Quem usa o cartão de crédito no exterior vai poder calcular com mais precisão o custo das compras internacionais. Entra em vigor hoje (1º) determinação do Banco Central (Circular nº 3918) que obriga as operadoras de cartão a usar a cotação do dólar do dia da compra – e não mais a do dia de vencimento da fatura – para conversão do valor em real.
A mudança pretende dar mais previsibilidade aos consumidores que usam o cartão no exterior ou que fazem compras em sites estrangeiros.
Antes dessa mudança, a cotação da moeda americana usada era aquela do dia do fechamento da fatura. Quando anunciou a mudança na regra, em novembro de 2018, o Banco Central (BC) argumentou que o cliente ficava vulnerável às variações do dólar no mercado financeiro desde a data em que o gasto foi feito até o momento do pagamento da fatura mensal do cartão de crédito.
Com a nova regra, o cliente ficará sabendo já no dia seguinte quanto vai desembolsar em reais, eliminando a necessidade de eventual ajuste na fatura subsequente.
A partir de agora, deve constar na fatura: a discriminação de cada gasto, a data, a identificação da moeda estrangeira e o valor na referida moeda; o valor equivalente em dólar na data do gasto; a taxa de conversão do dólar para reais na data da compra; e o valor em reais a ser pago pelo cliente.
Para que o cliente possa ter informações sobre as melhores taxas de câmbio utilizadas pelos emissores no mercado, os bancos serão obrigados a tornar disponível em todos os seus canais de atendimento ao cliente a taxa de conversão do dólar para o real utilizada no dia anterior; e publicar informações sobre o histórico das taxas de conversão.
Além de se atentar às taxas de câmbio, os consumidores devem observar que as compras no exterior com cartão de crédito têm incidência do Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), com alíquota de 6,38%.
O governador João Doria e o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, anunciaram nesta sexta-feira (21) o pagamento de um abono de até 12,84% nos salários dos professores da rede estadual de São Paulo.
Para garantir o benefício, o governo de São Paulo vai investir por ano R$ 590,6 milhões. No total, 260.142 docentes ativos e inativos serão beneficiados. O pagamento será retroativo ao mês de janeiro e estará disponível a partir de março.
“O professor é peça fundamental no processo de aprendizagem. Estamos empenhados em valorizá-lo cada vez mais”, destaca o secretário de educação do Estado de SP, Rossieli Soares.
Com o pagamento do abono salarial, os profissionais passarão a receber uma remuneração que atende ao piso nacional para professores da educação básica estabelecido pela Lei do Piso (Lei nº 11.738/2008).
Os professores da categoria chamada PEB I (lecionam para os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental) que trabalham 40 horas semanais sairão de uma remuneração mensal de R$ 2.577,74 para R$ 2.886,24, valor do piso salarial.
Já o salário dos docentes da categoria PEB II (atendem alunos dos anos finais do ensino fundamental e ensino médio) saltará de R$ 2.585,01 para os mesmos R$ 2.886,24, previstos por lei.
Reestruturação da carreira
Um plano de reestruturação da carreira docente, apresentado pelo governo de São Paulo em novembro do ano passado, prevê um salário inicial de R$ 3,5 mil para professores que trabalham 40 horas semanais.
O documento estipula ainda que em 2022, um docente com a mesma carga horária terá salário inicial de R$ 4 mil, um aumento de 54,7% em relação ao salário base inicial da carreira.
No topo da carreira, o professor poderá chegar a um salário de R$ 11 mil. Com a reestruturação de carreira proposta, professores com mestrado e doutorado serão valorizados e terão acréscimo salarial de 5% e 10%, respectivamente.
O investimento previsto pela gestão para executar a modernização da carreira ultrapassa R$ 4 bilhões na folha de pagamento até 2022. O programa quer valorizar e formar os professores da rede, além de atrair novos talentos para a carreira. O projeto ainda precisa ser encaminhado à Assembleia Legislativa de São Paulo.
Campanha de vacinação contra gripe será antecipada no país
Ação deve reduzir suspeitas de coronavírus, que tem sintomas parecidos
Por causa da confirmação do primeiro caso de coronavírus no país, o de um homem de São Paulo, o Ministério da Saúde decidiu antecipar a campanha de vacinação contra a gripe. Segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, a campanha prevista para abril terá início este ano no dia 23 de março.
Para a campanha, serão disponibilizadas 75 milhões de doses.
“Antecipamos em 23 dias a data prevista original para essa campanha”, disse o ministro.
A campanha vai privilegiar gestantes, puérperas, crianças de até seis anos de idade, idosos e, possivelmente, acrescentou o ministro, outros grupos de pessoas que trabalham na área de segurança e população carcerária.
“Este ano vamos fazer outros grupos que não os idosos. Devemos fazer [vacinação] nas forças de segurança, na população presidiária completa, nos agentes penitenciários. Devemos fazer a ampliação de segmentos para diminuir a circulação epidêmica”, falou o ministro.
Gripe x Coronavírus
A vacina contra a gripe não previne o coronavírus. Mas segundo o ministro, ela será importante para combater os demais vírus associados a outros tipos de gripes e diminuir a dificuldade dos profissionais de saúde na hora de identificar corretamente o tipo de vírus que está provocando os sintomas no paciente.
“A vacina [da gripe] dá cobertura e deixa o sistema imunológico 80% protegido contra essas cepas de Influenza e virais que estão circulando e são mais comuns que o coronavírus”, disse o ministro. “Para um profissional de saúde, quando um indivíduo tem um quadro gripal e informa que já foi vacinado [contra gripe], isso auxilia muito o raciocínio do profissional para pensar na possibilidade de outras viroses que não aquelas que são cobertas pela vacina.
Ela [a vacina] é um instrumento importante porque diminui a espiral de epidemia desses outros vírus que podem eventualmente ocorrer e confundir a população”, destacou o ministro.
Coronavírus em São Paulo
Segundo balanço divulgado hoje (27), há 85 casos suspeitos de coronavírus em todo o estado de São Paulo. Quase todos esses casos, destacou Helena Sato, diretora do Centro de Vigilância Epidemiológica, são de pessoas que estiveram no exterior. Duas delas não estiveram no exterior, mas tiveram contato com o homem de 61 anos, morador de São Paulo, que foi infectado com coronavírus. Todas elas estão em seus domicílios e passam bem.
O infectologista David Uip, coordenador do Centro de Contingência do Covid-19 em São Paulo, disse que as pessoas com suspeita de coronavírus só devem buscar um centro de atenção primária caso apresentem problemas respiratórios, ou seja, dificuldade para respirar.
Do contrário, caso os sintomas sejam apenas tosse e febre, o conselho é para que as pessoas permaneçam em casa, hidratando-se. “Paciente com tosse e febre, fique em casa para ser hidratado, com repouso e boa alimentação. Devem procurar os serviços de saúde aqueles que apresentarem algum desconforto respiratório”, falou ele.
O ministro reforçou que as pessoas com coronavírus no país só ficarão internadas no hospital caso estejam em situações graves ou com dificuldades respiratórias.
Nos demais casos, permanecerão em isolamento em casa.
“O indivíduo vai para o hospital quando está doente e precisa de cuidado hospitalar. Não se interna indivíduo no hospital porque ele está com síndrome gripal conversando, falando, se alimentando. A China iniciou dessa maneira [isolando pessoas dentro do hospital]. Teve que fazer aquele hospital, e isso foi uma medida equivocada que levou a um colapso do sistema hospitalar porque não se coloca pessoas com síndromes respiratórias leves dentro de um hospital. Fico imaginando as outras pessoas, com outras doenças, e que necessitam de leito hospitalar”, criticou. “O isolamento domiciliar tem eficácia tão alta quanto no hospital”, acrescentou o ministro.
Edição: Narjara Carvalho -
Por Elaine Patrícia Cruz - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
Dos 21 equipamentos de segurança individual contra o coronavírus, 16 devem ser fornecidos aos estados. Há receio, no entanto, em relação a outros itens. Isso porque, segundo o Ministério da Saúde, as empresas brasileiras estão exportando máscaras que podem faltar neste momento em que o vírus foi confirmado no Brasil. País pode até mesmo proibir ou impor multa sobre exportação. A China é o país que comprou maior parte das máscaras.
O motivo é que indústrias de elétricos e eletrônicos já preveem a falta de equipamentos importados da Ásia.
Atualmente, essas fábricas compram da China e outros países da região cerca de 40% do material da linha de montagem de celulares, tablets, computadores, entre outros.
A possibilidade de redução da jornada de trabalho ou decretação de férias coletivas em 30 dias já está no radar da categoria, segundo informação exclusiva obtida pela CBN.
A atividade da construção voltou a cair em janeiro, apontou hoje (27) pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Apesar da retração, o ritmo da queda diminuiu em relação a dezembro.
Em janeiro, o índice de atividade do setor ficou em 47,5 pontos, contra 45,8 pontos em dezembro. Resultados abaixo de 50 pontos indicam contração. Em janeiro do ano passado, o indicador estava em 44 pontos, o que sinaliza que a retração neste ano foi menor.
Tradicionalmente, janeiro registra queda na atividade da indústria da construção. Segundo a CNI, isso ocorre por causa do período de férias, do volume de chuvas, das festas de fim de ano e do movimento nas estradas. No entanto, outros indicadores, como emprego e utilização da capacidade, apresentaram melhoras que indicam recuperação.
O índice de número de empregados ficou em 47,3 pontos, 4,8 pontos acima do verificado há um ano. Segundo a CNI, o indicador está no nível mais alto para meses de janeiro desde 2013, quando atingiu 49 pontos. A ociosidade caiu. O nível de utilização da capacidade operacional fechou janeiro em 60%, alta de cinco pontos percentuais em relação ao mesmo mês de 2019. Nas grandes empresas, o índice chegou a 64% e está nove pontos acima de janeiro do ano passado.
Para a CNI, a recuperação da indústria da construção reflete a estabilidade da economia e a redução dos juros. A pesquisa revelou que os empresários do setor mantêm o otimismo para os próximos meses. O Índice de Confiança do Empresário da Construção (Icei-Construção) fechou janeiro em 62,1 pontos, bem acima da linha divisória de 50 pontos que separa expectativas positivas de negativas.
A Sondagem Indústria da Construção ouviu 478 empresas do setor em todo o país entre 3 e 12 de fevereiro. Entre as empresas entrevistadas, 168 são pequenas, 202 são médias e 108 são de grande porte. A pesquisa é feita em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic).
Edição: Liliane Farias -
Publicado em 27/02/2020 - 18:07 Por Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Após cerca de 24 horas da confirmação do primeiro caso de coronavírus no Brasil, o número de pessoas oficialmente tratadas como suspeitas de ter o vírus no país é de 132, segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo. Na última sexta-feira (21), era apenas um caso.
O Ministério da Saúde recebeu as notificações dos estados até a tarde de hoje (27), mas não analisou todos. “Esse número não é definitivo. É muito maior que 132. Ficamos com 213 notificações ainda não analisadas. Elas podem ser todas consideradas suspeitas ou apenas uma parte, mas dá para a gente avaliar que, na verdade, temos perto de 300 casos suspeitos”, disse Gabbardo.
Segundo o secretário, esse aumento se explica em virtude do aumento do número de países com fluxo migratório intenso com o Brasil, e que têm pessoas com o vírus. Um exemplo é o primeiro caso confirmado no Brasil. O homem de 61 anos não esteve na China, que concentra a maioria dos casos no mundo, e sim na Itália. Após a confirmação desse caso, pessoas com histórico de viagem à Itália, à França e à Alemanha e que apresentem febre somada a um sintoma respiratório também são tratadas como suspeitas de ter o coronavírus.
Critérios
O ministério tem usado como critérios de determinação de casos suspeitos: ter viajado para um dos 16 países da Ásia, Europa e Oriente Médio com casos da doença; não ter viajado, mas ter tido contato com esses viajantes ou ter tido contato com o caso confirmado no Brasil. Em todas as hipóteses, a pessoa é considerada como um caso suspeito se apresentar febre somada a um sintoma respiratório.
Os 16 países considerados na definição de casos suspeitos são: Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Itália, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos.
O secretário-executivo do ministério reforçou ainda a importância das medidas de prevenção para reduzir os riscos de contaminação da doença. A lavagem constante das mãos e evitar levá-las ao rosto e, principalmente, à boca; o uso de álcool em gel para esterilização das mãos e o não compartilhamento de utensílios de uso pessoal, como talheres, copos e travesseiros, entre outros.
Bolsonaro
Nesta quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro disse que pode ser que ele cancele a viagem que faria à Itália devido ao surto de coronavírus no país europeu.
“Infelizmente, é mais uma realidade ruim que vai ter que ser enfrentada. Já estamos enfrentando, fazendo o possível”, disse o presidente.
Edição: Fábio Massalli -
Por Marcelo Brandão – Repórter da Agência Brasil - Brasília
A iniciativa que termina no dia 31 de março é uma oportunidade para ajudar consumidores com contas atrasadas a negociar e quitar suas dívidas.
De acordo com o Serasa, os descontos podem chegar a até 98%.
Participam do Feirão mais de 30 empresas, entre companhias telefônicas, bancos e lojas.
O consumidor deve acessar o site do Feirão Limpa Nome, inserir o CPF e fazer um rápido cadastro para consultar os seus débitos.
Na plataforma, a pessoa poderá visualizar a proposta da empresa que participa da iniciativa para quitar a dívida.
Assim que as duas partes chegarem a um acordo, o site gera um boleto para o pagamento do débito.
Este ano, o Serasa também fará uma promoção para quem pagar os acordos à vista: a pessoa concorrerá a um jantar com a cantora Daniela Mercury, em Salvador, com tudo pago pela empresa e direito a um acompanhante.
Edição: Lílian Beraldo -
Por Luciano Nascimento - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Considerada a primeira a conseguir pousar no outro lado da lua e a descobrir a presença de minerais olivina, a missão Chang'e-4 está a desvendar segredos lunares à medida que a investigação avança.
Em 3 de janeiro de 2019, a sonda Chang'e-4 pousou na cratera Von Karman, onde implantou um rover chamado Yutu-2, com o objetivo de explorar a Bacia do Polo-Sul Aitken, a mais velha e a maior cratera, situada no lado oculto da Lua.
Uma das descobertas feitas pelo Yutu-2 foi que a cratera se encontra repleta de depósitos soltos como rochas e poeiras pulverizadas, com uma espessura de 39 pés. Situação semelhante à constatada pelos astronautas da Apollo. Os sinais de rádio são emitidos a uma profundidade de 131 pés da superfície lunar, três vezes mais do que a missão chinesa anterior conseguiu explorar.
O veículo espacial encontra-se equipado com o Radar Penetrante Lunar, o que lhe dá as ferramentas necessárias para conseguir investigar.
"A superfície no local de pouso CE-4 é muito mais transparente para as ondas de rádio, e essa observação qualitativa sugere um contexto geológico totalmente diferente para os dois locais de desembarque”, explicou Li Chunlai, professor de investigação e vice-diretor do Observatório nacional da china, da Academia de Ciências.
A abundância de depósitos na cratera relaciona-se com o fato de a lua ser frequentemente atingida por meteoritos e outros detritos.
Quando isso acontece, ela envia esse material para outro lugar e, com o passar do tempo, a superfície onde está a cratera torna-se a camada superior, deixando por baixo outras camadas de pedra.
"Esses dados mostram que o uso do radar de penetração lunar pode melhorar muito a compreensão da história do impacto lunar e do vulcanismo. Assim como dar uma nova luz à compreensão da evolução geológica do lado oposto da Lua", disse Li.
As crateras que sofrem esses impactos são importantes para os investigadores, pois é por meio delas que podem aprender mais sobre a Lua e todo o seu processo de formação.
A origem da formação lunar tem sido tema de debate da comunidade científica e, nesse sentido, a investigação chinesa pretende chegar a um maior conhecimento sobre a evolução da Lua e comprovar se existe ou não um oceano de magma, teoria que ainda não foi confirmada.
Ainda este ano, a china pretende enviar mais uma sonda, a Chang'e-5, com o objetivo de regressar à terra com as amostras recolhidas na Lua.
São Paulo é o estado com o maior número de casos suspeitos de infecção pelo coronavírus (Covid-19), com 11 casos, conforme a atualização divulgada nessa quarta-feira (26) pelo Ministério da Saúde.
Os demais casos foram registrados nos estados da Paraíba (1), de Pernambuco (1), do Espírito Santo (1), de Minas Gerais (2), do Rio de Janeiro (2) e de Santa Catarina (2), totalizando 20 casos.
O secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Wanderson de Oliveira, explicou que dos 20 casos suspeitos,12 pessoas estiveram na Itália, dois na Alemanha e dois na Tailândia. De acordo com o secretário, a identificação rápida de casos suspeitos mostra ograu de alerta do Sistema de Saúde.
“Esse padrão já reflete a velocidade que o Sistema de Saúde, incluindo unidades públicas e privadas, tiveram para se adaptar às novas definições de casos suspeitos nesses dois dias, durante o carnaval. Nosso sistema de saúde está em alerta total”, disse.
Wanderson explicou que o momento todo o sistema atua no trabalho de contenção para impedir a transmissão do Covid-19. “Estamos na fase de contenção, onde buscamos evitar que o vírus se espalhe. Caso se espalhe, vamos para a fase de mitigação, que é evitar casos graves e óbitos", afirmou.
Nessa quarta-feira, o Brasil registrou o primeiro caso de coronavírus. Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ao retornar da viagem, na última sexta-feira (21), o paciente apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza).
Atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na segunda-feira (24), o homem foi submetido a exames clínicos que apontaram a suspeita de infecção pelo vírus. Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova, confirmando a infecção.
Centro de Contingência
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo realizou, ontem, a primeira reunião do Centro de Contingência, grupo criado para monitorar e coordenar ações contra a propagação do novo coronavírus. O centro vai trabalhar de forma integrada com o Centro de Operações de Emergências (COE), implantado anteriormente pelo governo estadual.
Dentre as ações, destaca-se a definição dos hospitais de referência para o tratamento de casos graves de infecção pelo coronavírus. Entre as unidades, estão o Hospital das Clínicas de São Paulo e o Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital paulista. No interior do estado os hospitais das Clínicas de Ribeirão Preto (USP) e de Campinas (Unicamp), o Hospital de Base de São José do Rio Preto e, no litoral, o Emílio Ribas II, do Guarujá. Juntas, esses hospitais contam com cerca de 4 mil leitos, sendo mil de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
De acordo com a secretaria, os hospitais privados também poderão integrar a rede, seguindo protocolos e até disponibilizando leitos, se houver necessidade. Profissionais da Saúde estadual vão reforçar os contatos com os serviços particulares para reforçar o alinhamento de estratégias e fluxos.
Edição: Aécio Amado -
Publicado em 27/02/2020 - 10:36 Por Agência Brasil - Brasília
1º caso de COVID-19 foi registrado em paciente do Hospital Albert Einstein
SP criou centro de contingência para monitorar e coordenar ações contra a propagação do vírus
Centro tem supervisão do secretário de Saúde José Henrique Germann
O Governador João Doria decidiu criar um centro de contingência do Estado para monitorar e coordenar ações contra a propagação do novo coronavírus em São Paulo. A decisão ocorreu após a confirmação do primeiro caso do país, na capital paulista. Para presidir o centro, Doria convidou o infectologista David Uip.
Na tarde desta quarta-feira, integrantes da Secretaria da Saúde apresentaram, em entrevista coletiva, o cenário atualizado do novo Coronavírus (COVID-19) e novas medidas para enfrentamento da doença.
O centro contará com profissionais especialistas das redes pública e privada, com ênfase na área de Infectologia, sob a supervisão do Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann. A lista inclui o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, e os professores Marcos Boulos (HCFMUSP), Esper Kallas, (HCFMUSP), Luiz Fernando Aranha (Unifesp), Carlos Fortaleza (HC de Botucatu) e Benedito Maciel (HC de Ribeirão).
O primeiro caso de COVID-19 foi diagnosticado na terça-feira (25), em um paciente do Hospital Israelita Albert Einstein. Seguindo o fluxo oficial definido pelo Ministério da Saúde, o exame foi enviado para contraprova no Instituto Adolfo Lutz, laboratório de referência nacional para análise de amostras casos suspeitos.
“Infelizmente, foi confirmada em São Paulo a infecção de um brasileiro, que estava na Itália, por coronavírus. Por isso, estamos criando este centro e de contingência e, a partir daí, anunciaremos as medidas a serem adotadas”, disse Doria.
O homem está em isolamento domiciliar, estável. Reside na Capital e esteve, em fevereiro, na Itália. Apresentou sintomas suspeitos, como tosse e febre, compatíveis com a suspeita de COVID-19. Atualmente, também há 11 casos suspeitos em SP.
Além da Itália, Austrália, China, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Camboja, Filipinas, Japão, Malásia, Vietnã, Singapura, Tailândia, Alemanha, França, Irã e Emirados Árabes Unidos estão na lista de locais de origem ou transição definida pelo Ministério da Saúde nesta semana. A mudança levou em conta o aumento de casos registrados fora do território chinês. As orientações foram replicadas pelo Governo de São Paulo para todas as regiões do Estado.
“É imprescindível que, ao apresentar os sintomas, as pessoas procurem um serviço de saúde mais próximo, como fez este paciente”, afirmou o Secretário Germann.
Além dos sintomas como febre, dificuldade para respirar, tosse ou coriza é preciso observar outros aspectos epidemiológicos, como histórico de viagem em área com circulação do vírus ou mesmo contato próximo a algum caso suspeito ou confirmado laboratorialmente para COVID-19.
“A prevenção é o mais importante para doenças respiratórias, pois vírus não respeita fronteira”, destacou o infectologista David Uip.
As Secretarias de Saúde do Estado e de Prefeitura de São Paulo estão monitorando as pessoas que tiveram contato com o paciente. Todas as ações e medidas seguem protocolos do Ministério da Saúde e da Organização Mundial de Saúde. O site www.saude.gov.br/coronavirus está concentrando as informações atualizadas sobre o tema.
Rede de atendimento e acompanhamento
O novo centro definiu, ainda, relação de hospitais de referência para o tratamento de casos graves: Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP) e Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na capital. No interior, HCs de Ribeirão Preto (USP) e Campinas (Unicamp), Hospital de Base de São José do Rio Preto e, no litoral, o Emílio Ribas II, do Guarujá. Juntas, essas unidades contam com cerca de 4 mil leitos, sendo mil de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Os hospitais privados também poderão integrar a rede, seguindo protocolos e até disponibilizando leitos, se houver necessidade. Profissionais da Saúde estadual vão reforçar os contatos com os serviços particulares para reforçar o alinhamento de estratégias e fluxos.
O Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado, por sua vez, irá capacitar ainda mais de 3 mil profissionais da área de saúde ao longo das próximas semanas em todo Estado e o Instituto Adolfo Lutz está preparado e possui kits diagnósticos para analisar amostras e realizar contraprova de laboratórios particulares, se preciso.
A empresa de biotecnologia Moderna anunciou na última segunda (24) que enviou ao Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (Niaid) dos Estados Unidos uma vacina experimental contra o coronavírus.
O desenvolvimento ocorreu em 42 dias, um tempo recorde. Segundo a empresa, os testes iniciais da potencial vacina, chamada de mRNA-1273, poderiam começar em abril, mas todo o processo regulatório duraria pelo menos um ano.
A China também anunciou que outra vacina experimental contra o coronavírus poderá ser testada em abril. A empresa chinesa de biotecnologia Clover Biopharmaceuticals fez parceria com a britânica GlaxoSmithKline para testar a vacina Covid-19 S-Trimer.
A Moderna informou que os primeiros frascos da vacina experimental seriam usados em um estudo de fase 1 nos Estados Unidos. Essa etapa da pesquisa clínica envolve testes do imunizante em um pequeno número de pessoas saudáveis.
Duas doses da vacina seriam testadas em até 25 voluntários para verificar se produz uma resposta imune que protege contra o vírus.
Mesmo que o ensaio clínico seja bem-sucedido, serão necessários mais testes e aprovações regulatórias antes que o produto possa ser amplamente utilizado.
Autoridades de saúde e empresas farmacêuticas de todo o mundo estão trabalhando para identificar tratamentos ou uma vacina para ajudar a combater o coronavírus, que já infectou mais de 80 mil pessoas em todo o mundo.
O diretor do Niaid, Anthony Fauci, disse que os pesquisadores poderiam acelerar o processo de aprovação de uma vacina após um experimento bem-sucedido da fase 1, na tentativa de impedir a propagação do vírus.
Mas, mesmo em "velocidade de emergência", a vacina não estará disponível para uso por pelo menos um ano ou 18 meses, segundo ele.
A empresa Moderna, com sede em Boston (EUA), não é a única farmacêutica que espera encontrar uma imunização ou mesmo medicamentos que possam atenuar os sintomas da infecção por coronavírus.
As gigantes Johnson & Johnson e GlaxoSmithKline estão trabalhando em vacinas, assim como pesquisadores do governo americano, incluindo alguns do Niaid.
As ações de Gilead subiram quase 5% na segunda-feira, depois que a Organização Mundial da Saúde disse que um de seus medicamentos, o remdesivir, está mostrando sinais de ajuda no tratamento do coronavírus.
Embora a eficácia e segurança da vacina experimental desenvolvida pela Moderna ainda não tenham sido comprovadas, a velocidade com que foi criada representa um avanço.
Segundo a empresa, o desenvolvimento começou tão logo foram obtidas informações genéticas sobre o coronavírus.
Em comparação com vacina contra a Sars, os pesquisadores levaram cerca de 20 meses para iniciar os testes em humanos.
A Moderna utiliza uma plataforma tecnológica de mRNA, que visa fabricar medicamentos que direcionam as células do corpo a produzir proteínas para prevenir ou combater doenças.
A tecnologia faz uso do ácido ribonucleico mensageiro, uma molécula vital para o bom funcionamento das células do corpo, e obteve resultados positivos nos testes da fase 1 em seis vacinas diferentes, uma das quais está atualmente em um estudo de fase 2, de acordo com a empresa.
A plataforma de mRNA pode produzir vacinas com mais rapidez e com menos recursos do que os métodos tradicionais, de acordo com a organização de saúde britânica PHG Foundation.
O Ministério da Saúde confirmou, hoje (26), o primeiro caso de um brasileiro infectado pelo novo coronavírus (Covid-19). No momento, há vinte casos suspeitos da doença no país. Cinquenta e nove casos suspeitos foram descartados
Trata-se de um homem de 61 anos, morador da cidade de São Paulo, que esteve na região da Lombardia, no norte da Itália, entre os dias 9 e 21 de fevereiro. Ao retornar da viagem, na última sexta-feira (21), o paciente apresentou os sinais e sintomas compatíveis com a doença (febre, tosse seca, dor de garganta e coriza).
Atendido no Hospital Israelita Albert Einstein na segunda-feira (24), o homem foi submetido a exames clínicos que apontaram a suspeita de infecção pelo vírus. Com resultados preliminares realizados pela unidade de saúde e de acordo com o Plano de Contingência Nacional, o hospital enviou a amostra para o laboratório de referência nacional, Instituto Adolfo Lutz, para contraprova. “Agora é que vamos ver como este vírus vai se comportar em um país tropical, durante o verão”, disse hoje o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.
“Como vai ser o padrão de comportamento deste vírus, que é novo e tanto pode manter o mesmo padrão de comportamento de transmissão que apresentou no hemisfério Norte, onde, nesta época, está fazendo frio”, disse o ministro.
Em nota, o hospital afirma que o paciente encontra-se em bom estado clínico e sem necessidade de internação, permanecendo em isolamento respiratório domicilar pelos próximos 14 dias. "A equipe médica segue monitorando-o ativamente, assim como as pessoas que tiveram contato próximo com ele", informou o Albert Einstein.
Na última sexta-feira (21), as autoridades italianas notificaram nove óbitos, o que levou o governo brasileiro a incluir a Itália entre os países onde a doença está se espalhando e há risco de infecção.
De acordo com o Ministério da Saúde, no mundo, já foram registrados mais de 80,2 mil casos do coronavírus em 34 países. Foram registradas 2,7 mil mortes causadas pela doença, sendo que os casos mais graves são aqueles que afetam pessoas com mais de 60 anos.
Acompanhe a coletiva ao vivo:
Edição: Denise Griesinger -
Publicado em 26/02/2020 - 11:39 Por Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil - Brasília
Pesquisadores na China afirmam que estudos genéticos mostram que o novo coronavírus não teve origem em um mercado de frutos do mar em Wuhan, na província de Hubei, como suspeitava-se inicialmente.
O Jardim Botânico Tropical Xishuangbanna da Academia Chinesa de Ciências publicou em seu site os resultados de estudos conjuntos com pesquisadores de universidades do país.
Eles afirmam ter analisado dados genéticos de 93 amostras do vírus coletadas em 12 países.
Segundo os resultados, o vírus encontrado no mercado em Wuhan espalhou-se rapidamente a partir daquele local, mas teria vindo originalmente de um outro lugar.
Os pesquisadores afirmam que a conclusão que descartou o mercado como epicentro da epidemia é baseada na análise do momento em que os pacientes ficaram doentes.
O grupo acrescenta que houve aparentemente duas ocasiões em que o vírus se alastrou, primeiro em 8 de dezembro e de novo em 6 de janeiro.
De acordo com o estudo, transmissões entre humanos podem ter tido início no começo de dezembro ou até mesmo no fim de novembro.
Ainda segundo os pesquisadores, caso um alerta amplo e significativo tivesse sido feito logo após o crescimento no número de casos no início de janeiro, o alastramento das infecções pelo mundo que acabou ocorrendo a partir do fim daquele mês poderia ter sido menor.
Assuntos: Desburocratizações, redução de impostos, desenvolvimento do turismo e pesca, bolsa-família, criação inédita do crédito fixo imobiliário (Caixa), combustíveis, MPs da carteirinha e dos balancetes exiradasve novas ações para o futuro dos temas e excludente de ilicitude em caso de GLO.
O avanço no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e o crescimento do atendimento na educação infantil são os destaques apontados pelo índice.
“Alcançamos 6,8, a maior nota da história da cidade no IDEB, fruto do trabalho e da dedicação de nossos educadores e colaboradores da rede municipal. Este resultado que atingimos no IDGM reforça o nosso compromisso com a educação de nossa cidade e demonstra que estamos no caminho certo. A educação é uma área que continua recebendo grandes investimentos e iremos avançar ainda mais”, disse o prefeito Marcus Melo.
A nota alcançada pela rede municipal mogiana é maior que a média dos 100 maiores municípios do país.
A cidade superou o índice de 6,3 de 2015 e a meta prevista para a cidade para 2021, que era de 6,6.
Este crescimento se deve à formação continuada dos professores e a padronização do material didático no ensino fundamental, com a adoção dos materiais Ler e Escrever e EMAI, do Governo Estadual.
Para a educação infantil, os educadores da rede municipal elaboraram o IBA – Interagir, Brincar & Aprender.
Ainda na formação dos alunos, o município realiza a Aprendi – Avaliação Municipal das Aprendizagens, em que são avaliados os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental duas vezes por ano.
Os resultados fazem parte do planejamento das escolas e da Secretaria de Educação para oferecer uma educação de cada vez mais qualidade para os alunos.
A cidade possui um Currículo Municipal, atualizado com a BNCC – Base Nacional Comum Curricular e o Currículo Paulista.
São atendidos na rede municipal mais de 47 mil alunos, sendo 23,7 mil em período integral. Neste mês, foi entregue o Cempre – Centro Municipal de Programas Educacionais Prof. Sérgio Moretti, em Jundiapeba, com capacidade para 840 alunos em período integral.
Os alunos têm acesso à tecnologia, por meio de softwares, como o programa Simulados e o Migo para a aprendizagem de inglês a partir dos três anos. As escolas e creches estão 100% informatizadas e os pais têm acesso às informações de seus filhos online pela Carteirinha de Identificação Estudantil.
Destaque na educação infantil
Mogi das Cruzes atingiu a maior média de atendimento na educação infantil dentre os 100 maiores municípios do país na faixa etária de 0 a 3 anos e na fase da pré-escola para crianças de 4 e 5 anos.
A Prefeitura de Mogi das Cruzes continua investindo na ampliação do atendimento.
Um novo modelo padrão de creche foi elaborado com soluções sustentáveis, como o uso de água de reuso e placas fotovoltaicas e maior capacidade de atendimento.
Foram entregues quatro creches, outras 12 estão em construção na cidade neste novo modelo sustentável. Cada unidade atende, em média, 200 alunos.
Ao todo, as novas unidades vão oferecer mais de 3 mil vagas.
Os bairros atendidos são Jundiapeba (quatro unidades), Jardim Universo, Socorro, Vila Natal, Vila São Sebastião/Jardim Santos Dumont, Vila Moraes, Botujuru/Vila São Paulo, Vila Estação, Jardim Aeroporto II. Três creches estão sendo ampliadas, sendo duas em Jundiapeba e uma no Parque Olímpico. (Kelli Correa Brito)