O então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, durante palestra no auditório da sede da FGV (Fundação Getúlio Vargas) Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil
Do UOL, em São Paulo
03/07/2022
Após denúncias de assédio sexual feitas por funcionárias que derrubaram o então presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, uma servidora disse que Celso Leonardo Barbosa, ex-vice-presidente de Negócios de Atacado, é quem acobertavaatos que teriam sido cometidos pelo ex-número 1 da instituição.
Em entrevista ao "Fantástico", da TV Globo, exibida neste domingo (3), uma das servidoras contou que Barbosaacobertava o suposto assédio praticado por Guimarães e que ele passava a vigiá-las para não deixar a história vazar.
Essas mulheres que receberam o 'carimbo' do Pedro [Guimarães], elas ficavam subordinadas ao Celso [Leonardo Barbosa]. (...) Não é que ele [Celso] acolhia. Era uma forma de monitorar pra ver se aquela história poderia, por exemplo, vazar. O 01 assedia, e o 02 protege com intuito de monitorar. Servidora, em entrevista ao programa "Fantástico"
"Na verdade, nós vivíamos em uma prisão velada. Uma prisão pelo fato de ser monitorada, de a gente ter dito 'não'", acrescentou, em seguida.
Uma outra funcionária declarou que "o assédio sexual era só uma parte de um pacote de perversidades, de um pacote muito maior que prejudicou a carreira de muita gente. E acabou também com a saúde física e mental de homens e mulheres".
Denúncias de assédio sexual
Na semana passada, o site "Metrópoles" divulgou denúncias de funcionárias do banco, que incluem toques íntimos não autorizados, abordagens inadequadas e convites incompatíveis com a relação de trabalho supostamente praticadas por Pedro Guimarães. Os atos começaram a surgir no fim do ano passado.
Segundo apurou a colunista do UOL Carla Araújo, o nome de Barbosa aparece nas denúncias de uma funcionária que relatou à ouvidoria da Caixa ter sido vítima de assédio. Ele teria colaborado com Guimarães em alguns episódios.
Todas as mulheres que falaram ao "Metrópoles", sem que seus nomes fossem divulgados, trabalham ou trabalharam em equipes que atendem diretamente o gabinete da presidência da Caixa. As cinco entrevistadas disseram que se sentiram abusadas em diferentes ocasiões, e sempre em compromissos de trabalho.
Em contato com o UOL, o Ministério da Economia disse que não iria se manifestar sobre o caso.
Em nota, a Caixa afirmou que não tinha conhecimento das denúncias apresentadas pelo veículo e que "adota medidas de eliminação de condutas relacionadas a qualquer tipo de assédio." Ainda no texto enviado ao UOL, a instituição disse que "o banco possui um sólido sistema de integridade, ancorado na observância dos diversos protocolos de prevenção, ao Código de Ética e ao de Conduta, que vedam a prática de 'qualquer tipo de assédio, mediante conduta verbal ou física de humilhação, coação ou ameaça'".
Aloizio Mercadante destaca a participação popular recorde na construção da pré-campanha da chapa Lula-Alckmin
Por Aloizio Mercadante
Lula e Alckmin
O lançamento das diretrizes do programa de governo da chapa Lula-Alckmin deflagrou um imenso processo de mobilização e de participação popular.
No período de 10 dias a plataforma Juntos pelo Brasil recebeu 8,5 mil propostas e mais de 8 mil pessoas fizeram download do documento de diretrizes.
Já é o maior processo participativo de construção coletiva de um programa de governo da história do país.
Cabe lembrar que, após a análise de mais de 200 emendas, as diretrizes programáticas foram consolidadas e aprovadas com amplo entendimento e convergência dos sete partidos que compõem a coligação: PT, PCdoB, PV, Rede, PSB, Solidariedade e PSOL.
Como ponto de partida para um imenso diálogo nacional, o documento sofreu poucas críticas no nosso campo e apresentou as já esperadas divergências de fundo com os conservadores.
É importante registrar o êxito da plataforma, uma ferramenta inédita e inovadora, que tem dado conta de colocar em prática a construção participativa do nosso programa de governo.
São mais de 850 propostas por dia que discutem os principais problemas do país.
Esses números dão a medida de como a criatividade, a sensibilidade e o engajamento do povo são fundamentais no nosso projeto de reconstrução do Brasil.
Essa experiência pode estimular um futuro governo Lula a criar mecanismos de consulta e de participação cidadã.
Afinal, essa sempre foi uma marca fundamental dos nossos governos.
Por isso, realizamos 74 conferências nacionais nas mais diversas áreas com o objetivo de formular políticas públicas.
A experiência da plataforma Juntos pelo Brasil aponta que podemos avançar para além das conferências nas quais há exigência de delegados eleitos, amplificando os mecanismos de participação popular direta.
Também demos início à série Diálogos pelo Brasil.
São seminários transmitidos pela própria plataforma do programa de governo.
Especialistas e personalidades debatem diversos temas de interesse.
Na última semana, por exemplo, tratamos da reconstrução da democracia com a filósofa Marilena Chauí.
Também foram abordadas as questões de petróleo e gás, com a participação de José Sérgio Gabrielli, José Maria Rangel, Magda Chambriard e Rodrigo Leão, e questões sobre a Amazônia e a luta de seus povos, com Adriana Ramos, Edmilson Rodrigues, João Capiberibe e Mydjere Kayapó.
Estamos também avançando na construção de mesas de diálogo para discutir e aprofundar sugestões que temos recebido das entidades nacionais.
Já foram encaminhadas cerca de 50 propostas de entes como o Campo Unitário, centrais sindicais, movimento das cooperativas, Acampamento Terra Livre e dos reitores das universidades e institutos federais e das comunitárias, para ficar em alguns exemplos.
Falamos de um método colaborativo e completamente diferente da visão autoritária, centralizadora e burocrática do atual governo que delegou a um “Posto Ipiranga” o papel de guru econômico e à meia dúzia de supostos iluminados a tarefa de formular propostas para o país, sem qualquer interlocução com o povo.
Um desgoverno que é uma completa tragédia social e econômica e que se expressa, agora, nessa PEC do estelionato eleitoral, totalmente improvisada, oportunista, inconstitucional, que viola todas as regras da disputa democrática, que deixa uma gigantescabombafiscal para o próximo governo e que nãoenfrenta os problemas estruturais da carestia e da inflação que assolam o nosso povo.
Além disso, estabelecemos a coordenação itinerante que irá debater, em diversas regiões do país, presencialmente, propostas de relevância na atual conjuntura.
Nesse processo de reuniões presenciais destaco o encontro com o Conselho Nacional Popular LGBT, que apresentou um documento com propostas.
No centro das preocupações estão o combate a toda e qualquer forma de discriminação e a retomada da conferência nacional, ferramenta fundamental de interlocução qualificada com o governo e que não ocorre desde o Golpe de 2016.
Estivemos também na sede da Federação Única dos Petroleiros (FUP), no Rio de Janeiro, para ouvir os petroleiros sobre a situação da empresa, do setor e dos trabalhadores.
Além da proposta de reconstruir a Petrobrás como empresa integrada de energia e avançar na transição energética e energias renováveis, os petroleiros falaram da necessidade de mudar a atual política de preços dos derivados, a começar pelo gás de cozinha, que representa apenas 5% do mercado da companhia e que sempre esteve controlado em nossos governos por ser um elemento de relevância no valor da cesta básica.
Alertaram ainda que a Petrobrás está em processo de aquisição de 15 grandes plataformas, todas importadas. Neste caso, sugeriram um estudo para mapear os estaleiros que sobreviveram à crise e que têm condições de entrega dessas plataformas.
Outros pontos foram a necessidade da conclusão e da expansão das refinarias para garantir a soberania energética e a retomada da produção de fertilizantes nitrogenados para aumentar a competitividade e assegurar a soberania alimentar.
Esse grande movimento nacional de participação popular na construção do nosso programa de governo é fundamental para o projeto de país que acreditamos.
É dessa forma que a militância poderá se apropriar das ideias e nos ajudar no aprimoramento das políticas públicas que irão recolocar o Brasil no caminho do desenvolvimento sustentado, da soberania e da justiça social.
Para isso, Lula é o grande elo condutor desse sentimento de esperança do povo brasileiro que se expressa também com muita intensidade na explosão de contribuições ao nosso programa de governo.
É Lula que vai, pela terceira vez, subir a rampa do Palácio do Planalto, colocar a faixa presidencial no peito e entrar para a história, novamente, como o maior estadista e o maior líder popular da história deste país.
Este artigo não representa a opinião do Brasil 247 e é de responsabilidade do colunista.
Em mais uma gafe internacional, Bolsonaro se recusou a almoçar com o chefe do Executivo português após saber que ele teria um encontro com Lula
247 - Após Bolsonaro se recusar a almoçar com Marcelo Rebelo, presidente de Portugal, ao saber que o português teria um encontro com Lula, o Senador Randolfe Rodrigues usou suas redes sociais para pedir desculpas "em nome de todos os brasileiros", por mais uma gafe protagonizada pelo chefe do executivo.
"Em nome do povo brasileiro quero pedir desculpas ao Presidente de Portugal, às autoridades do país irmão e ao povo português.
E garanto a todos os portugueses: esse tempo de vergonha e tristeza em nosso país, passará!Daremos o máximo de nós para isso!", disse ele.
Randolfecompletou: "É triste, lamentável e constrangedor para todos nós brasileiros ter um Presidente da República que ao invés de se comportar à altura do cargo que ocupa, se assemelha mais a um moleque mimado."
Saiba mais
O ex-presidente Lula se encontrou neste domingo (3) com o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, em São Paulo.
A reunião aconteceu no Jardim Paulista, na residência oficial do cônsul-geral de Portugal em São Paulo, Paulo Nascimento.
O diplomata CelsoAmorim, que foi ministro das Relações Exteriores de Lula, estava presente no evento.
O encontro de Lula com o presidente português foi motivo da ira de Jair Bolsonaro, que desmarcou encontro com o chefe do executivo português ao saber da conversa com o petista.
Ela conta ao Fantástico como Celso Leonardo vigiava as mulheres que não cediam ao assédio do então presidente do banco. O programa deste domingo (3) também vai mostrar a história de uma das mulheres mais ricas do Brasil, que está em coma há seis anos.
Por Fantástico
Fantástico: funcionária acusa ex-vice-presidente da Caixa de acobertar abusos: 'Vivíamos uma prisão velada'
“Na verdade, nós vivíamos uma prisão velada. É o mesmo modus operandi. De o 01 assedia e 02 protege com intuito de monitorar”, disse.
O programa vai mostrar ainda a história de Anita Harley, uma das mulheres mais ricas do Brasil. Ela está em coma há 6 anos. Enquanto pessoas próximas da empresária disputam sua tutela na Justiça, existem acusações de que ela esteja sendo vítima de um golpe.
E ainda: um incêndio em um hospital. No meio da correria e do desespero, nasce um bebê. Você vai ver o final feliz dessa história.
03/07/22- Agora faltam 90 dias para o primeiro turno. O bode Bolsonaro está em vias de ser colocado para fora da sala e provavelmente ser sacrificado politicamente.
De onde tal criatura surgiu com capacidade de trazer com ele tantas outras iguais ou muito piores?
Há uma explicação. Guedes é o demônio oculto desta caterva.
Enquanto nos revoltamos com o ataque permanente a nossa sanidade, o Brasil vai sendo saqueado dia a dia sob o comando da canalhocracia.
Hoje é dia nacional de combate ao racismo. Em 1951 foi promulgada por Getúlio Vargas a Lei Afonso Arinos. Foi um passo, mas muito temos a caminhar.
O setor do transporte aéreo atingiu números próximos dos níveis registrados antes da pandemia de Covid-19 no mês de maio. Segundo o relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o Brasil, após 27 meses, superou a quantidade de oferta por voos
O blog foi procurado por dezenas de mulheres e homens que, antes orgulhosos de exibir o crachá da Caixa, hoje amargam danos psicológicos e profissionais por terem sido alvo da cultura de assédio implementada por Guimarães nos últimos três anos.
Presidente da Caixa Pedro Guimarães fala junto a Jair Bolsonaro em anúncio de medidas econômicas durante a pandemia de Covid — Foto: Ueslei Marcelino/Reuters/Arquivo
Um roteiro de assédios variados, impossível de escapar.
Um esquema implacável.
E, se conseguisse escapar de uma investida sexual, havia outro tipo de assédio na esquina: o moral.
É assim que funcionárias e funcionários da Caixa Econômica Federal - em cargos estratégicos - resumem o que viveram no trabalho desde que PedroGuimarães chegou ao banco, em 2019. Eles chamam o período de "inferno".
Mas Guimarães não agiu só.
Quando assumiu, o ex-presidente da Caixa levou homens de confiança e os transformou em seus aliados.
Para muitos dirigentes do banco ouvidos pela reportagem nos últimos dias, homens (e mulheres) cúmplices de um esquema que ia de aliciamento de funcionárias a acobertamento desses crimes estão, agora, na mira do Ministério Público.
A lista nas mãos dos investigadores, segundo o blog apurou, só cresce desde a revelação do escândalo, na última terça-feira (28).
Desde então, o blog foi procurado por dezenas de mulheres e homens que, antes orgulhosos de exibir o crachá da Caixa, hoje amargam danos psicológicos, pessoais e profissionais por terem sido alvo da cultura de assédio implementada por Guimarães nos últimos três anos. Essas pessoas decidiram contar suas histórias.
O blog ouviu diversos relatos, a maioria com um modus operandi comum: uma mulher era alvo do interesse de Guimarães, era sondada por CelsoLeonardo e, no momento em que recusava as investidas do chefe, caía em desgraça dentro do banco, com rebaixamentos de funções específicas.
Uma vez deslocada, chegava “carimbada” ao novo setor, o que significava permissão aos novos chefes, cúmplices de Guimarães, para praticarem assédiomoral como “punição”.
“Criou-se uma cultura de permissão no banco. Como o PedroGuimarães fazia, todos os dirigentes se sentiam avalizados a fazer, liberados a praticar o assédio que quisessem. Assédio é um modelo de gestão dentro da Caixa. E, quando você resistia a isso, você era bloqueada na empresa - e foi isso o que aconteceu comigo. Quando eu disse não para o assédio sexual dele, fiquei carimbada como uma das que disseram não. Então, como punição, fui removida e virei alvo de assédio moral de outro dirigente - o Antonio Carlos”, relata uma das vítimas da Caixa.
Veja os relatos de assédio contra o presidente da Caixa, Pedro Guimarães
“Dossiê KGB”
O relato acima da funcionária é um resumo de um roteiro repetido de quem passou nas mãos da “gangue de Guimarães”, como muitos desses funcionários os classificam.
Por sofrerem por muitos anos com medo das ameaças de Guimarães, esses funcionários passaram a se organizar nos bastidores e produzir provas materiais, entre mensagens de WhatsApp, vídeos, documentos e áudios do que viveram para entregar ao Ministério Público.
No caso acima, o blog teve acesso a um desses áudios.
Antonio Carlos Ferreira, a que a vítima acima de refere, é o vice-presidente de logística da Caixa que, antes, foi presidente do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Fantástico: funcionária acusa ex-vice-presidente da Caixa de acobertar abusos: 'Vivíamos uma prisão velada'
Quando deixou o cargo no Coaf, foi para a Caixa por indicação do governo Bolsonaro.
No banco, é descrito por funcionários como um dos aliados de Guimarães e um dos responsáveis por uma “perseguição implacável” dos funcionários no âmbito moral.
Ele já foi vice-presidente de Pessoas, posição que deveria justamente zelar e difundir as boas práticas da gestão pública.
Nos relatos colhidos pelo blog, seria dele a atribuição de executar o que ficou conhecido nos corredores da Caixa como “dossiê KGB”.
Assim que ouvi a expressão pela primeira vez, procurei outros funcionários para confirmar a prática.
Não só confirmaram, como todos - entre mulheres e homens -, estão organizando o material relatando suas experiências para entregar aos investigadores.
O “dossiê KGB”, que oficialmente era chamado de “Relatório de Integridade”, consistia em usar como desculpa um “filtro, uma pesquisa reputacional” sobre o histórico do funcionário - como, por exemplo, se ele tinha ficha criminal ou pendências na Justiça.
Mas, segundo os relatos das vítimas, o objetivo, na verdade, era fazer uma devassa na vida pessoal do funcionário, questionando-o sobre as amizades, as posições políticas suas e de seus amigos, além da religião. Se fosse considerado de esquerda ou amigo de alguém de esquerda, por exemplo, estava condenado à morte profissional.
"Os 'dossiês KGB' eram motivo de orgulho para Pedro Guimarães. Em reuniões com funcionários nas agendas do Caixa Mais Brasil, ele fazia questão de mencionar essa 'pesquisa', inicialmente feita de maneira oculta por sua consultoria direta e, posteriormente, incluída nos normativos do banco como pesquisa reputacional", denuncia uma funcionária.
Funcionários relataram ao blog casos emblemáticos dessa prática: em um episódio, um homem foi chamado por um encarregado de Guimarães e Antonio Carlos a explicar por que estava, em uma foto nas suas redes sociais, abraçado a um funcionário da Caixa que era de esquerda. Ele não entendeu o questionamento.
“Aí, a pessoa que se prepara, faz mestrado para buscar oportunidades melhor, e acaba numa agência pagando Auxílio Brasil só porque eles decidiram que você não pode abraçar alguém que eles acham que é de esquerda. E se for? E daí?”, lamenta uma das vítimas.
Outro homem, com mais de 20 anos de Caixa, se submeteu a um processo seletivo para ser promovido para uma função em 2020.
Passou, mas foi cortado assim que “apareceu” como filiado a um partido “de esquerda” nos anos 2000 - 20 anos antes.
Pior: não sabia do que de tratava quando foi chamado e tomou um susto. Para esclarecer o caso, se dispôs a ir até partido, pedir a tal ficha de filiação e, com o papel em mãos, foi ao cartório. Com o documento oficial - com firma reconhecida - de que aquela assinatura da ficha de filiação não era dele, voltou à Caixa. Mas não adiantou: mesmo assim, ele perdeu a promoção.
O blog questionou a Caixa sobre se Antonio Carlos gostaria de responder e também sobre o que o banco tem a dizer sobre os relatos da existência do “dossiê KGB”, método de perseguição a funcionários usado como critério para promoções e rebaixamentos com base na posição ideológica e na religião.
O banco também foi questionado sobre a devassa nas redes sociais dos integrantes da Caixa.
A assessoria do banco apenas se limitou a dizer que “todas as informações serão encaminhadas para análise da Corregedoria do banco, bem como pela empresa independente a ser contratada pela nova gestão”.
Imagem na lama
Desde que os casos foram revelados, outras mulheres e homens procuraram colegas para se juntar aos relatos e vão engrossar a lista de denúncias ao MP.
Escândalo de assédio sexual derruba mais um dirigente da Caixa
Desses dirigentes, caíram Guimarães e CelsoLeonardo - mas Antonio Carlos e outros ainda permanecem nos quadros da empresa.
A nova presidente do banco, DaniellaMarques, tem prometido, nos bastidores, ser implacável contra a cultura do assédio no banco, e o MP avança no organograma do esquema de homens (e mulheres) que sustentaram o reinado de Guimarães.
As demissões só não foram comemoradas porque a maioria está sob efeito de remédios e ainda vive com o trauma do que viveu.
Mas, mesmo sem alegria, respiram aliviados e esperam punições da Justiça.
Assim como repetem um padrão nos relatos do modusoperandi de Guimarães - repetem um lema que ficou conhecido nos corredores do banco quando o ex-presidente assumiu.
Ele, que era um “espelho” do modo bolsonarista de viver - pegou carona no discurso do combate à corrupção que ajudou a eleger Bolsonaro em 2018.
Dizia, se gabando, que “a Curitiba, ele só ia a passei ou a trabalho”, referindo-se a petistas presos na Lava Jato.
Guimarães também dizia que, em sua gestão, a Caixa saiu das páginas policiais - referindo-se a dirigentes de estatal como Geddel Vieira Lima, que foram presos por escândalos envolvendo esquema de corrupção da Caixa.
“Ele se gabava de que a Caixa não estava mais nas páginas policiais. Acho que a sensação de impunidade e de tratar a mulher como cidadã de segunda categoria, de humilhar os outros... Tudo isso o levou a pensar que assédio era um crime menor. Olha onde está a imagem da Caixa agora”, lamenta uma das funcionárias vítima do assédio de Guimarães e sua “trupe”.
Pedro Guimarães deve receber R$ 56 mil por mês mesmo fora da Caixa
Deepfake com o presidente Jair Bolsonaro (PL) usa cena do filme 'Esqueceram de Mim' Imagem: Reprodução
Juliana Arreguy
Do UOL, em São Paulo
03/07/2022 04h00
De short vermelho, descalço e sem camisa, o presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece em uma cozinha dançando o funk "Vai dar PT", sucesso de MC Rahell, em vídeo com 5,2 milhões de visualizações no Instagram. O rosto é o do presidente, mas não é ele a pessoa do vídeo: trata-se de uma deepfake, onde a face de Bolsonaro foi inserida, por meio de IA (Inteligência Artificial), no corpo de outra pessoa.
A tecnologia não é nova e já era utilizada no cinema, mas nos últimos anos se popularizou a ponto de ser possível baixar aplicativos gratuitos para criar deepfakes. O receio de que as pessoas sejam enganadas tem sido o principal alerta do jornalista Bruno Sartori, o mesmo que criou e divulgou o vídeo de Bolsonaro dançando na cozinha.
"Lula de 10 dedos. Bolsonaro sem facada. Fiquem espertos com as deepfakes esse ano, pessoal", escreve Sartori na postagem. É nesta legenda que ele aponta um detalhe importante: não há nenhuma cicatriz na barriga do homem das imagens. O presidente foi vítima de uma facada em 2018, tornando possível identificar que quem aparece dançando não é Bolsonaro.
No dia em que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro foi preso, o pré-candidato à Presidência Ciro Gomes (PDT) divulgou uma deepfake que mostra Bolsonaro como um dos vilões do filme "Esqueceram de Mim". Nas imagens, o rosto do presidente aparece recebendo um jato de fogo na cabeça, enquanto a legenda questiona: "Não foi Bolsonaro que disse que colocava a cara no fogo pelo Milton Ribeiro?"
Apesar do uso majoritário das deepfakes em tom de humor nas redes, especialistas se preocupam que elas assumam protagonismo nas eleições de 2022, elevando a dificuldade do combate às fake news.
Em artigo para o MIT Technology Review, a cientista da computação Nina Da Hora discorre sobre os impactos das deepfakes na sociedade, sobretudo pelo amplo acesso à tecnologia e a sofisticação cada vez maior da ferramenta.
Ao UOL, ela explica que as primeiras deepfakes utilizaram informações a partir de filtros em redes como Snapchat, onde os usuários simulavam seus rostos rejuvenescidos ou envelhecidos e brincavam com a possibilidade de dublar músicas.
"Hoje, com a facilidade de criação de deepfakes e seu compartilhamento nas redes sociais, que atualmente são os principais meios de compartilhamento de notícias, é perigoso que campanhas políticas as utilizem para deslegitimar as eleições e os candidatos", diz Nina.
Coordenador de jornalismo da Agência Lupa, voltada para a checagem de notícias, Chico Marés alerta para o fato de que há casos em que não há certeza se o conteúdo divulgado é uma deepfake: "Acontece também de as pessoas alegarem deepfakes".
Como exemplo, ele cita o caso de um vídeo íntimo atribuído ao ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) durante a campanha de 2018. Doria afirma ter sido vítima de manipulação digital. Em março deste ano, um laudo da Polícia Federal afirma que não há sinais de adulteração no vídeo.
Marés observa que as deepfakes atualmente utilizam vídeos que já existem, o que facilita aos checadores encontrar o conteúdo original. "O medo maior é lidar com aquilo que não sabemos de onde vem, como os audiofakes".
Audiofakes
Os audiofakes são áudios criados também por programas eletrônicos. São diferentes de imitações feitas por comediantes, já que utilizam gravações para reconstruir a fala de outra pessoa.
"Audiofake é uma forma de criar áudios no formato digital usando algoritmos de inteligência artificial", explica Nina da Hora. "A IA aprende os movimentos da voz e como combiná-los com os sons, resultando em uma mídia falsa. Em alguns detalhes é possível perceber a robotização, enquanto uma imitação é puramente algo sensorial e humano, parte de habilidades da fala e de gestos"
Em uma série de posts, Sartori mostra como construiu audiofakes de Bolsonaro, Dilma Rousseff (PT) e Sergio Moro (União Brasil) cantando "Beijinho no Ombro", da funkeira Valeska Popozuda.
Para Chico Marés, os audiofakes ainda não têm sido utilizados para propagar desinformação no Brasil. Os conteúdos mais veiculados ainda são imitações de figuras públicas, como Lula e Bolsonaro, chamados de "cheapfakes" (do inglês "cheap", que significa barato).
Riscos e redes
Sartori, que se identifica como "deepfaker" (ou seja, alguém que faz deepfakes) nas redes sociais, sinaliza em todos os vídeos que não são verdadeiros e compartilha o passo a passo da linha de produção de alguns deles.
Nina da Hora explica que, nos EUA, desde 2018 há um projeto de lei que busca criminalizar a criação e distribuição de deepfakes de forma ilegal. Em junho de 2019, o país adotou uma Ação de Responsabilidade que exige a inserção de marcas d'água e explicações em conteúdos que utilizam a tecnologia.
Para Nina, a melhor forma de se precaver do risco de desinformação por meio da tecnologia é adotando uma legislação específica sobre o assunto.
"As deepfakes atingem diretamente um dos direitos fundamentais que é a privacidade, deslegitimando pessoas e discursos em prol de algum ganho financeiro ou com o objetivo de manipular narrativas, tudo isso a partir do uso de dados sensíveis e sem autorização."
O UOL procurou algumas das principais redes sociais utilizadas pelos brasileiros para saber quais as medidas adotadas diante da possibilidade de informação por meio de deepfakes:
Twitter
"O Twitter conta, desde 2020, com a Política de Mídia Sintética e Manipulada (SAMM) para endereçar alterações em mídias, como as deep fakes, quando há intenção de enganar ou confundir as pessoas. Violações à política estão sujeitas às medidas cabíveis, e todos os usuários são igualmente submetidos a elas."
TikTok
A plataforma afirma proibir "falsificações digitais (mídia sintética ou manipulada) que possam enganar os usuários, distorcendo a veracidade dos eventos e causando danos à pessoa que aparece no vídeo, a outras pessoas ou a sociedade."
São permitidas contas de paródia, desde que sinalizem aos usuários o seu propósito. "Caso um usuário passe por outra pessoa ou entidade de maneira enganosa, ele será removido por violar nossa política de falsificação de identidade."
Facebook e Instagram
As redes não penalizam conteúdos que sejam identificados como paródias e sátiras. "Vídeos, áudios ou fotos — sejam eles deepfakes ou não —, serão removidos das plataformas da Meta se violarem nossas políticas com conteúdos, por exemplo, de nudez, violência gráfica, supressão de votos e discurso de ódio."
WhatsApp
A plataforma afirma não ter acesso ao conteúdo das mensagens trocadas entre os usuários, mas pede que condutas inapropriadas sejam denunciadas pelo próprio aplicativo.
"Como informado nos Termos de Serviço e na Política de Privacidade do aplicativo, o WhatsApp não permite o uso do seu serviço para fins ilícitos ou que instigue ou encoraje condutas que sejam ilícitas ou inadequadas. Nos casos de violação destes termos, o WhatsApp toma medidas em relação às contas como desativá-las ou suspendê-las."
Marcelo Rabelo afirmou que não tomou posição de apoio à Lula e o encontro tratou de temas mundiais importantes
Luiz Inácio Lula da Silva e Marcelo Rabelo de Souza Divulgação/Ricardo Stuckert
03/07/2022 às 10:45 | Atualizado 03/07/2022 às 12:55
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu na manhã deste domingo (3) com o presidente de Portugal, Marcelo Rabelo, em São Paulo.
Eles conversaram sobre temas internacionais, economia, guerra na Ucrânia, a situação europeia e da América Latina.
O ex-ministro das Relações Exteriores petista Celso Amorim também estava no evento.
Na saída do encontro Marcelo Rabelo falou aos jornalistas.
Indagado sobre o fato de Rabelo ter encontrado um candidato à presidência ser uma tomada de posição da parte dele, ele afirma que não.
“Falei com o presidente Lula como falei com ele a um ano e vou falar com o presidente Temer e com o presidente Fernando Henrique como ex-presidentes. As candidaturas só abrem a partir do mês de agosto e, portanto, não há candidatos formais. Falamos dos temas mundiais, importantes, muito importantes, como o presidente Lula via a situação na Ucrânia, a educação da guerra, os efeitos da guerra, a situação econômica e social. Falamos bastante da américa latina e dos efeitos econômicos, financeiros e sociais do período da pandemia”, disse.
O presidente português chegou ao Brasil no sábado.
A previsão era de que ele se reunisse com Jair Bolsonaro (PL) para um almoço.
O presidente brasileiro, no entanto, desmarcou o encontro, por causa da reunião entre o português e o petista.
“Resolvi cancelar o almoço que ele teria comigo, bem como toda a programação. […] Ele teria uma reunião com o Lula”, disse o presidente, na sexta-feira (1º).
Ainda está previsto um encontro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
A ideia era que o presidente português também fosse a Brasília, mas, com o cancelamento do encontro com Bolsonaro, ele não deve ir à capital federal.
“Eu tenho o programa que tenho. Eu naturalmente farei, para já, o programa inicial. Em relação ao resto, vamos aguardar.”
Ainda neste domingo, o presidente português participa ainda da 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Debate
A CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.
Publicado por Renan Porto, com informações de Soraya Lauand
Etec de Mogi das Cruzes possui a maior demanda da região, com 2,87 candidatos por vaga nos cursos oferecidos na unidade. — Foto: Vinícius Silva/TV Diário
Já o de Enfermagem, na Etec de Suzano, com 296 inscritos para 40 vagas, um índice de 7,40 candidatos por vaga, é o oitavo em todo o estado e o segundo mais concorrido na região.
O curso menos concorrido é o de Secretariado, na unidade de Suzano, com demanda de 1,23 candidatos por vaga. Secretaria, em Mogi das Cruzes, e Química, em Santa Isabel, vem na sequência, ambos com 1,40 candidatos por vaga.
A demanda por curso e unidade e o local de aplicação das provas estão disponíveis no site do vestibulinho da Etec.
No dia da prova, os portões das escolas serão abertos às 12h30 e fechados, pontualmente, às 13h30, horário do início do exame, que terá quatro horas de duração.
Confira a relação candidatos/vaga no vestibulinho das Etecs do Alto Tietê