Moraes afirma que reunião com Galípolo foi para discutir Lei Magnitsky - Malu Gaspar precisa trazer provas de que Moraes esconde conversas sobre o Master

 

Malu Gaspar precisa trazer provas de que Moraes esconde conversas sobre o Master

 Atualizado em 23 de dezembro de 2025 às 15:06 
Alexandre de Moraes e Gabriel Galípolo. Fotos: Rosinei Coutinho/STF e Marcelo Camargo/Agência Brasil

Em publicação no X, o jornalista José Paulo Kupfer, colunista do UOL, afirmou que Malu Gaspar, do jornal O Globo, precisa “trazer provas” de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes conversou sobre o caso do Banco Master com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo.

Kupfer aponta que, diante da explicação do ministro de que as reuniões com dirigentes bancários trataram exclusivamente da Lei Magnitsky, a jornalista agora tem a tarefa de mostrar que o Banco Master foi o tema das discussões.

“Regras do jornalismo: diante da nota do ministro Moraes, afirmando que reuniões com Galípolo (e outras com dirigentes de bancos) só trataram da Lei Magnitsky, a colega Malu Gaspar agora tem de trazer provas de que Moraes está sonegando que as conversas envolveram o caso Master, escreveu em post no X.

Segundo a reportagem da jornalista, Moraes procurou Galípolo para discutir o caso Master pelo menos quatro vezes, incluindo três ligações e um encontro presencial. Durante essas reuniões, o magistrado teria pedido ao presidente do Banco Central que aprovasse a venda do banco ao BRB, além de demonstrar simpatia pelo banqueiro Daniel Vorcaro.

Em resposta à reportagem de Gaspar, Moraes se explicou, afirmando que as reuniões com Galípolo e outros dirigentes bancários se concentraram exclusivamente nas consequências da aplicação da Lei Magnitsky, e não no Banco Master.

“Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei”, afirmou Moraes. Segundo ele, os encontros discutiram a manutenção de contas correntes e movimentações bancárias, sem qualquer relação com o banco de Vorcaro.

A jornalista afirmou ter ouvido seis fontes sobre o episódio e uma delas teria recebido informações do próprio ministro, enquanto as outras cinco souberam do contato por meio do presidente do Banco Central.

O que realmente está acontecendo é uma ofensiva contra o STF. O mau cheiro engloba a histeria coletiva — inclusive de parte de “setores progressistas” — em torno de um “acordão” do Congresso, do Executivo e do Supremo para aprovar o PL da Dosimetria. Tudo, novamente, baseado em especulação, em fontes em off e na eventual criminalização da política.

https://www.diariodocentrodomundo.com.br/malu-gaspar-precisa-trazer-provas-de-que-moraes-esconde-conversas-sobre-o-master/

Moraes afirma que reunião com Galípolo foi para discutir Lei Magnitsky

Ministro divulgou nota após jornal O Globo noticiar que ele teria procurado Galípolo para interceder pelo Banco Master
23/12/2025 | 10h21 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta terça-feira (23), em nota à imprensa, a reunião que teve com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, foi para discutir as consequências da aplicação da Lei Magnitsky, imposta pelo governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, contra ele.

A nota foi divulgada após a jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo, noticiar que Moraes teria procurado Galípolo para interceder pelo Banco Master, de Daniel Vorcaro, junto ao Banco Central em pelo menos quatro ocasiões. O ministro não cita o banco da nota.

Segundo Moraes, também foram feitas reuniões individuais com o presidente jurídico do Banco Itaú e com a presidente do Banco do Brasil, além de um encontro coletivo com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú para debater a aplicação da Lei Magnitsky.

“Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito”, afirmou.

Na segunda-feira (22), o jornal O Globo afirmou que Moraes teria dito, em uma das conversas com Galípolo, que gostava de Vorcaro e afirmou que o Master era combatido por estar tomando espaço dos grandes bancos. Esse argumento era frequentemente utilizado por Daniel Vorcaro. O ministro teria pedido, ainda, que o BC aprovasse o negócio com o BRB, que tinha sido anunciado em março, mas estava, à época, pendente de autorização da autarquia, o que não ocorreu.

Na conversa, Gabriel Galípolo teria informado a Moraes que os técnicos do BC tinham descoberto as fraudes no repasse de R$ 12,2 bilhões em créditos do Master para o BRB. O ministro teria, então, reconhecido que, se a fraude ficasse comprovada, o negócio não teria como ser aprovado.

Em 18 de novembro, a Polícia Federal prendeu Vorcaro e outros seis executivos acusados de envolvimento com as fraudes. O BC, no mesmo dia, decretou a liquidação extrajudicial do Master. O Master foi alvo da Operação Compliance Zero, que combate a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras que integram o Sistema Financeiro Nacional.

Moraes Moraes afirma que reunião com Galípolo foi para discutir Lei Magnitsky
Moraes afirma que reunião com Galípolo foi para discutir Lei Magnitsky (Foto: EBC)

Escritória da esposa de Moraes mantinha contrato milionário com Banco Master

O escritório de advocacia de Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, mantinha um contrato com o Banco Master, de Daniel Vorcaro, que previa o pagamento de R$ 129 milhões ao longo de três anos.

O contrato da esposa de Moraes com o banco determinava a prestação de serviços de consultoria e assessoria jurídica ao banco, com remuneração mensal prevista de R$ 3,6 milhões a partir do início de 2024. O documento foi localizado pela Polícia Federal (PF) durante a Operação Compliance Zero. As informações foram reveladas pelo jornal O Globo.

O documento foi encontrado no celular de Vorcaro, com detalhes sobre a remuneração e o escopo dos serviços. O contrato determinava que o escritório deveria representar o banco “onde for necessário”, sempre que acionado. Caso tivesse sido integralmente executado, o acordo renderia R$ 129 milhões ao escritório, montante que não será pago devido à liquidação extrajudicial do banco.

O senador Alessandro Vieira (MDB) anunciou que irá coletar assinaturas, após o recesso parlamentar, para a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar denúncias envolvendo um contrato firmado entre o Banco Master e o escritório da família do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O acordo, estimado em R$ 129 milhões, foi classificado pelo parlamentar como fora dos padrões da advocacia.

Segundo Vieira, além do valor do contrato, há denúncias de possível atuação direta do ministro em favor da instituição financeira, o que, se confirmado, seria incompatível com o exercício da magistratura.

Leia a nota de Moraes na íntegra:

“O Ministro Alexandre de Moraes esclarece que, em virtude da aplicação da Lei Magnistiky, recebeu para reuniões o presidente do Banco Central, a presidente do Banco do Brasil, o Presidente e o vice-presidente Jurídico do Banco Itaú. Além disso, participou de reunião conjunta com os Presidentes da Confederação Nacional das Instituições Financeira, da FEBRABAN, do BTG e os vice-presidentes do Santander e Itaú. Em todas as reuniões, foram tratados exclusivamente assuntos específicos sobre as graves consequências da aplicação da referida lei, em especial a possibilidade de manutenção de movimentação bancária, contas correntes, cartões de crédito e débito.”

 https://iclnoticias.com.br/moraes-afirma-que-reuniao-com-galipolo/

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