UOL mostra que o empresário Esdras Jonatas dos Santos pediu acesso à Justiça gratuita, alegando não ter dinheiro, ao entrar com uma ação para obstruir uma avenida pública e realizar um ato antidemocrático em Belo Horizonte. Nas redes sociais, no entanto, o bolsonarista ostenta viagens e carros de luxo.
Bolsonaristas golpistas invadem Congresso, STF e Palácio do Planalto
Desde a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas urnas no dia 30 de outubro de 2022, a vitória do atual mandatário do país, Luiz Inácio Lula da Silva , fez com que bolsonaristas extremistas se aglomerassem em frente a quartéis e bloqueassem rodoviais pelo país, confrontando a democracia brasileira com pedidos de golpe de Estado .
No entanto, após os atos antidemocráticos que vandalizaram e destruíram os Três Poderes do país no dia 8 de janeiro, ficou claro aos demais brasileiros quem realmente agiu contra a população. Além de depredarem prédios públicos e obras de arte, os terroristas também agrediram policiais militares que tentavam conter o ataque à capital federal.
Na ocasião, de acordo com a Polícia Militar , pelo menos 44 PMs ficaram feridos e precisaram de atendimento médico.
ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a Polícia Federal foi acionada para investigar os ataques a torres de transmissão de energia elétrica, e que, atualmente, não é possível afirmar que os casos tiveram motivação política.
O governo Lula dispensou 40 militares que atuavam na Coordenação de Administração do Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente. A dispensa é válida desde 13 de janeiro, uma semana depois que a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, expôs os danos que encontrou no local desocupado por Jair Bolsonaro e seus familiares. Josias comenta.
Nesta terça-feira (17), oSupremo Tribunal Federal(STF) lançou uma série devídeos institucionaisem resposta aosatos antidemocráticosque causaram destruição na sede do tribunal e dos outros poderes da República, no último dia 8.
A campanha " Democracia inabalada " afirma que o patrimônio físico do Supremo foi depredado, porém, a defesa da Constituição segue inabalada.
A conta oficial do STF no Twitter publicou um dos vídeos da campanha, assim como o link para o portal oficial da Instituição.
De acordo com o STF, o material será exibido a partir desta terça, e até o próximo dia 1º, na TV Justiça e nas redes sociais do tribunal.
O PL já considera Jair Bolsonaro como parte do passado e iniciou um planejamento para o futuro. Valdemar da Costa Neto avisou aliados que a legenda não pretende apoiar o ex-presidente e não pagará o preço de ser considerado um partido golpista.
A coluna teve acesso a mensagens enviadas pelo cacique político em grupos com membros do PL e que reforçam a tese. Em um deles, parlamentares da legenda discutiam sobre como pautar temas relevantes como oposição ao atual governo, de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e um deles levantou a tese de que era importante conversas com Bolsonaro para receber orientação.
"O PL não é o Bolsonaro. O Bolsonaro acabou. Esqueçam ele", teria reagido Valdemar em resposta à mensagem. "Conversem comigo e vamos decidir aqui os rumos do PL", continuou o cacique, surpreendendo aliados por conta da decisão de abandonar um nome importante do cenário político tão rapidamente.
A pessoas próximas, Valdemar confirmou que o ônus de ter Bolsonaro como engrenagem do PL é muito maior que um suposto bônus. Ele já deixou chegar ao ex-presidente que não vai pagar o preço de ser considerado alguém próximo a ele. "O PL será oposição ao Lula, mas vai expurgar o bolsonarismo", diz uma pessoa muito próxima ao líder do partido.
Questionado se Bolsonaro será expulso, Valdemar desconversou nos grupos. A expectativa dele, porém, é que o político peça a desfiliação, ainda que alegando traição ou quebra de confiança. "Ninguém mais se importa com o que o Bolsonaro fala", comentou um deputado do partido.
A relação entre os dois anda tão tensa que eles mal se falam. O grupo de whatsApp que conta com Valdemar e a família Bolsonaro está em silêncio há mais de uma semana. "Não dá para conversar com essa gente", teria dito a um parente.
Valdemar já avisou a seu grupo que o PL vai focar no Congresso, onde tem a maior bancada, e tentar ganhar força política pensando em eleições municipais. "O PL é muito maior que o Bolsonaro", garantiu a aliados.
PF investiga quem organizou e financiou atos antidemocráticos após o 2º turno das eleições e a invasão golpista nos prédios dos 3 Poderes Imagem: Reuters
Do UOL, em São Paulo
17/01/2023 09h33
Atualizada em 17/01/2023 10h29
Uma mulher de 48 anos que não teve o seu nome divulgado se apresentou à delegacia da Polícia Federal em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, na noite de ontem. Pela manhã, agentes com mandados de prisão temporária não a localizaram.
'Terrorismo': O que igrejas evangélicas falaram sobre atos em Brasília?
Além da mulher, a PF prendeu ontem o bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior, suspeito de envolvimento em atos antidemocráticos. Um terceiro alvo ainda não foi localizado.
Bombeiro Roberto Henrique de Souza Júnior foi preso por suspeito envolvimento em atos antidemocráticos Imagem: Reprodução/Facebook
A PF também apreendeu celulares, computadores e documentos diversos, segundo o balanço divulgado às 8h30 de hoje.
A Operação Ulysses investiga:
Lideranças locais que bloquearam as rodovias que passam por Campos dos Goytacazes;
Quem organizou as manifestações em frente aos quartéis do Exército na cidade;
E se os investigados participaram na organização e financiamento dos atos golpistas que levaram à invasão dos prédios dos 3 Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro.
Os investigados podem ser acusados de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e incitação das Forças Armadas contra os poderes institucionais.
Durante a investigação, foi possível colher elementos de prova capazes de vincular os investigados à organização e liderança dos eventos. Além disso, será. possível identificar eventuais outros partícipes/coautores na empreitada criminosa. Comunicado da Polícia Federal
Alvo de uma série de processos na Justiça Eleitoral, e também incluído pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito sobre os ataques em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) terá muito com o que se preocupar quando retornar de Orlando, nos EUA, onde está
desde o fim do ano passado. Em Brasília, muitos já dão como certa uma decisão sobre sua inelegibilidade, mesmo entre seus aliados. Se a situação já era complicada para o ex-presidente, as invasões lideradas por bolsonaristas radicais podem dar novos elementos para uma condenação, e os autores de denúncias contra Bolsonaro, como o PT, acreditam que possam até acelerar uma decisão por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mudanças previstas para a Corte até o final do ano, a troca do corregedor-geral Benedito Gonçalves, aliado de Alexandre de Moraes, por Raul Araújo, considerado mais “palatável” pelos bolsonaristas, também fazem com que os petistas cobrem mais pressa nos processos.
repórter Rafael Moraes Moura, da coluna da Malu Gaspar, que traz os bastidores diretamente de Brasília.
O UOL Entrevista desta terça (17) recebe a historiadora e antropóloga Lilia Schwarcz. A entrevista é conduzida por Fabíola Cidral e os colunistas do UOL Josias de Souza e Carla Araújo.
Tese foi levantada em razão da avaliação de que o atual PGR, Augusto Aras, pode se recusar a denunciar o ex-presidente, por quem foi nomeado
O ex-presidente Jair Bolsonaro 07/06/2022REUTERS/Ueslei Marcelino
Caio Junqueira
16/01/2023 às 19:22
Procuradores da República relataram à CNN a possibilidade de a Advocacia-Geral da União (AGU) apresentar uma ação judicial contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), caso a Procuradoria-Geral da República (PGR) não o faça.
A ideia que vem sendo ventilada é que a AGU entre com uma ação penal privada subsidiária de ação penal pública. A tese foi levantada em razão da avaliação de que o atual PGR, Augusto Aras, pode se recusar a denunciar o ex-presidente, por quem foi nomeado.
Fontes da AGU não negaram à CNN essa possibilidade e informaram que o melhor é aguardar.
Disseram ainda considerar que a PGR está atenta ao caso.
A expectativa é de que até o fim deste ano já haja elementos para comprovar a responsabilidade de Bolsonaro nos atos criminosos do dia 8 de janeiro.
O grupo apresentou um pedido a Aras na quinta-feira da semana passada, que levou a um pedido formal do subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, colegiado que foi criado na semana passada pela PGR.
A leitura de procuradores com quem a CNN conversou é de que o crime de incitação ao crime previsto no pedido serve apenas como ponto de largada para acusar Bolsonaro de envolvimento.
Trata-se de um crime previsto no artigo 286 do Código Penal e cuja pena é considerada leve, de três a seis meses de detenção. Ou seja, a rigor, Bolsonaro, se considerado culpado pro este crime, não iria preso.
Ele foi acusado de postar em suas redes sociais um post no dia 10 de janeiro, dois dias após os ataques, contestando o resultado das eleições.
A ideia, porém, é que daqui em diante a produção de provas do inquérito possa levar a mais elementos de acusação contra ele e os tipos penais sejam ampliados.
A principal aposta é que o inquérito o aponte como “mentor intelectual dos ataques golpistas do dia 8 de janeiro” e que, desse modo, seja considerado co-autor dos crimes praticados.
O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, que está preso preventivamente desde sábado (14), é considerado peça-chave para o avanço das apurações e consequentemente da possível acusação contra Bolsonaro.
Ele poderia esclarecer, por exemplo, até que ponto o ex-presidente sabia da minuta decreto para instituir um estado de defesa no país.
Os atos de Bolsonaro que atentaram contra as instituições enquanto Torres era ministro também podem ser considerados pelo STF como incitações aos golpistas do 8 de janeiro.
Entretanto, outras variáveis devem influir nesse processo: Quem negociaria uma eventual eventual delação premiada de Torres uma vez que Aras, que legalmente poderia tocá-la, segundo procuradores, poderia estar implicado nela?
Outro ponto sobre a eventual denúncia: a sucessão de Aras na PGR em setembro.
Se a investigação ultrapassar este mês, o novo governo escolheria um procurador-geral que teria disposição de processar Bolsonaro?
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem emitido sinais de que não pretende respeitar a lista tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), mas três dos favoritos para encabeçá-la neste ano subscreveram o pedido para investigar Bolsonaro:
Mario Bonsaglia, Nicolao Dino (irmão do ministro da Justiça, Flávio Dino) e Luiza Frischeisen.
A ANPR já fala nos bastidores em antecipar essa escolha de junho para maio, para que Lula pelo menos conheça os nomes escolhidos pela categoria.
O piso salarial dos professores terá um reajuste de quase 15% e passará de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (16/1) pelo ministro da Educação, Camilo Santana.
“Anuncio aos nossos professores e professoras que assinei portaria que estabelece o novo Piso Magistério 2023: R$ 4.420,55. O piso de 2022 era R$ 3.845,63. A valorização dos nossos profissionais da educação é fator determinante para o crescimento do nosso país”, informou o ministro.
Por lei de 2008, o piso salarial da categoria deve ser reajustado ano a ano, sempre no mês de janeiro. Pela Lei do Magistério, o reajuste de professores é atrelado ao chamado valor por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), definido pelo Ministério da Educação.
Neste ano, segundo uma portaria ministerial de dezembro do ano passado, o reajuste é exatamente de 14,95%. Em 2022, o reajuste foi de 33,24%, indo de R$ 2.886 para R$ 3.845,63.
Segundo o MEC, a portaria que estabelece o Piso Magistério 2023 vai ser publicada ainda nesta semana no Diário Oficial da União (DOU).
Gastos ocorreram durante visita de Jair Renan e Eduardo Bolsonaro a Goiás. Então presidente, Bolsonaro não tinha agenda no estado
Laura Braga
16/01/2023 19:23, atualizado 16/01/2023 20:25.
Goiânia – Mesmo sem a presença de Jair Bolsonaro, os filhos do ex-presidente Eduardo Bolsonaro e Jair Renan gastaram mais de R$ 60 mil no cartão corporativo, em um único dia, durante visita a Goiás.
Em 30 de agosto de 2021, data em que o então presidente não tinha agenda oficial no estado, os dois gastaram R$ 63.399,90.
Dois dias antes, no dia 28 de agosto, Bolsonaro esteve na capital goiana para um encontro de líderes evangélicos, porém, não há registros de gastos com o cartão corporativo na data.
O dispositivo é usado para custear despesas ligadas ao chefe do Executivo nacional e a parentes.
Festa clandestina
Também no dia 28 de agosto, Jair Renan, conhecido como filho 04, esteve em Goiânia.
Na ocasião, ele fez uma tatuagem com o rosto do pai e participou de uma festa de luxo clandestina, durante a pandemia de Covid-19.
O evento foi encerrado por uma equipe de fiscalização da prefeitura da cidade.
Já Eduardo Bolsonaro foi a uma homenagem aos policiais que participaram da operação que resultou na captura e morte de Lázaro Barbosa, que matou uma família no Distrito Federal e ficou escondido em uma região de mata e fazendas de Cocalzinho e Águas Lindas de Goiás.
Conforme os dados do cartão corporativo, os filhos de Bolsonaro gastaram mais de R$ 36 mil em hospedagens.
Só no dia 30 de agosto foram emitidas sete notas fiscais, porém não há o detalhamento do que foi comprado ou das reservas.
Veja:
Augustus Hotel – R$ 5.190
Lírios Grill Restaurante – R$ 21.240
LA Hotels Empreendimento – R$ 28.320
Dell’Aria Catering Alimentos – R$ 1.298
Dell’Aria Catering Alimentos – R$ 4.101,90
Dell’Aria Catering Alimentos – R$ 250
Pipabalão (locação de bens móveis) – R$ 3 mil
Viagens a Goiás
Entre os anos de 2019 e 2022, Bolsonaro fez quase 30 viagens a Goiás.
Nesse período, os gastos no cartão corporativo ultrapassaram R$ 460 mil.
Foram mais de R$ 88 mil em apenas um pequeno restaurante em Aparecida de Goiânia, na região metropolitana da capital.
Em uma das visitas também foram gastos R$ 47 mil em hospedagem no hotel diRoma, em Caldas Novas, que pertence à deputada federal Magda Mofatto (PL).
Outro lado
O Metrópoles procurou a assessoria de imprensa do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL), para comentar os gastos com cartão de crédito corporativo em Goiás, mas até a última atualização desta matéria, não obteve resposta.
O corregedor Benedito Gonçalves disse que existiram argumentos "sabidamente falsos" sobre as urnas eletrônicas
Ministro Benedito Gonçalves (Foto: Divulgação)
247 - O ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Benedito Gonçalves determinou a inclusão da minuta do decreto para dar um golpe de Estado em uma ação de investigação contra Jair Bolsonaro e o candidato a vice, BragaNetto.
A informação foi publicada nesta segunda-feira (16) pelo portal G1.
Policiais federais encontraram o documento na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
"Conforme se observa, a tese da parte autora, desde o início, é a de que o discurso realizado em 18/07/2022 não mirava apenas os embaixadores, pois estaria inserido na estratégia de campanha do primeiro investigado de 'mobilizar suas bases' por meio de fatos sabidamente falsos sobre o sistema de votação", disse o ministro.
"Constata-se, assim, a inequívoca correlação entre os fatos e documentos novos e a demanda estabilizada, uma vez que a iniciativa da parte autora converge com seu ônus de convencer que, na linha da narrativa apresentada na petição inicial, a reunião realizada com os embaixadores deve ser analisada como elemento da campanha eleitoral de 2022, dotado de gravidade suficiente para afetar a normalidade e a legitimidade das eleições e, assim, configurar abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação".
O ministro deu prazo de três dias para que Bolsonaro e Braga Netto se manifestem sobre o conteúdo.
Tarciana Paula Gomes Medeiros toma posse, nesta segunda-feira (16/1), como presidente do Banco do Brasil (BB). Ela será a primeira mulher a exercer o comando da instituição financeira.
Nomeada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Tarciana assumirá a cadeira antes ocupada por Fausto de Andrade Ribeiro, cuja exoneração já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de hoje.
Acompanhe a cerimônia de posse:
Primeira mulher no comando do Banco do Brasil
Tarciana Medeiros, de 44 anos, era gerente-executiva na área de Clientes e Soluções para Pessoas Físicas do Banco do Brasil desde 2019. Ela trabalha no banco há mais de 20 anos, desde 2000, e será a primeira mulher a ocupar o posto em 214 anos de história do BB.
A bancária é bacharel em administração de empresas e pós-graduada em administração, negócios e marketing e em liderança, inovação e gestão.
Tarciana assumiu o primeiro cargo de gestão no banco em 2002. Desde o ano passado, ela é executiva na Diretoria de Clientes PF e MPE e na Gerência Executiva de Ciclos de Relacionamento com Clientes, na qual é responsável pelo B-Commerce da instituição.
Durante uma década, exerceu diversas funções no banco, em agências e superintendências nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste. Ela foi responsável por desenvolver estratégias para distribuição de produtos ligados aos mercados de pessoas físicas e agronegócios.
Entre 2013 e 2018, Tarciana esteve à frente da Superintendência Comercial da BB Seguros. Em 2018, assumiu como executiva na Diretoria de Empréstimos e Financiamentos. Ela também atuou na implementação de ações de assistência aos clientes para prorrogação de operações de crédito durante a pandemia da Covid-19
Horas após o terrorismo bolsonarista em 8 de janeiro, as primeiras torres de energia começaram a ser derrubadas
(Foto: Ueslei Marcelino/Reuters)
247 - Criminosos derrubaram no último sábado (14) mais uma torre de energia, desta vez entre os municípios de Pimenta Bueno e Vilhena, em Rondônia.
A informação foi divulgada nesta segunda-feira (16) pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
Segundo o relatório, as causas ainda estão sendo identificadas, e há relatos de que elementos estruturais --como parafusos e cabos de aço --teriam sido furtados.
Horas após o terrorismo bolsonarista nas sedes dos três poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro, as primeiras torres de energia foram derrubadas, levando o Ministério de Minas e Energia e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a formar um grupo de crise.
Após a queda da torre, segundo o ONS, houve desligamento automático da linha de transmissão. Não houve consequência significativa no fornecimento de eletricidade para o Sistema Interligado Nacional (SIN). Não há previsão para o retorno da operação do trecho afetado. (Com inforamções da CNN Brasil).
Desde os atos criminosos de 8 de janeiro, o procurador-geral da República, Augusto Aras, mudou sua forma de atuação. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.
Na cerimôna de posse, ela defendeu que a empresa volte a “olhar para os invisíveis, os marginalizados, aqueles que a mídia comercial vê como desinteressantes ou pouco rentáveis”
Presidenta empossada da EBC, Kariane Costa, discursa para trabalhadoras e trabalhadores da empresa pública (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Agência Brasil/EBC - Ao assumir o cargo de presidenta da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a jornalista Kariane Costa disse que o dia de hoje (16) é de “renascimento de um projeto de comunicação pública”, iniciado em 2007.
“É o dia em que a EBC reencontra o seu propósito, a sua missão social”, acrescentou ao defender que a empresa pública volte a servir o povo brasileiro e a “olhar para os invisíveis, os marginalizados, aqueles que a mídia comercial vê como desinteressantes ou pouco rentáveis”.
A cerimônia de posse contou com a participação do ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta. Ele lembrou que, além de Kariane, outras quatro mulheres ajudarão no período de transição da empresa, para conduzir os debates entre trabalhadores, sociedade civil e governo federal.
“Espero que, já nas próximas horas, a gente comece a respirar uma nova EBC. Vamos transformar essa grande ferramenta em uma cabeça de rede respeitada, com uma programação de qualidade, onde o Brasil se enxerga”, disse Pimenta.
“Seremos uma voz para aqueles que não têm voz, para aqueles que muitas vezes não são vistos mas, a partir de agora, terão na EBC um compromisso com a democracia, com a soberania, e com a luta contra injustiça. Essa é a comunicação pública que queremos, e é com esse sentido e compromisso que eu declaro presidenta da EBC Kariane Costa”, completou.
Segundo o ministro, o desafio será enorme. “Essa empresa de comunicação pública já teve papel estratégico e decisivo em outras oportunidades, mas talvez nunca tenha tido um papel tão importante e decisivo como neste momento que estamos vivendo. Precisamos recuperar o governo como um difusor de informações com credibilidade”.
Referência
O ministro acrescentou que entre os grandes desafios está o de tornar a EBC uma referência internacional em comunicação pública. “Não gosto quando falam que temos de ser uma BBC. Eu quero é que aonde eu vá as pessoas digam para nós: ‘nós queremos ser uma EBC’”, disse ao referir-se à conhecida empresa de comunicação pública do Reino Unido, BBC.
Pimenta disse que, no próximo final de semana, viajará à Argentina com o presidente Lula. “Chegarei antes para conhecer ministros e visitar as empresas públicas de comunicação deles, e dizer a eles que temos uma nova EBC, disposta a fortalecer parcerias na América do Sul e América Latina”.
O ministro se mostrou confiante na empreitada, ao citar a equipe anunciada na última sexta-feira (13), para assumir cargos de gestão, durante o processo de transição: Rita Freire, presidente do Conselho Curador da EBC cassado após a posse do presidente Michel Temer; Juliana Cézar Nunes, empregada concursada da empresa; e as jornalistas Nicole Briones e Flávia Filipini.
Ao citar a participação da ex-presidente do Conselho Curador da empresa, Rita Freire, disse tratar-se de “um símbolo da relação e do compromisso enquanto empresa pública que dialoga com a sociedade”.
“Já Nicole Briones e Flávia Filipini terão a função de acompanhar o processo de transição, para que ocorra de forma democrática, com transparência e diálogo. Elas representam a minha voz e a voz do presidente Lula na construção dessa missão da EBC que todos queremos. E a presença da Juliana Nunes, com sua trajetória e relação sindical, tem também profundo significado”, completou.
Futuro da EBC
A cerimônia de posse ocorreu na entrada principal da sede da empresa, em Brasília, e contou com a participação em peso de funcionárias e funcionários.
“Ninguém melhor do que vocês, que conhecem a empresa. Queremos ouvir a todos para, juntos, fazermos o balanço do que precisa ser feito e definir o projeto de futuro da EBC, para que possa corresponder ao sentido de sua criação e à necessidade que o país tem hoje”, disse dirigindo-se ao corpo de empregados.
Ele destacou o papel da Agência Brasil, no sentido de dar alcance às informações relevantes para a população nas mais diversas regiões do país.
“Temos aqui uma agência de notícias poderosa, que alimenta boa parte da imprensa dos municípios, das rádios e sites dos lugares mais longínquos do Brasil, e que precisa ter a segurança de que nossa empresa de comunicação é uma empresa que não distribui fakenews nem leva desinformação, mas uma agência que presta serviço e leva informação com credibilidade”, acrescentou.
Segundo ele, os veículos da EBC são “ferramentas e instrumentos” muito importantes de comunicação.
“Vamos discutir com vocês o papel de cada uma delas, respeitando características e peculiaridades de cada uma para fazer da EBC uma grande ferramenta de comunicação pública. Isso só será possível com a participação dos trabalhadores e trabalhadoras que resistiram com muita coragem a esse último período. É hora de a gente virar a página”, completou.
Brasil de verdade
Kariane Costa disse que, à frente da EBC, buscará mostrar “mais pretos e pretas, mais comunidade LGBTQIAPN+, mais quilombolas, mais indígenas” na programação e nas matérias a serem veiculadas. “Precisamos mostrar o Brasil de verdade para que ele se conheça melhor”.
“É nesse espaço que a EBC deve atuar e ajudar a ligar os quatro cantos do Brasil. Integrar da Amazônia ao extremo sul, passando por todas as regiões. Nós existimos para que todo brasileiro se veja e se sinta representado na tela da televisão, nas ondas do rádio ou em notícias na internet”, disse a nova presidenta.
Segundo ela, este não é um mandato comum. “É um mandato de transição até que o ministro Paulo Pimenta e o presidente Lula escolham o meu sucessor ou minha sucessora. O tempo será curto e nossa missão é muito clara: entregar à próxima presidência da empresa um terreno fértil para trabalhar”.
O decreto publicado em edição extra da última sexta-feira nomeou a equipe com prazo de gestão até 30 de outubro de 2023.
Kariane acrescentou ser necessário deixar os últimos anos para trás, corrigir os erros e olhar para frente, mas sem esquecer o que se passou.
"Nossas cicatrizes precisam nos lembrar todos os dias quais erros não podemos cometer nem deixar cometerem na nossa empresa, na empresa da sociedade brasileira. Nosso compromisso é com a sociedade”.
Fazer diferente
Quando era representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da EBC,Kariane sofreu processo administrativo que pedia sua demissão.
Esse processo foi aberto após a jornalista ter acionado a Ouvidoria da empresa, em meio a uma série de denúncias de assédios e abusos contra trabalhadores durante o governo anterior.
“Esse tempo acabou. Não há mais espaço para medo nem para mais perseguições. Combater o assédio, melhorar o ambiente de trabalho e recuperar o entusiasmo são nossas prioridades. Por isso, precisamos fazer diferente. A EBC precisa mudar e isso começa por nós. Não podemos criticar o ódio que nos foi dispensado e responder com mais ódio. Esse ciclo precisa ser interrompido. O espírito de vingança não terá mais lugar aqui. Aprenderemos com os erros, sem dúvida, mas sem revanchismo”, discursou.
Desmonte
Presidenta do Conselho Curador cassado em 2016, Rita Freire lembrou que o “primeiro gesto de desmonte da democracia”, praticado pelo então presidente Michel Temer, foi a cassação do Conselho Curador, “a partir do impeachment da presidenta democraticamente eleita, Dilma Rousseff”.
“[O desmonte] estava pronto. Horas depois [de Temer assumir a Presidência], o Conselho estava desfeito e o presidente da EBC estava com o mandato cassado. Um sonho foi chutado de forma muito agressiva, violenta e vergonhosa. Mas foram seis anos de resistência conjunta”, disse ao lembrar do apoio dado pela sociedade e, em especial, movimentos como o de mulheres, negro e cultural em apoio à comunicação pública.
“Espero uma hora podermos estar aqui com todo Conselho Curador cassado, em um gesto de retomada do espírito de comunicação pública que a EBC representa”, acrescentou.
Rita Freire disse que, ao chegar à cerimônia de posse, percebeu nas manifestações dos trabalhadores, “uma EBC assumindo seu próprio destino”.
“Percebo que todos aqui têm o projeto de comunicação pública como sua prioridade, o que dá força para o projeto encontrar, na sociedade, na política e em todos os agentes que temos, o diálogo para que ela tenha a sustentabilidade necessária”.