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domingo, 15 de janeiro de 2023

PF usará perícia em mil celulares e DNA para colher provas contra invasores


Em atos golpistas, bolsonaristas invadiram sede dos três Poderes em Brasília, no último domingo (8) - Wilton Junior/Estadão Conteúdo
Em atos golpistas, bolsonaristas invadiram sede dos três Poderes em Brasília, no último domingo (8) Imagem: Wilton Junior/Estadão Conteúdo


Do UOL, em Brasília

15/01/2023 04h00Atualizada em 15/01/2023 08h43

Foi colhido material genético dos presos na hora da invasão e no acampamento em frente ao quartel-general do Exército. Ele será comparado com as amostras de DNA encontradas nos locais e em objetos depredados no dia 8, como quadros, relógios e móveis.

Outro flanco da investigação da Polícia Federal é a perícia nos celulares. O ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que mais de mil telefones foram apreendidos. Eles estão sendo examinados por técnicos, que analisam trocas de mensagens e com quem se deram estes diálogos.

O que se espera obter

  • Comprovação, por meio da análise do DNA, de que o preso esteve no local da depredação;
  • Identificação, com a ajuda de mensagens de celular, de quem financiou e quem organizou a invasão.

Caminho do dinheiro

Simultaneamente, são realizadas investigações para descobrir de quais contas bancárias saíram os recursos que bancaram os extremistas. A pousada onde estavam motoristas dos ônibus que trouxeram os golpistas a Brasília foi identificada e veículos foram apreendidos antes que deixassem o Distrito Federal.

Eles estão no pátio da Polícia Rodoviária Federal e ainda tem bolsas, bandeiras e outros pertences de manifestantes que defendem um golpe militar. A Justiça consultou a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para obter a relação de ônibus que viajaram a Brasília e quem bancou a contratação do serviço.

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ônibus apreendidos por transportar manifestantaes golpistas a Brasília Imagem: Saulo Pereira Guimarães/UOL

Hierarquia dos invasores

O ministro da Justiça, Flávio Dino, declarou que há diferentes tarefas entre os golpistas envolvidos na invasão do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e STF.

  • Executores: aqueles que invadiram e depredaram;
  • Mandantes: pessoas que ordenaram estes atos;
  • Incentivadores: quem transmitiu as ideias golpistas e de invasão;
  • Financiadores: pessoas que bancaram a estrutura para permitir a ação dos extremistas.

Plantão no fim de semana para ouvir presos

Segundo a Administração Penitenciária do Distrito Federal, 1.398 pessoas foram encaminhadas aos presídios. Existe uma força tarefa composta por dezenas de juízes para ouvir os golpistas, a chamada audiência de custódia.

Em razão do grande número de detentos, os trabalhos não foram concluídos até ontem e continuam durante este final de semana. Existe a expectativa de que as audiências de custódia só sejam encerradas na próxima semana.

Depois do depoimento de cada preso, o caso segue para o STF e o ministro Alexandre de Moraes avalia se ele permanecerá na cadeia ou será liberado.

  • 904 presos são homens;
  • 494 são mulheres;

Houve a liberação de 599 manifestantes por razões humanitárias: gestantes, idosos, adultos com crianças e portadores de doenças crônicas. 

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/01/15/pf-usara-pericia-em-mil-celulares-e-dna-para-colher-provas-contra-invasores.htm

'Tony & Thaís': conheça a lanchonete de São Paulo onde quatro presidentes gastaram R$ 1,5 milhão

Por Deslange Paiva, Gustavo Honório e Matheus Moreira, g1 SP — São Paulo

Fachada do restaurante Tony & Thaís, localizado na Zona Sul de São Paulo — Foto: Gustavo Honório/g1 SP
Fachada do restaurante Tony & Thaís, localizado na Zona Sul de São Paulo — Foto: Gustavo Honório/g1 SP

O maior gasto aconteceu no governo Bolsonaro: foram R$ 626 mil nos quatro anos de mandato. Em um único dia, por exemplo, foram desembolsados R$ 62,2 mil no local, quando o ex-presidente participou de uma motociata na capital paulista. Confira abaixo valores de outros governos.

Os primeiros dados da planilha dos cartões corporativos a qual o g1 teve acesso começam em 2003. Veja a seguir o gasto de cada presidente no estabelecimento:

  • Governo Lula: R$ 117.472,50 em pouco mais de 4 anos e meio.
    - Valor corrigido pelo IPCA (IBGE): R$ 294,8 mil.
  • Governo Dilma: R$ 353.119 em quase 6 anos de mandato.
    - Valor corrigido pelo IPCA (IBGE): R$ 715,3 mil.
  • Governo Temer: R$ 404.030 em pouco mais de 2 anos de mandato.
    - Valor corrigido pelo IPCA (IBGE): R$ 554,6 mil.
  • Governo Bolsonaro: R$ 626.363 em 4 anos de mandato.

No total, foram gastos R$ 2,1 milhões em valor corrigido.

Na quinta-feira (12), o g1 esteve no estabelecimento, que se assemelha a muitos bares e lanchonetes de São Paulo:

  • A lanchonete é simples e possui dois ambientes;
  • A parte térrea conta com 13 mesas no salão e algumas na calçada;
  • No andar superior, que estava fechado, é servido um buffet;
  • A cozinha aparenta ser pequena, incapaz de produzir refeições em larga escala;
  • Os preços no cardápio estão dentro da média para a região;
  • O suco natural custa R$ 9;
  • O prato-feito de filé de frango custa R$ 25;
  • O hambúrguer é vendido por R$ 25;
  • O item mais caro é uma feijoada que serve três pessoas: R$ 90.

Em nota divulgada em rede social, a lanchonete disse que "sempre atendeu a todos, sem nenhuma restrição e, que nossas ações são e sempre foram embasadas no poder da lei".

Parte interna da lanchonete Tony e Thaís — Foto: Deslange Paiva/g1 SP

Compras

O servidor Alexandre Silva Almeida, que exerce o cargo de motorista oficial da Presidência da República, realizou compras com o cartão oficial na lanchonete em todos os quatro governos.

No total, ele gastou R$ 303.982,00 em 74 compras. Foi Alexandre que realizou as compras de Bolsonaro que totalizaram R$ 62,2 mil no dia em que o ex-presidente participou de uma motociata na capital paulista.

Segundo o Portal da Transparência do governo federal, Alexandre está no cargo de motorista desde 2005, mas ingressou no serviço público em 1995. Ele realizou os seguintes gastos:

  • Governo Lula (2006-2010): 7 compras, totalizando R$ 14.791;
  • Dilma (2011-2016): 27 compras, totalizando R$ 71.280;
  • Temer (2016-2018): 22 compras, totalizando R$ 94.925;
  • Bolsonaro: (2019-2022): 17 compras, totalizando R$ 122.986.

Um outro servidor, que o g1 não conseguiu identificar, gastou o total de R$ 169.557 na lanchonete:

  • Governo Lula (2006-2010): 3 compras, totalizando R$ 9.282;
  • Dilma (2011-2016): 26 compras, totalizando R$ 48.299;
  • Temer (2016-2018): 22 compras, totalizando R$ 79.450;
  • Bolsonaro: (2019-2022): 7 compras, totalizando R$ 32.526.

Ao todo, 31 servidores diferentes realizaram compras no cartão ao longo dos quatro governos.

O g1 pediu uma refeição simples no Tony & Thaís — Foto: Deslange Paiva/g1 SP

Quem utilizou os cartões corporativos?

  • As pessoas responsáveis pelos gastos não são diretamente os presidentes da República. São servidores do governo federal.
  • Na planilha de gastos com cartão corporativo disponível na página da Secretaria-Geral da Presidência da República, a única identificação possível são os seis dígitos do meio do CPF dos servidores. Não há menção ao cargo, por exemplo.

g1 perguntou ao atual governo federal quem são as pessoas autorizadas a utilizar os cartões, se elas precisam de autorização para efetuar compras e qual o limite de gastos por pessoa. Até a última atualização desta reportagem, não houve retorno da demanda.

O governo também hospedou, nesse link, os gastos com cartões da Presidência desde 2003, primeiro ano do primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Os dados foram incluídos, no último dia 6, no repositório de informações classificadas da Secretaria-Geral da Presidência da República e identificados, nesta semana, pela agência de dados públicos Fiquem Sabendo – especializada em pedidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI).

Confira abaixo os gastos dos últimos quatro governos na lanchonete Tony & Thaís:

Jair Bolsonaro (2019-2022): R$ 626 mil

  1. R$ 9.500,00;
  2. R$ 9.500,00;
  3. R$ 9.500,00;
  4. R$ 9.500,00;
  5. R$ 9.500,00;
  6. R$ 9.500,00;
  7. R$ 5.206,00.



Jair Bolsonaro (PL) em passeio de moto no dia 15 de abril de 2022 — Foto: ROBERTO COSTA/CÓDIGO19/ESTADÃO CONTEÚDO

Michel Temer (2016-2018): R$ 404 mil

Michel Temer em 201abril de 2018 — Foto: EVARISTO SA / AFP

  • Em pouco mais de 2 anos de governo, a gestão de Michel Temer gastou R$ 404.030 na lanchonete.
  • O valor corrigido pelo IPCA fica em R$ 554,6 mil.
  • O maior gasto em um dia aconteceu em 2 de abril de 2018: foram R$ 25.470 em quatro compras distintas:
  1. R$ 3.000,00;
  2. R$ 6.450,00;
  3. R$ 9.000,00;
  4. R$ 7.020,00.

As compras foram feitas por dois CPFs diferentes. Um deles é o do motorista Almeida.

Dilma Rousseff (2011-2016): R$ 353 mil

Foto de arquivo mostra ex-presidente Dilma Rousseff — Foto: André Dusek/Estadão Conteúdo

  • A lanchonete recebeu R$ 353.119 durante os quase seis anos de mandato da ex-presidente Dilma Rousseff.
  • O valor corrigido pelo IPCA fica em R$ 715,3 mil.
  • O maior gasto diário aconteceu em uma transação única no dia 8 de julho de 2016: R$ 16.775.

Lula (2006-2010): R$ 117 mil

Lula durante a reunião ministerial — Foto: Eraldo Peres/AP

Os números disponíveis na planilha divulgada pelo governo federal mostram uma compra de R$ 231 como a primeira feita pelo governo Lula na lanchonete Tony & Thaís, em 29 de junho de 2006.

  • Em pouco mais 4 anos e meio, o governo Lula gastou R$ 117.472,50 no estabelecimento.
  • O valor corrigido pelo IPCA fica em R$ 294,8 mil.
  • O maior gasto diário aconteceu em uma transação única no dia 27 de setembro de 2010: R$ 9.095.

Lanchonete Tony&Thais

Segundo dados da Receita Federal, a lanchonete foi aberta em abril de 2005 e declarou capital social de R$ 50 mil. 

Duas pessoas aparecem como sócios da empresa: Antônio Rodrigues dos Santos e Dorgival Antônio da Silva.

Em nota publicada em uma rede social, o local informou que "a lanchonete Tony e Thais, desde 2005, vem servindo nossos amigos e clientes de Moema e de São Paulo com transparência, profissionalismo e amizade, sempre dentro da legalidade. 

Nas últimas horas nossa empresa tem sofrido denúncias infundadas e caluniosas".

"Com isso, informamos que nossa empresa sempre atendeu a todos, sem nenhuma restrição e, que nossas ações são e sempre foram embasadas no poder da lei. Sobre as vendas para a comitiva presidencial, nossa empresa fornece alimentos para a comitiva desde o ano de 2006, com excelência e justo trato em todas as negociações, tanto que atendeu as comitivas de quatro presidentes diferentes nesse período, inclusive, novamente, o presidente recém-eleito."

"Sendo assim, agradecemos a todos os nossos clientes e amigos pela preferência, ao tempo que repudiamos as ações criminosas e irresponsáveis veiculadas pela imprensa e redes sociais." 

https://g1.globo.com/sp/sao-paulo/noticia/2023/01/13/tony-and-thais-conheca-a-lanchonete-onde-4-presidentes-gastaram-r-15-milhao-bolsonaro-gastou-r-622-mil-em-um-dia.ghtml

Cartão corporativo: em média, Bolsonaro gastou R$ 6,2 mil com comida por fim de semana ao longo do mandato

- Por Vinícius Cassela, g1 — Brasília

 

Em média, Bolsonaro gastou R$ 6,2 mil com comida por fim de semana ao longo do mandato — Foto: REUTERS/Adriano Machado
 Em média, Bolsonaro gastou R$ 6,2 mil com comida por fim de semana ao longo do mandato — Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gastou em média R$ 6.243,29 nos cartões corporativos da Presidência da República, só com alimentação, em cada fim de semana dos quatro anos de mandato.

Foram, ao todo, 209 fins de semana no período. Nesses dias, as faturas foram impulsionadas em R$ 1.304.888,85 em notas fiscais de armazéns, supermercados e restaurantes, distribuídas em 1.484 transações.

Os dados dos cartões de pagamento do governo federal, ou "cartões corporativos", foram liberados para a agência de dados públicos Fiquem Sabendo, especializada na Lei de Acesso à Informação. Depois, foram divulgados também no site da Secretaria-Geral da Presidência.

Os números podem ser ainda maiores.

Os registros vão apenas até o dia 19 de dezembro de 2022 (ou seja, não incluem os fins de semana do Natal e do réveillon) e incluem um único gasto no exterior – desconsiderando outros períodos em que Bolsonaro e equipe estiveram fora do país.

Em apenas três dos 209 fins de semana do mandato, Bolsonaro e a equipe de assessores passaram o sábado ou o domingo sem registrar gastos oficiais.

Gasto detalhado

Considerados apenas os registros ligados à alimentação, o maior gasto de uma só vez foi registrado em uma panificadora em Copacabana, no Rio.

Em 26 de maio de 2019, a Presidência da República gastou R$ 55,5 mil de uma vez na Padaria Santa Marta. Em valores atualizados pelo IPCA, hoje, a compra custaria R$ 68,9 mil.

O gasto foi registrado no dia seguinte ao casamento do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) com a psicóloga Heloisa Wolf. As notas não permitem saber o que foi comprado, mas Bolsonaro e família estavam na capital fluminense para a festa.

O estabelecimento foi o "point" do ex-presidente para comer aos fins de semana. Em quatro anos, a empresa recebeu R$ 207,8 mil só em gastos no cartão corporativo.

Fachada do restaurante Tony & Thaís, localizado na Zona Sul de São Paulo — Foto: g1👈👇👇

Outro destaque fica para a Lanchonete Tony e Thaís, na Zona Sul de São PauloO cartão corporativo foi usado 19 vezes ao longo dos quatros anos, totalizando R$ 106.080,00. Em média, o governo gastou R$ 5.583,16 a cada ida à lanchonete.

Gastos totais

Se considerarmos todas as transações, no entanto, os valores são ainda maiores. Foram 1.987 compras entre 2019 e 2022, somando R$ 3.696.501,90. O valor inclui alimentação, hospedagem, combustíveis e até material para festas.

Corrigindo essas compras pela inflação entre 2019 e 2022, o valor médio gasto pelo ex-presidente ao todo chegaria a R$ 4.253.781,45 – R$ 29.956,21 por fim de semana.

O maior gasto aos sábados e domingos foi com hospedagem – 56% do total. Em média, R$ 7 mil por cada sábado ou domingo.

Depois, vêm as faturas de alimentação (R$ 1,3 milhão ao todo) e combustíveis (R$ 164 mil).

O ex-presidente ainda gastou R$ 13,7 mil com aluguel de bens móveis, R$ 9,2 mil com aquisição de material de limpeza, R$ 6 mil com despesas por excesso de bagagem, R$ 3,8 mil com material de saúde e R$ 351,80 com pedágios.

Gastos aos fins de semana no cartão corporativo

Categoria de custoTotal em quatro anosMédia por fim de semana
HospedagemR$ 2.070.377,48R$ 9.906,11
AlimentaçãoR$ 1.304.888,85R$ 6.243,49
Combustível para automóveisR$ 164.578,76R$ 787,46
Fonte: Fiquem Sabendo e Secretaria-Geral da Presidência - 
https://g1.globo.com/politica/noticia/2023/01/15/cartao-corporativo-em-media-bolsonaro-gastou-r-62-mil-com-comida-por-fim-de-semana-ao-longo-do-mandato.ghtml 









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Levantamento comprova que Bolsonaro não trabalha e enforca dias úteis para fazer farra 

Imagem de Jair Bolsonaro está cada vez mais associada à vagabundagem e a eventos de lazer como suas motociatas inúteis
30 de maio de 2022, 01:58 h 

247 – Jair Bolsonaro não trabalha e enforca dias úteis para fazer farra. É o que comprova levantamento de sua agenda feito por repórteres da Folha de S. Paulo. "Em três anos e cinco meses de governo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou uma série de feriadões, folgas autoconcedidas e dias de expediente normal para converter em lazer ou praticar atividades sem relação exata com o cargo que ocupa. Temporadas nos litorais paulista, catarinense e baiano, idas a jogos de futebol, 'motociatas', cavalgadas, 'jeguiatas', 'lanchaciata' e afins produziram uma profusão de imagens do presidente conduzindo jet skis, motos, cavalos, se divertindo em camarotes de estádios de futebol, parques de diversão, restaurantes ou aproveitando um dia de sol nas praias do litoral brasileiro", aponta o texto.

"De acordo com a mais recente pesquisa do Datafolha, 48% da população reprovam a sua gestão. Em várias dessas escapadas, e apesar de se tratar de um dia útil, ou seja, de trabalho normal, Bolsonaro não participou publicamente de quase nenhum compromisso relacionado claramente ao exercício da Presidência", acrescentam ainda os jornalistas. 
https://www.brasil247.com/regionais/brasilia/levantamento-comprova-que-bolsonaro-nao-trabalha-e-enforca-dias-uteis-para-fazer-farra 

 


O extremismo deve ser combatido com democracia

 


Uma semana após atos no DF, Lula ganha “oportunidade política” no curto prazo, dizem aliados

Larissa Rodriguesda CNN

Em Brasília

A visão de pessoas próximas ao presidente é de que a maneira como o petista e seus comandados estão lidando e vão lidar com a crise democrática faz com que uma espécie de nova oportunidade tenha chegado até o PT

Atos criminosos protagonizados por radicais bolsonaristas no Palácio do Planalto
Atos criminosos protagonizados por radicais bolsonaristas no Palácio do Planalto Lucas Neves/Enquadrar/Estadão Conteúdo

Uma semana depois dos atos criminosos registrados em Brasília, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes e destruírem o patrimônio público, aliados de presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) analisam como, politicamente, as ações podem influenciar os próximos anos do mandato que mal começou.

O entendimento nos bastidores do Palácio do Planalto é de que as prioridades mudaram.

Se, antes, a ideia era dar uma resposta econômica já nos primeiros 100 dias de governo –em especial na tentativa de cumprir as promessas aos mais pobres de se acabar com a fome e ao mercado financeiro de se criar uma nova âncora fiscal, por exemplo–, agora é como se um novo governo começasse.

A visão de aliados de Lula é de que a maneira como o presidente e seus comandados estão lidando e vão lidar com a crise democrática faz com que uma espécie de nova oportunidade tenha chegado até o PT.

Durante a semana passada houve uma aproximação entre o Executivo e o Judiciário, além do Legislativo que, antes mais resistente, passou a dar ao Executivo federal um respaldo até então inimaginável.

No Congresso Nacional, hoje, até mesmo alguns parlamentares mais bolsonaristas evitam criticar com ênfase as ações de Lula.

No dia em que o decreto de intervenção na segurança pública do governo do Distrito Federal foi votado e aprovado pelos parlamentares, alguns senadores e deputados ainda se posicionaram na tribuna da Câmara e do Senado contra a intervenção do governo Lula.

No entanto, após a Polícia Federal encontrar na casa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres uma minuta de projeto para propor “estado de defesa” visando alterar o resultado das eleições presidenciais, o silêncio da oposição tem chamado a atenção de governistas ouvidos pela CNN.

Prazo curto

Por outro lado, fora dos microfones, parlamentares fazem questão de enfatizar à CNN que a trégua tem período contado, que será curto e vai depender das próximas movimentações do petista.

A ideia do prazo curto também é entendida pelo cientista político Creomar de Souza.

“Me parece que a oportunidade criada pelo consenso existe. A questão é a durabilidade dele. Isso quer dizer: por quanto tempo a vontade de enfrentar um inimigo comum suplanta interesses paroquiais?”, questiona Creomar.

Ainda segundo ele, a capacidade do Executivo de manter o caminho das ações em uma direção que agrade ou, ao menos não desagregue os atores que até aqui estão na mesma página, vai determinar o tempo exato dessa trégua política.

Ou seja, até onde Lula conseguirá combater as tentativas golpistas por parte de uma parcela pequena da população sem irritar, por exemplo, o presidente da Câmara dos Deputados e antigo aliado de Jair Bolsonaro, Arthur Lira (PP-AL)?

Um parlamentar do PT ouvido pela CNN questiona até onde o presidente da República conseguirá punir os responsáveis pelos atos criminosos sem desagradar ainda mais as Forças Armadas.

Dentro do PT, o entendimento é que paralelamente às ações do governo Lula para manter o Estado Democrático de Direito e os Poderes unidos, ações para a população em geral, em especial aos pobres, precisam começar a serem estudadas.

Um dos principais assessores do presidente diz que passado o quebra-quebra do dia 8, em poucos dias, o eleitor já estaria mais preocupado em saber se o governo está trabalhando para melhorar a moradia, garantir comida na mesa, aumentar o salário-mínimo.

Esse interlocutor petista ainda pontuou que a recente fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que nem mesmo o aumento prometido de R$ 18 no salário-mínimo deve ocorrer, dificulta a imagem positiva de Lula entre os seus.

“Na hora do vamos ver, é essa população que segura o PT no poder, que vota e que vai pra rua nos defender”, completa.

Tópicoshttps://www.cnnbrasil.com.br/politica/uma-semana-apos-atos-no-df-lula-ganha-oportunidade-politica-no-curto-prazo-dizem-aliados/

MP-TCU pede fim do cartão corporativo

 14.01.23 18:35

Subprocurador cita gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro durante mandato 
O subprocurador-geral do Ministério Público do Tribunal de Contas da União, Lucas Furtado, protocolou na sexta-feira representação no órgão pedindo a investigação sobre o uso do cartão corporativo pelo ex-  
ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Ele também requisitou que o cartão corporativo da Presidência seja “cancelado” ou tenha seus usos definidos pelo TCU “em face dos abusos ou desvios apontados em sua utilização”.  
Bolsonaro, como mostramos, gastou ao menos R$ 27,6 milhões com o cartão corporativo durante seu mandato. Os gastos com hotéis foram os que mais consumiram recursos. 
Os dados do cartão corporativo indicam que a lanchonete Tony & Thais, localizada no Planalto Paulista, zona sul de São Paulo, recebeu R$ 626 mil em serviços prestados durante o governo. 
Em entrevista exclusiva a O Antagonista ( ), um dos proprietários da lanchonete, Antônio Rodrigues dos Santos, diz que tudo ocorreu dentro da legalidade. 
https://oantagonista.uol.com.br/brasil/mp-tcu-pede-fim-do-cartao-corporativo/

Aliados do governo comemoram prisão de Torres: 'Fica faltando o chefe'


Ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, foi preso nesta manhã - Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, foi preso nesta manhã Imagem: Elaine Menke/Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

14/01/2023  

Ele foi detido nesta manhã ao desembarcar no Brasil, após passar férias nos Estados Unidos. Ele é acusado de omissão quanto aos atos golpistas do último domingo (8), que terminaram com a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Veja algumas das reações:

Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário


Fica faltando o chefe: Anderson Torres, ministro da justiça de Bolsonaro, é preso na volta para o Brasil.


-- Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) January 14, 2023

Guilherme Boulos (PSOL-SP), deputado federal eleito 

🇧🇷 Grande dia! Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, acaba de ser preso pela PF. Lugar de golpista é na cadeia!


-- Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) January 14, 2023

Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo no Senado


A prisão de Anderson Torres foi mais um recado àqueles que passaram os últimos 4 anos desrespeitando a Lei e conspirando contra o país. Agora não cabe desculpas, cabe responsabilização. O Brasil está dizendo ao mundo que não dará espaço para o golpismo. Bom dia!


-- Randolfe Rodrigues (@randolfeap) January 14, 2023

Reginaldo Lopes (PT-MG), deputado federal e líder do PT na Câmara 

Zeca Dirceu (PT-PR), deputado federal e futuro líder do PT na Câmara

Erika Kokay (PT-DF), deputada federal 

A prisão de Anderson Torres é fundamenta para esclarecer a participação de Bolsonaro na tentativa de golpe no Brasil. Torres tem muito o que explicar ao povo brasileiro.


-- Erika Kokay (@erikakokay) January 14, 2023 

Sâmia Bomfim (PSOL-SP), deputada federal


A prisão de Anderson Torres é um passo importante na investigação e responsabilização da gangue que passou os últimos 4 anos vilipendiando a democracia brasileira. Que responda por seus atos, e que logo o chefe da quadrilha também responda por todos os crimes contra o nosso país!


-- Sâmia Bomfim (@samiabomfim) January 14, 2023 


Aliados silenciam

Até a tarde desta quinta-feira (12), nem o ex-presidente da República Jair Bolsonaro nem sua mulher, Michelle, ou qualquer um dos seus filhos curtiram ou comentaram as postagens feitas por Torres em seus perfis no Instagram e no Twitter após os atos terroristas de domingo (8), em Brasília.

Outros expoentes do bolsonarismo também se omitiram em dar o apoio público, por exemplo, à nota publicada por Torres na terça-feira (10) sobre o pedido de prisão feito pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes. As exceções foram o senador eleito Magno Malta (PL-ES) e o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) 

https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2023/01/14/repercussao-prisao-anderson-torres.htm

Moraes compara punição a atos terroristas com o combate ao nazismo

 O ministro Alexandre de Moraes comparou a punição aos atos terroristas do último domingo (8) com o combate ao nazismo, ao permitir a abertura de uma investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Na decisão, Moraes afirmou que o quebra-quebra na Esplanada dos Três Poderes foi uma "tragédia anunciada”.

A linha do tempo que resultou na prisão de Torres

 


Memes do Pato arrependido

 


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