaro a responder por crimes comuns e de responsabilidade
As duas estratégias falharam. Rodrigo Pacheco sinalizou que vai instaurar na semana que vem, ao mesmo tempo, todas as comissões. Ele avalia ampliar o escopo da CPI do MEC para incluir a apuração sobre obras inacabadas nas gestões do PT, como pediu a base do governo. Isso representa uma colher de chá para Bolsonaro, mas ainda assim é uma péssima notícia: seus adversários políticos serão maioria na comissão. Para eles, o desafio será evitar que o canto da sereia governista seduza congressistas durante o funcionamento da comissão e bloqueie as investigações. “A oposição no Senado está ciente de que, até agosto, quando a CPI for aberta, Bolsonaro vai operar. O governo tem muito poder e pode fazer promessas com o orçamento secreto. Todos sabemos que o assédio é constante”, avalia o deputado Israel Batista, autor de uma das quatro notícias-crime que chegaram ao STF pela interferência na PF.

A oposição acionou a Corte pedindo a inclusão do presidente entre os investigados do inquérito que mira o esquema de cobrança de propina dos pastores-lobistas em troca da liberação de recursos do FNDE — os religiosos, vale lembrar, eram ouvidos por Ribeiro a pedido de Bolsonaro, segundo o próprio ex-ministro. A tática de recorrer ao STF foi usada para obrigar a Procuradoria-Geral da República a se manifestar, já que ela permanece em silêncio e tem blindado o presidente de todos os crimes pelos quais é investigado. Deu certo. Em despachos de praxe, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes, relatores dos pedidos de investigação, mandaram o órgão comandado por Augusto Aras a se posicionar. Cármen, aliás, ressaltou a “gravidade” do quadro narrado. Se comprovada a interferência na PF, Bolsonaro pode ser sentenciado por crimes comuns (como obstrução à justiça e favorecimento pessoal) e de responsabilidade.
Há evidências de que Bolsonaro comete crimes de forma contumaz. Para começar, na famosa reunião ministerial de maio de 2020, ele diz claramente que iria interferir na corporação. Foi o estopim para a demissão de Moro. O presidente tentou nomear o diretor do órgão no Rio de Janeiro, sua base eleitoral e onde havia as investigações da rachadinha de Flávio Bolsonaro. Quando o ex-ministro Ricardo Salles foi denunciado pelo envolvimento com madeireiros ilegais, o delegado responsável, Alexandre Saraiva, foi afastado. E as práticas delituosas não se restringem ao órgão. Só a CPI da Covid atribuiu nove crimes ao presidente. No superpedido de impeachment entregue em outubro passado a Arthur Lira (e que permanece na gaveta do presidente da Câmara) são listados 11 crimes atribuídos ao chefe do Executivo. O ex-presidente da Petrobras Roberto Castello Branco, afastado por não aceitar interferências do Planalto na política de preços da estatal, disse que seu celular corporativo tinha mensagens e áudios que também poderiam incriminar Bolsonaro (o senador Randolfe Rodrigues pediu à PF que os aparelhos sejam apreendidos e periciados).

No escândalo do MEC, a conversa que indica o acesso de Bolsonaro a informações sigilosas de inquéritos da PF ocorreu no último dia 9 entre Ribeiro e a filha dele. No telefonema, o ex-ministro diz que o presidente havia ligado mais cedo para externar um “pressentimento”. “Ele acha que vão fazer uma busca e apreensão em casa.” Naquele dia, Bolsonaro cumpria agenda nos EUA, na Cúpula das Américas. Não estava só. Sua comitiva incluía o titular da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, que ascendeu ao cargo graças à proximidade com o clã Bolsonaro e tem a PF sob seu guarda-chuva. O ministro usou as redes para negar que tenha vazado detalhes da operação Acesso Pago. Um detalhe, porém, chama atenção. A chefia da pasta soube com antecedência das buscas, mas não da prisão de Ribeiro e dos pastores — ou seja, o nível de informações repassadas a Torres equivale ao “pressentimento” de Bolsonaro.

A história vai além. A ligação que Ribeiro declara ter recebido do presidente não consta no histórico telefônico dele. Para o delegado que preside o inquérito, Bruno Calandrini, o telefonema pode ter ocorrido por meio de um aplicativo de mensagens — a tática é usada pelos poderosos de Brasília para blindar conversas de grampos telefônicos e protegê-las por um sistema de criptografia. “Os indícios de vazamento são verossímeis”, anotou o delegado. Além de ter ficado em alerta sobre o acesso privilegiado à PF, Calandrini viu uma interferência direta no cumprimento de diligências da operação. O delegado reclamou de uma decisão “superior”, repassada à sua chefia, que vetou a transferência do ex-ministro de São Paulo para Brasília. Pela hierarquia da PF, estão acima da Coordenação de Inquéritos Especiais, onde Calandrini ficava lotado, somente a Diretoria de Investigação e Combate ao Crime Organizado (Dicor), a diretoria-geral e o ministério. “Manterei a postura de que a investigação foi obstaculizada”, escreveu Calandrini a colegas. Ele ainda relatou que o ex-ministro foi recebido com “honrarias não existentes na lei”. Milton Ribeiro reconheceu os afagos em uma ligação à mulher, Myriam. “Muito bem tratado, com muita cortesia até”, contou. Ribeiro e os outros presos foram liberados no dia 23, um dia depois da prisão, pelo desembargador Ney Bello, do TRF-1, um dos cotados para assumir uma vaga de ministro no STJ – a indicação cabe a Bolsonaro.

Comprovando a pressão sobre as investigações, o juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília, que havia determinado as prisões, recebeu centenas de ameaças de grupos de apoio a Ribeiro, que é um dos nomes ideológicos mais identificados com Bolsonaro. Calandrini deixou na última terça-feira o grupo da corporação em Brasília responsável pelas investigações contra políticos com foro privilegiado para assumir a coordenação da Unidade de Crimes Cibernéticos. Embora a confirmação da mudança tenha coincidido com a acusação de interferência em seu trabalho, o delegado esclareceu a aliados que já havia pedido a transferência previamente. Mesmo com a transferência, Calandrini seguirá à frente da investigação do gabinete paralelo do MEC. Ele está debruçado sobre centenas de páginas com provas da relação entre Ribeiro, o ex-gerente de projetos do MEC Luciano Musse e os pastores-lobistas Arilton Moura e Gilmar Santos. Com base no material, a PF descobriu, por exemplo, que os religiosos e Musse estiveram no mesmo hotel, em Brasília, em pelo menos dez ocasiões entre 2021 e 2022.
A papelada ainda contém a transcrição de depoimentos em que testemunhas relatam assédios de Arilton e Gilmar pelo pagamento de propina em troca de visitas de funcionários do MEC e do próprio ministro a cidades. O empresário José Evaldo Brito foi um dos ouvidos. Em conversa com a ISTOÉ, ele conta que buscou de boa fé o contato dos religiosos e marcou um encontro, em um hotel, para intermediar uma visita do ex-ministro a Nova Odessa (SP). Com a viagem agendada para agosto de 2021, Arilton ligou para pedir uma “oferta missionária” de R$ 100 mil. “Consegui o dinheiro com um amigo, porque somos cristãos e estamos acostumados a fazer contribuições deste tipo.” A desconfiança veio depois, quando Arilton voltou a entrar em contato com Brito e, desta vez, exigiu o custeio de passagens de avião para oito pessoas. Por meio de uma vaquinha, lideranças levantaram R$ 23,9 mil. “A esse ponto, ele já estava sendo muito ignorante, falando entre xingamentos. Nesse momento, percebi que, de pastor, Arilton não tinha nada. Era um picareta.” Brito denunciou o episódio à chefe da assessoria do cerimonial do ministério. A equipe de Ribeiro o convidou a viajar a Brasília. O empresário embarcou em 16 de setembro. Reiterou as denúncias em uma reunião com o então ministro, o presidente do FNDE, Marcelo Ponte, e representantes da CGU. Hoje, Brito circula acompanhado de dois seguranças.

Ribeiro teria demonstrado surpresa com os relatos de Brito, mas pode ser um jogo de cena. Há indícios de que o ex-ministro agia em coordenação com os pastores-lobistas, que continuaram a encontrá-lo após as denúncias, inclusive na residência oficial. Funcionários do MEC revelaram que Ribeiro tentou conseguir um cargo para o próprio Arilton. Primeiro, ofereceu um posto com remuneração mensal de R$ 6 mil. Diante do descontentamento do pastor, buscou emplacá-lo como gerente de projetos na Secretaria-Executiva, vaga com salário-base de R$ 10 mil. A investida acabou barrada pela Casa Civil. No seu lugar assumiu Luciano Musse, também preso na operação da PF.
Os indícios de crime no MEC (corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e tráfico de influência) tornam as justificativas apresentadas pelos acusados um deboche. Há denúncias gravadas de prefeitos de que foram pressionados a entregar barras de ouro, além de propinas, para obter recursos à educação. Um ex-funcionário do FNDE, João Elício Nogueira Terto, era um dos responsáveis por receber prefeitos e organizar eventos. Foi demitido após receber uma motocicleta elétrica do pastor Arilton que chega a custar R$ 25 mil. O FNDE é investigado pela CGU em pelo menos mais três escândalos: a tentativa de superfaturamento na compra de ônibus escolares, a compra de carros de luxo por diretores (que têm salário incompatível com os bens) e o caso de um consultor do fundo que atuava irregularmente em nome de prefeituras do Maranhão para obter recursos.
Mesmo diante das provas, Bolsonaro disse não ter visto indício de irregularidades
A despreocupação com as denúncias é tamanha que, em fevereiro deste ano, Milton Ribeiro vendeu um carro para a filha do pastor Arilton (ao menos essa é a justificativa da defesa) numa transação suspeita de R$ 60 mil, valor que foi depositado na sua conta. Mesmo diante de todas as provas colhidas na apuração, Bolsonaro afirmou não ter visto “o mínimo indício” de práticas irregulares por parte do antigo aliado e classificou a prisão como injusta. A declaração soa como piada. Tapar os olhos para a corrupção não significa que ela não exista. É com essa atitude que o mandatário conseguiu chegar ao final de seu governo à deriva e em meio a um mar de suspeitas.
Milton Ribeiro diz que não cometeu “qualquer crime”
Em nota, a defesa de Milton Ribeiro afirmou que o ex-ministro jamais cometeu qualquer crime e declarou que ele, assim como outros gestores, não tinha “poder para favorecer pessoas, cidades ou estados, porque há todo um procedimento formal que regula o andamento e avaliação dos benefícios”.
Os advogados Daniel Bialski e Bruno Borragine acrescentaram que aguardarão “o desfecho das investigações e sua condução, sem abusos ou arbitrariedades, esperando o seu arquivamento, que se dará pelo reconhecimento da inexistência de justa causa para guindar Ribeiro à condição de suspeito”.
https://istoe.com.br/delitos-em-serie-2/
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