Marqueteiro de Tarcísio já arrisca data da prisão de Bolsonaro e lança governador à presidência
Marqueteiro de Tarcísio já arrisca data da prisão de Bolsonaro e lança governador à presidência
Pablo Nobel ainda admite fracasso do projeto da anistia a golpistas e faz sugestões de chapas para 2026 sem o ex-presidente
Por Ivan Longo
Escrito POLÍTICA 20/3/2025 · 11:45 hs
O argentino Pablo Nobel, marqueteiro de Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos) nas eleições de 2022, já arrisca uma data para a prisão de Jair Bolsonaro e lança o governador de São Paulo à presidência em 2026 – apesar de ponderar que o mandatário estadual é leal ao ex-presidente.
Em entrevista a Thiago Prado, colunista do jornal O Globo, divulgada nesta quarta-feira (19), Nobel disse que Tarcísio, nome mais cotado para ser o representante da extrema direita na corrida Palácio do Planalto nas próximas eleições, aguardará uma posição de Bolsonaro até meia noite do dia 31 de março do ano que vem para decidir se sai ou não candidato. Trata-se da data limite para renunciar ao governo do estado e poder concorrer à presidência.
"Está claro para todos que Tarcísio é absolutamente leal a Bolsonaro e que não fará nenhum movimento para prejudicá-lo, ao contrário, vai fazer de tudo para ajudá-lo. Mesmo que seja até 31 de março do ano que vem (data obrigatória para se desincompatibilizar caso queira ser candidato a presidente), Tarcísio vai esperar uma decisão do Bolsonaro para dar os próximos passos. Estaremos sentados até meia-noite aguardando o que ele vai dizer. Não existe ser candidato ao Planalto contra a vontade do ex-presidente", declarou o marqueteiro.
Nobel, contudo, já trabalha com um cenário eleitoral sem Bolsonaro pois, segundo ele, o ex-presidente, que está inelegível até 2030, deve ser preso em setembro. O extremista que ocupou a chefia do Executivo brasileiro foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado deve se tornar réu ainda neste mês de março. A partir de então, inicia-se a ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) que deve levá-lo à prisão.
"Bolsonaro ainda acha que será o protagonista na eleição de 2026. Esse clique de que pode ser diferente ainda não aconteceu (...) Mas, usando outra expressão popular de vocês: muita água ainda vai passar debaixo dessa ponte. Não sei se a virada estará aí, sinceramente. Mas, sim, acho que será preso provavelmente em setembro", disparou o marqueteiro.
Diante deste cenário, Nobel não só já lança Tarcísio à presidência, bem como sugere quem ocuparia a candidatura de vice e quem seria o candidato ao governo de São Paulo, já que o atual governador estaria concorrendo ao Palácio do Planalto.
Segundo o marqueteiro, Michelle Bolsonaro seria a vice ideal de Tarcísio. "Por três fatores: é uma mulher, traz o sobrenome Bolsonaro para dentro da chapa e tem capacidade de dialogar com o segmento evangélico. Tarcísio é católico, seria ótimo", avaliou.
Para o governo de São Paulo, Pablo Nobel sugere o nome do atual secretário de Segurança Pública do Estado, Guilherme Derrite.
Fracasso da manifestação bolsonarista e da anistia aos golpistas
Pablo Nobel reconheceu, na mesma entrevista, o fracasso da manifestação bolsonarista na praia de Copacabana no último domingo (16), que contou com a participação de Bolsonaro e Tarcísio.
O marqueteiro avalia que não há um interesse massivo da população na anistia aos golpistas, principal pauta da manifestação na capital fluminense.
"Entendo que os números deixaram a desejar no domingo e que, na verdade, inexiste esse interesse todo das pessoas na anistia. Está claro que não estamos diante de uma paixão de multidões. Acho, inclusive, que os organizadores do ato se perderam ao focar apenas na anistia e deixar de lado o 'Fora Lula'. Poderia ter ido mais gente se fosse o contrário", analisou.
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