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segunda-feira, 24 de junho de 2019

Desenho - DICK VIGARISTA E MUTTLEY – DUBLADO – EPISÓDIO 25 – MEDALHA DE LATA - online


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Deputado Federal Marco Bertaiolli é vice-presidente de Comissão que analisa Medida Provisória sobre liberdade de empreender

O deputado federal Marco Bertaiolli foi indicado como vice-presidente da Comissão Mista, formada por deputados e senadores, que analisa a Medida Provisória (MP) 881/2019, que institui a Declaração de Direitos de Liberdade Econômica e visa a desburocratização e a simplificação da atividade das micro e pequenas empresas.
“É preciso deixar o empreendedor trabalhar com liberdade para gerar emprego e renda. É isso que defendemos nesta Comissão Mista”, afirmou o deputado. “Estou muito honrado em ter sido indicado para compor esta comissão que eu tenho na mais alta conta, em função que é uma MP que desobriga, desonera, desburocratiza e simplifica quem quer trabalhar neste Brasil”, destacou Bertaiolli. A Comissão Mista tem como presidente o senador Dário Berger, de Santa Catarina. O relator é o deputado federal Jerônimo Goergen, do Rio Grande do Sul.
Apelidada de MP da Liberdade Econômica, ela estabelece normas de proteção à livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica. Entre as novas regras estão: o fim da autorização prévia para atividades econômicas de baixo risco; a liberdade de horário e dia para funcionamento; além de preços de produtos e de serviços passarem a ser livremente definidos pelo Mercado.
“Não existe nada mais importante nesse País hoje do que deixar as pessoas empreenderem. Nessa MP, vale aquela máxima que nós aprendemos há muitos: se o governo não puder ajudar os empreendedores brasileiros, que, por favor, não atrapalhe. E é isso que nós estamos fazendo: impedindo que governo atrapalhe quem quer gerar o seu próprio emprego e a sua própria renda”, afirmou Bertaiolli.
Uma nova audiência pública sobre a MP será realizada nesta quarta-feira (26/06), no Senado Federal. Foram convidados para o debate representantes do Ministério da Economia: Guilherme Afif Domingos, atual assessor especial do ministro Paulo Guedes; o secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Paulo Antonio Spencer Uebel; e Geanluca Lorenzon, diretor na mesma secretaria. Devem participar ainda representantes do Departamento de Registro Empresarial e Integração; da Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça e Segurança Pública; do Sebrae; da Federação Brasileira de Bancos (Febraban); da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e da Confederação Nacional dos Municípios (CNM).
“É a primeira vez que um governo edita uma Medida Provisória, portanto, em caráter de urgência, beneficiando as micro e pequenas empresas do Brasil. É este respeito que nós temos que ter com 98% das empresas brasileiras, constituídas como micro e pequenas. Temos a oportunidade de valorizar aqueles que querem uma oportunidade neste momento”, finalizou Bertaiolli.

Projeto Guri tem 9.484 vagas disponíveis no interior e litoral - São mais de 30 opções de cursos gratuitos de música para crianças e adolescentes na faixa etária entre 6 e 18 anos

Maior programa sociocultural brasileiro, Projeto Guri está com inscrições abertas até a próxima sexta-feira (28) para as 9.484 vagas disponíveis nos polos de ensino do interior e litoral paulista. 
São mais de 30 opções de cursos gratuitos de música para crianças e adolescentes na faixa etária entre 6 e 18 anos.
Os interessados em realizar a matrícula precisam comparecer diretamente ao polo em que deseja estudar, acompanhado pelo responsável, portando os seguintes documentos: certidão de nascimento ou RG (original e cópia); comprovante de matrícula escolar e/ou declaração de frequência escolar referente ao primeiro semestre de 2019; RG do responsável (original e cópia) e comprovante de endereço para consulta.
Lembrando que não é necessário ter conhecimento prévio de música nem possuir instrumento ou realizar testes seletivos. 
O início das aulas ocorre de acordo com a data de matrícula de cada aluno. Os interessados podem consultar mais informações pela internet.
Sobre o Guri
O programa, que atende cerca de 50 mil alunos por ano, possui centros de educação musical nas regiões de Araçatuba, Itapeva, Jundiaí, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sorocaba e litoral paulista.
Maior programa sociocultural brasileiro, mantido pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, o Projeto Guri está 9.484 vagas disponíveis nos polos de ensino localizados no interior e litoral paulista. 
São mais de 30 opções de cursos gratuitos de música para crianças e adolescentes na faixa etária entre 6 e 18 anos. Interessados podem se inscrever entre os dias 17 e 28 de junho.
O programa, que atende cerca de 50 mil alunos por ano, possui centros de educação musical nas regiões de Araçatuba, Itapeva, Jundiaí, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Carlos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Sorocaba e litoral paulista.
Para realizar a matrícula é necessário comparecer diretamente ao polo em que deseja estudar, acompanhado pelo responsável, portando os seguintes documentos: certidão de nascimento ou RG (original e cópia); comprovante de matrícula escolar e/ou declaração de frequência escolar referente ao primeiro semestre de 2019; RG do responsável (original e cópia) e comprovante de endereço para consulta. Não é necessário ter conhecimento prévio de música, nem possuir instrumento ou realizar testes seletivos. O início das aulas ocorre de acordo com a data de matrícula de cada aluno.
Para mais informações, acesse www.projetoguri.org.br/matriculas.
Confira a lista completa dos polos com vagas abertas nas regionais do Projeto Guri:
Regional Araçatuba
São 420 vagas disponíveis nos polos: Alto Alegre, Avanhandava, Bento de Abreu, Birigui, Castilho, General Salgado, Guaraçaí, Jales, Lavínia, Luiziânia, Regional Araçatuba, Santa Fé do Sul, Sud Mennucci e Valparaíso.

Regional Itapeva
São 658 vagas disponíveis nos polos: Barra do Chapéu, Bom Sucesso de Itararé, Buri, Capão Bonito, Fartura, Guapiara, Itaberá, Itaí, Itararé, Piraju, Regional Itapeva, Ribeirão Branco, Ribeirão Grande, Riversul, Sarutaiá, Taquarituba e Taquarivaí.

Regional Jundiaí
São 1019 vagas disponíveis nos polos: Aguaí, Aguas de Lindoia – Prefeitura, Atibaia, Bragança Paulista, Cabreuva, Campinas, Polo Elias Fausto, Espírito Santo do Pinhal, Estiva Gerbi, Iracemápolis, Monte Mor, Nelson Mandela, Pedreira, Piracicaba, Rafard – Prefeitura, Regional Jundiaí, Santo Antônio de Posse, Santo Antônio do Jardim, Serra Negra, Sumaré e Vinhedo.

Regional Marília
São 571 vagas disponíveis nos polos: Arco Íris, Assis, Bauru, Cândido Mota, Echaporã, Herculândia, Ibirarema, Lins, Maracaí, Ourinhos, Palmital, Parapuã, Quatá, Regional Marília, Ribeirão do Sul, Sabino, Salto Grande, Santa Cruz do Rio Pardo, Tupã e Vera Cruz.

Regional Presidente Prudente
São 1.408 vagas disponíveis nos polos: Adamantina, Álvares Machado, Dracena, Indiana, Junqueirópolis, Lar Francisco Franco – Rancharia, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Nantes, Narandiba, Osvaldo Cruz, Ouro Verde, Piquerobi, Pirapozinho, Presidente Bernardes, Presidente Venceslau, Regente Feijó, Regional Presidente Prudente, Rosana, Sagres, Sandovalina, Santo Expedito, Taciba, Tarabai, Teodoro Sampaio/Pontal do Paranapanema e Tupi Paulista.

Regional Ribeirão Preto
São 1067 vagas disponíveis nos polos: Acif Franca, Altinópolis, Batatais, Cajuru, Cândido Rodrigues, Dumont, Guará, Igarapava, IORM – Guaíra, IORM – Ipuã, IORM – Orlândia, Jaborandi, Jaboticabal, Miguelópolis, Monte Azul Paulista, Regional Ribeirão Preto, São Joaquim da Barra, São Simão, Sertãozinho, Taquaritinga e Viradouro.

Regional São Carlos
São 955 vagas disponíveis nos polos: Araraquara, Barra Bonita, Boa Esperança do Sul, Caconde, Cordeirópolis, Ibitinga, Igaraçu do Tietê, Lençóis Paulista, Nova Europa, Pederneiras, Porto Ferreira, Regional Jaú, Regional São Carlos, Rio Claro, Santa Cruz das Palmeiras, Santa Gertrudes, Santa Maria da Serra, São José do Rio Pardo, São Sebastião, Tambaú, Tapiratiba e Vargem Grande do Sul.

Regional São José do Rio Preto
São 1092 vagas disponíveis nos polos: Altair, Bálsamo, Barretos, Cosmorama, Fernandópolis, Ibirá, Ipiguá, José Bonifácio, Mirassol, Nova Granada, Novo Horizonte, Onda Verde, Palestina, Palmares Paulista, Paulo de Faria, Regional São José do Rio Preto, Riolândia, Santa Adélia, Severínia, Tanabi, Ubarana, Urupês e Votuporanga.

Regional São José dos Campos
São 710 vagas disponíveis nos polos: Aparecida, Areias, Caçapava, Cachoeira Paulista, Campos do Jordão, Distrito de Moreira César, FUNDACC – Caraguatatuba, Guaratinguetá, Ilhabela, Lagoinha, Lorena, Paraibuna, Piquete, Regional São José dos Campos, Roseira, São Francisco Xavier, São José dos Campos, Silveiras, Taubaté e Ubatuba – Prefeitura.

Regional São Paulo
São 368 vagas disponíveis nos polos: Itariri, Miracatu, Mongaguá, Pedro de Toledo, Peruíbe, Regional Santos, Registro, Santos – Zona Noroeste e Sete Barras.

Regional Sorocaba
São 1.216 vagas disponíveis nos polos: Araçoiaba da Serra, Avaré, Botucatu, Capela do Alto, Cerquilho, Conchas, Guareí, Ibiúna, Itapetininga, Itatinga, Itu, Mairinque, Piedade, Pilar do Sul, Porto Feliz, Regional Sorocaba, Salto, São Manuel, São Miguel Arcanjo, São Roque, Tietê e Votorantim.

Projeto Guri www.projetoguri.org.br
Patrocinadores e apoiadores do Projeto Guri – Amigos do Guri: CTG Brasil; VISA; Bayer; WestRock;  Microsoft; VALGROUP; Supermercados Tauste; Novelis; Caterpillar; EMS; Capuani do Brasil; Pinheiro Neto; Instituto CCR por meio da CCR AutoBAn; Grupo Maringá; AES Tietê; Faber Castell; Distribuidora Ikeda, ASTA; Mercedez-Benz; Supermercados Rondon; Castelo Alimentos; Raízen; Arteris; GRUPO GR; Pirelli; Tereos.

Treinamento de policiais militares - Segurança.SP

Curso de tecnológico de Logística é o mais concorrido para Fatec

O curso superior tecnológico de Logística, oferecido na Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Guarulhos, é o mais concorrido do processo seletivo para o segundo semestre de 2019. Os 875 inscritos vão disputar as 40 vagas no período da noite, o que corresponde a 21,88 candidatos por vaga. A demanda por curso e unidade está disponível no site www.vestibularfatec.com.br.
Mais uma vez, o curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas se mantém entre os mais procurados nas Fatecs Carapicuíba (20,45 c/v), São Paulo (18,23 c/v), Zona Leste (17,75 c/v), Sorocaba (14,50 c/v), Zona Sul (14,43 c/v) e Mogi das Cruzes (14,03 c/v).
Três cursos do eixo tecnológico de Gestão e Negócios integram a relação: Comércio Exterior, da Fatec Barueri (15,33 c/v), Marketing (14,74 c/v) e Gestão de Negócios e Inovação (14,00 c/v), ambos da Fatec Sebrae.
O número de inscritos para o Vestibular ultrapassa 62,5 mil. A prova será realizada no próximo domingo (30).

O fim da tomada de três pinos

domingo, 23 de junho de 2019

Anatel aprova Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações

O Conselho Diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) aprovou o Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações (Pert). 
A meta é ampliar o acesso à banda larga no Brasil.
O plano traz um diagnóstico da infraestrutura de telecomunicações do país e apresenta projetos para superação das deficiências. 
Estão previstas a expansão das redes de transporte, ampliação das redes de acesso e implantação de redes públicas essenciais.
A proposta é a implantação de redes de comunicação para serviços públicos essenciais como educação, pesquisa, saúde, segurança pública e defesa.
“O Brasil ainda precisa superar o desafio da conectividade e o único caminho possível é desenvolver a sua infraestrutura de redes”, disse o conselheiro relator do plano, Aníbal Diniz, em declaração publicada pelo site da Anatel.
Com o Pert, a Anatel quer estimular os setores público e privado de telecomunicações. 
Em 2018, 3.542 municípios eram atendidos por fibra ótica, enquanto os outros 2.028 não contavam com essa estrutura.
O plano propõe a ampliação do atendimento por fibra e, nas cidades onde não for viável, por meio de conexões de alta capacidade por satélite ou outras tecnologias.
O Plano Estrutural de Redes de Telecomunicações será revisado anualmente, considerando a progressiva melhoria na coleta de dados e o gradual acúmulo de informações.
Edição: Kleber Sampaio - Por Agência Brasil  Brasília

Marco Antonio Villa - Entrevista ao Estadão.

Por Morris Kachani


“Acho que eu fui meio, não vou dizer tolo, mas ingênuo, acreditando que a auto-organização da sociedade civil fosse possível em um país que não tem tradição nisso. Diferente por exemplo, dos EUA, e de alguns países da Europa ocidental; eu imaginei que a mobilização em torno do impeachment e da prisão do Lula produzisse uma organização futura, democrática, republicana, e isso não ocorreu. Aquilo acabou gerando pequenos grupos, grupelhos de extrema-direita, que passaram a negar o processo democrático, negar a Constituição, negar as instituições do Estado Democrático de Direito”.
O professor e historiador Marco Antonio Villa foi um dos protagonistas do movimento anti-petista que levou milhares de pessoas às ruas entre 2015 e 2016, precedendo o impeachment de Dilma. 

Tornou-se célebre também, o bate-boca que travou com o ex-prefeito Fernando Haddad em 2016.
Sempre pelas ondas da rádio Jovem Pan, Villa incorporou a voz dos insatisfeitos. 

Pois mudaram-se os governos, mas não o tom crítico e raivoso de Villa

Algo que, ao que tudo indica, lhe valeu um afastamento temporário do emprego. 

Villa foi comunicado no dia 24 de maio. Primeiramente, a Jovem Pan falou em férias. Mas ele próprio desmentiu. Aguarda-se um desfecho para os próximos dias.
Villa parece estar experimentando na pele: a verve que o alçou ao sucesso, agora o alvejou.
O impasse profissional que está vivendo é um reflexo da cisão que houve justamente, entre a imensa maioria anti-petista que levou Bolsonaro ao Palácio do Planalto. 

A certa altura, correu o boato de que o próprio presidente havia pedido sua cabeça.
Goste-se ou não, é importante ouvir o Villa

Ele tem uma trajetória de respeito. 

Mestre em sociologia e doutor em história social pela Universidade de São Paulo, é professor aposentado da Universidade Federal de São Carlos e autor de 19 livros sobre história e política do Brasil.
Você votou no Bolsonaro?
Não, não votei em ninguém. Anulei meu voto. Meu voto tinha um limite de tolerância. Não tinha condições. É muito chato porque a minha geração lutou muito por eleições diretas para presidente. Dá uma dor no coração quando eu sou obrigado a anular um voto. O problema é que a conjuntura não era muito propícia.
Muitos não entenderam minhas críticas ao governo Lula – elas eram políticas, e não pessoais. 

Quando comecei a fazer críticas em relação ao governo Bolsonaro, estas pessoas falaram, “pô, estamos decepcionados”. Mas outros entendem meu posicionamento.
O Bolsonaro nunca leu um livro. 

Eu desafio o Bolsonaro a falar que leu um livro de algum liberal. Se falar em Stuart Mill, ele já acha que é algum travesti. Ele não tem a mínima ideia, nós estamos numa coisa assim, pavorosa.

Quando comecei a fazer críticas a Bolsonaro,

muitas pessoas se decepcionaram.

Acha que tem muita gente arrependida por ter votado em Bolsonaro?
Tem, falo com muita gente, grupos de empresários, e as pessoas falam, “estamos arrependidos, mas íamos votar no Haddad?”. Alguns falam assim, “não esperava que ele fosse tão ruim” e outros, “esperava que os militares controlassem o presidente”. As pessoas estão decepcionadas.
Comente a frase “eu sou liberal na economia e conservador nos costumes”.
Tem uma ideia babaca no Brasil de liberalismo. Aqui não existe liberalismo coisa alguma. Se há alguma coisa que a burguesia brasileira não é, é liberal. Política e economicamente. É tudo balela; primeiro, porque ela apoiou todas as ditaduras. Segundo porque, em termos econômicos, quer sempre benesses do Estado. 

Por exemplo, sobre a renúncia fiscal, ela tem 300 bilhões de reais por ano da União. Então o que eles falam, fazem, é tudo conversa fiada. Basta ver o que é a Fiesp.
A Fiesp tem sindicatos fantasmas. 

Boa parte dos sindicatos da Fiesp não existe, a Fiesp teve vários presidentes que não eram industriais. 

A maior parte da elite empresarial do Brasil é picareta. 

Pega o exemplo desses movimentos, como o Brasil 200, ou o dono da loja Havan – que é um louco, um desequilibrado, um incapaz, um mentiroso.
Os liberais daqui são todos liberais de fancaria. 

É tudo papo. No campo político idem. Eu gosto muito da expressão que eles usam agora: ‘eu sou liberal na economia e conservador nos costumes’; acho isso fantástico. Acho que isso é maravilhoso. O Bolsonaro pode dizer isso aí, já casou três vezes. Ele é conservador nos costumes.
Então é tudo picaretagem. É que não tem uma oposição, o PT se desmoralizou.
Que luz existe no fim do túnel?
Até agora nenhuma. 

Porque o PT roubou até o trem e os trilhos. Então, a coisa toda é que não há oposição. Nós estamos vivendo um momento único na história brasileira, único na história republicana. 

É como se você estivesse sem bússola em alto mar e não pudesse olhar o céu em busca das estrelas. 

Somos como um navio perdido no meio do oceano e não sabemos para onde vamos.
O governo não tem projeto de governo, só fala de reforma da previdência como se fosse uma monomania religiosa. 

Sem conseguir trazer uma visão macro da economia. 

Construiu-se uma ideia de que sem a reforma o Brasil acaba, o que é mentira

Não é que não precisa ter reforma, mas precisa equilibrar a questão fiscal com a questão social.
BPC é de privilegiado? PIS? Aposentadoria Rural? E transformaram o Paulo Guedes em um gênio da raça,  o que não é verdade. 

Paulo Guedes nunca escreveu um livro. 

Não tem um ensaio, um artigo, um debate no qual ele tenha participado nos últimos 30 anos.
Transformaram o Paulo Guedes em um gênio da raça,  o que não é verdade
Paulo Guedes, em alguns momentos, lembra um pouco o Pacheco do Eça de Queiroz, lá da correspondência inédita do Fradique Mendes. 

Ele tem alguma coisa, algumas características pachequianas, porque ele é um profissional do mercado financeiro. 

Um especulador. Ficou rico, ganhou muito dinheiro, parabéns, nada contra, mas é só um especulador.
A grande questão é que se tem um governo que não sabe para onde vai o Brasil. 

A educação está abandonada, com dois ministros desastrosos; em Ciência e Tecnologia, o astronauta tá no espaço, enquanto o Brasil discute a questão do corte de bolsas. 

Tem o capitão da infraestrutura, o Tarcísio. De resto é tudo patético: é Damares, Ernesto Araújo…
Entrevistamos o professor de Harvard Steven Levitsky, co-autor de “Como as democracias morrem” (Zahar). Ele comentou que o Brasil vive a pior recessão da sua história e o maior escândalo de corrupção entre as democracias.
Desde sempre, e fui processado por isso, insisti muito que o réu oculto do Mensalão era Lula

E que o petrolão é o maior desvio de recursos públicos da história da humanidade. 

Então de um lado você tem isso, o PT desmoralizou as instituições e o estado democrático.
E hoje vivemos este extremismo de direita que ninguém imaginava que existia no Brasil – porque isso aí é uma coisa recente, tem cerca de dois anos, três anos. 

Ninguém imaginava que existia um extremismo de direita tão violento no Brasil, tão reacionário, que não é nem liberal nem conservador. É reacionário

Algo que apareceu nos últimos tempos, e é produto da desmoralização das instituições feita pelo PT.
O PT ficou durante 13 anos e 5 meses no poder, e aí entrou o governo Temer, que poderia ter construído algo. 

Temer prometeu um Ministério de notáveis, mas entregou para Moreira Franco, Eliseu Padilha, Geddel. 

Então o governo Temer acabou aprofundando, em termos éticos, essa crise construída pelo PT.
A questão é que, quando chegou o processo eleitoral de 2018, veio a figura do Bolsonaro, que conseguiu se mobilizar como única alternativa contra o PT

Porque o PT, apesar de toda a desmoralização, eleitoralmente estava presente, tanto que chegou ao segundo turno com cerca de 45% dos votos, e com Fernando Haddad que é um candidato fraquíssimo. 

Um candidato forte, evidentemente, teria sido o Lula.
Então o que acabou acontecendo: surgiu uma extrema-direita raivosa, anti-democrática, que sonha com ditadura e que se configura na figura do Bolsonaro, que é um nada.
Bolsonaro não consegue nem organizar esse pensamento da extrema-direita.
O professor de Harvard também comentou que tanto o impeachment como a prisão do Lula enfraqueceram a democracia.
Eu acho o contrário, está redondamente errado. 

Em termos analíticos, o impeachment foi muito importante. 

A prisão do Lula simbolicamente foi muito importante para o país, fortaleceu a democracia, porém acho que eu fui meio, não vou dizer tolo, mas ingênuo, acreditando que a sociedade, que a auto-organização da sociedade civil fosse possível em um país que não tem tradição, diferente por exemplo, dos EUA, e de alguns países da Europa ocidental, eu imaginei que a mobilização em torno do impeachment e da prisão do Lula, produzissem uma organização futura, democrática, republicana, e isso não ocorreu. 

Aquilo acabou gerando pequenos grupos, grupelhos de extrema-direita, que passaram a negar o processo democrático, negar a constituição, negar as instituições do Estado Democrático de Direito.
Você se arrepende de algo?
Pelo que estou falando agora de coisas mais estruturais do meu posicionamento, eu não me arrependo de nada.
Você é um cara de direita?
Nem de direita, nem de centro, nem de esquerda. Eu sou republicano, radical republicano, se fosse possível definir.
É difícil chamar o Lula de esquerda. O Lula, eu brinquei outro dia, nem conhece o Marx, por exemplo.

O Lula acha que o Marx é um senhor português que tem um boteco em frente ao sindicato de São Bernardo, que é o Marques com Q-U-E-S.

Chamar o PT de esquerda é uma piada no sentido clássico europeu, é nada.

E chamar o PSDB de social-democrata, no sentido alemão por exemplo, ou inglês, também não é.
Aqui, a esquerda, o centro, a direita… Não tem. 

Então eu prefiro ficar no campo republicano, do respeito, da ética, da coisa pública, de ter um projeto nacional, de acreditar que existem condições concretas de ter um crescimento com medidas ousadas.
Como que medidas ousadas, por exemplo?
No Brasil, muito pouca coisa.
O que nós temos hoje, é que apesar de toda a precariedade, as instituições seguem funcionando. ‘Malemá’, mas vão funcionando.
As instituições seguem funcionando. ‘Malemá’, mas vão funcionando
Tanta gente poderosa que nunca esteve presa como agora – isso é uma coisa que tem que ser ressaltada.
Mas é difícil você falar em termos da estrutura política. 

Teve essa grande renovação, mas será que ela significou uma melhora da qualidade da gestão?
Vamos pegar o Rio de Janeiro, por exemplo: é assustador. 

O caso do governador do Rio: é um desequilibrado. 

Nós temos gestores nos Estados, na maior parte dos Estados, de péssima qualidade. 

Assembléias legislativas horrorosas.
Na Câmara dos Deputados houve uma mudança bastante significativa, mas em termos de qualidade é uma situação desesperadora. 
Nós perdemos o norte, não sabemos por onde caminhar.
Há um mau humor no país, uma irritação muito grande, que a elite política mal consegue dar conta, com 1/4 da população ativa desempregada – e é bom lembrar que nestes 14 milhões, você tem a geração nem-nem (nem trabalha e nem estuda) que é uma bomba para daqui 20 ou 30 anos.
Borbulha a tensão nas regiões metropolitanas, que nós não conhecemos. 

Hoje, no século 21, nós não temos explicadores do Brasil como tivemos no século 20; um Sérgio Buarque de Holanda ou um Gilberto Freyre para explicar, por exemplo, as regiões metropolitanas.

É uma loucura, São Paulo, Rio, BH, Recife, Fortaleza, Porto Alegre. 

A tensão que tem nessas enormes regiões metropolitanas, onde você não tem tratamento de água e esgoto, onde há muita violência, onde não há escola, as pessoas têm medo de ir à escola, a presença do aparelho de Estado, quando existe, é através da polícia. 

São regiões em que há muita tensão.
A impressão que dá é que o Brasil, usando uma imagem gasta, é um barril de pólvora a ponto de explodir.
Muita gente que não está inserida no mercado de trabalho, gente que tem mais de 40 anos e nunca teve um trabalho formal. 

Não dá para dar um panorama otimista frente ao que estou vendo. 

Não há articulação no campo político que consiga compreender esta situação, analisá-la e construir alternativas e saídas para isso. 

Não há interlocutores. O PT em certo momento lá nos anos 80 queria ser o interlocutor das classes populares. 

Hoje no século 21 é uma piada achar que o PT faz isso. Só que não tem ninguém no lugar do PT, nem no campo à direita.
As universidades poderiam estar colaborando muito para o Brasil, mas elas se omitiram no processo de impeachment, falaram pouco e quando falaram era bobagem. 

No processo eleitoral de 2018, a participação foi pífia, e agora as universidades, apesar de todos os problemas em relação ao corte de verbas, não oferecem uma participação analítica do que está ocorrendo no país.
Porque é uma coisa difícil de entender, esse Brasil de hoje. 

Nós nunca tivemos tanto debate político como agora, mas nunca o debate político foi tão pobre, paradoxalmente. 

Nunca se gostou tanto de política como agora, é verdade, mas nunca o debate político foi tão primário como o que nós vivemos; então é interessante.
Você gosta do Partido Novo?
O interessante do Partido Novo é que eles têm um projeto, e eles têm linhas de pensamento que pretendem adotar nas gestões municipais, estaduais e do governo federal, e da ação política no Parlamento. Eu acho legal, isso é bom, isso é positivo. É legal essa disciplina partidária.
Acho que é saudável nesse sentido, sem entrar no mérito das ideias econômicas que eles defendem, mas ao menos tem uma coerência, tem uma ação organizada com muitos poucos parlamentares, o que mostra uma coisa que eu sempre falo: não precisa ter muito parlamentares, são 513 na Câmara. Se você tiver 10, 15 que queiram ter uma atuação organizada, você faz barulho.
E o Ciro?
O Ciro Gomes tem um problema terrível que é a instabilidade emocional, que faz com que ele entre em certas divididas, usando as metáforas futebolísticas, que são desnecessárias. 

Então eu tenho a impressão de que as condições são todas colocadas para o Ciro, ou para alguém mais combativo, e que tem algo a dizer; a bola é cruzada na área. É só chegar e bater. Mas ele não consegue bater, ou ele joga por cima, fazendo uma coisa incrível, ou ele fura, dá uma grande furada. Então o que acontece é que a bola continua circulando,  e quem é que pode utilizar, quem é que pode tentar fazer o gol?
E o Centrão?
Aí aparece uma figura exótica, que são os pernas de pau, mas que estão ali, jogando, como outros tantos, que é o Centrão.
Na medida em que há uma ausência de centro-esquerda e de centro-direita no debate  político brasileiro, o Centrão, que é difícil de ser definido ideologicamente, é que acaba se posicionando como oposição. Incrível isso. 

Nós vivemos num momento de um vazio de debate político-ideológico. 

O governo não consegue se construir em termos políticos e ideológicos. 

Esse governo é o que? É liberal?  É conservador? Em alguns momentos ele é reacionário, que não tem nada a ver com liberal e com conservador. Pra você ver, o Centrão acabou virando oposição.
Incrível isso. O Centrão acabou virando oposição
Você teve um momento entre 2015 e 2016 em que se tornou mais conhecido pelos ataques ao PT.
Eu sempre segui minha leitura de que o PT ia ser um desastre para o país. 

Quando veio o governo Temer, ainda na transição e depois no início de 2017, eu cheguei até a participar de algumas reuniões. 

Eu não ia lá para ganhar nada e nem tinha nenhum interesse pecuniário de fazer negócios com o Estado, de prestar serviço, nada disso, eu continuava fazendo todas as minhas coisas, eu ia lá e falava que eu tô falando para você, como eu falo em qualquer lugar minhas opiniões e sugestões ao governo.
Mas resolvi não participar mais daquilo quando veio o escândalo JBS. Foi um impacto.
O que dá para ser dito sobre esse episódio da Jovem Pan?
A grande questão é que eu fiquei muito triste com isso, achei um ato desleal, e claro que eu tô pensando o que eu vou fazer daqui para frente, mas dei uma resposta ao menos para o meu público. 

Quando eu digo ‘meu público’ é muita pretensão, mas já passei dos 117.000 inscritos em duas semanas de canal no YouTube e ainda nem fiz grandes campanhas. Estou fazendo em média cinco vídeos por dia.
Foram quantos anos na Jovem Pan?
4 anos e meio. Muita gente telefonou, protestou com meu afastamento. No meu caso a repercussão foi fabulosa. Eles não esperavam. Não vamos nomear, mas outros que saíram, não aconteceu nenhuma repercussão. Recebi milhares de apoios, recebi telefonemas de prefeitos, governadores, deputados, de dois ministros do STF.
Qual acha que foi o estopim?

Acho que foi pelo conjunto. 

Não foi a primeira vez que me falaram que eu precisava tirar férias. 
Nos últimos três meses, isso era sistemático. Parece meio a União Soviética. 

Na União Soviética quando alguém sumia, oficialmente era ‘desaparecido’, era ‘forte gripe’. Eu fui ‘readequação administrativa’, que é o que está escrito na carta de afastamento temporário que recebi. 

Fiquei muito puto da vida, achei uma deslealdade com todo trabalho, com toda a seriedade que eu sempre levei ao serviço. 

Essa questão de não faltar, de estar presente. 

Eu acordava sempre às 4 da manhã, lia todos os jornais, os sites, entrava ligado no ar. Saía morto, em condições lamentáveis. 

Cheguei a fazer coberturas contínuas com quase 16 horas no ar, como no episódio em que o Lula foi preso. 

E naquele dia, o canal da Jovem Pan teve 12 milhões de visualizações. 

Agora nas eleições fiquei 11 horas consecutivos no ar, nem ao banheiro eu fui, de tão ligado que estava. 

Eu tenho compromisso com quem me ouve.
Para conferir no Estadão:

Memes do Pato arrependido

 


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