André do Prado, do PL, é eleito presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo

 Deputado apoiado por Tarcísio de Freitas recebeu 89 votos, ante cinco dados a Carlos Giannazi (Psol). Petista Teonílio Barba será o 1º secretário

www.brasil247.com - Deputado André do Prado comemora eleição para presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp)
Deputado André do Prado comemora eleição para presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) (Foto: Agência Alesp)

Rede Brasil Atual - Com amplo acordo partidário, o deputado André do Prado (PL) foi eleito na tarde desta quarta-feira (15) para a presidência da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Ele recebeu 89 dos 94 votos da Casa (94,7% do total). Já Carlos Giannazi (Psol) teve cinco. Com isso, a Casa deixa de ter um presidente ligado ao PSDB – o atual era Carlão Pignatari.

 A eleição ocorreu logo após a posse formal da 20ª legislatura. 

A Mesa Diretora da Assembleia tem nove integrantes: presidente e dois secretários, além de seis membros substitutos. Prado é de Guararema, na Grande São Paulo, onde foi vereador e prefeito. Iniciou seu quarto mandato no parlamento estadual.

 O PT, que tem a segunda maior bancada, indicou para a 1ª secretaria da Casa o deputado Teonílio Barba (PT). “Faremos uma oposição responsável, mas com muita firmeza, ao governista privatista do Tarcísio (de Freitas)”, disse Barba, que tem origem no sindicalismo: foi diretor do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Já o 2º secretário será Rogério Nogueira (PSDB).

 “Essa tribuna continuará aberta e plural”, garantiu o novo presidente. “As divergências políticas estão respeitadas. Os excessos serão coibidos. Fomos eleitos para dar resultado”, acrescentou Prado, que juntou em seu discurso o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães.

 Proporcionalidade

 A votação de Prado – que apesar de ser do partido do ex-presidente da República é considerado mais “conciliador” – obedece ao princípio da proporcionalidade. O PL tem a maior bancada da Casa, com 19 deputados.

 Foi essa a argumentação da bancada do PT, que tem 18 parlamentares, entre eles outros dois com origem sindical: Luiz Cláudio Marcolino, bancário de São Paulo, e Professora Bebel, da Apeoesp (professores da rede pública estadual)

 Candidato mais votado nas eleições de 2022 (807 mil votos), o ex-senador e ex-vereador Eduardo Suplicy reiterou ter “afinidade muito grande com o Psol e com Giannazi”, mas disse seguir orientação partidária. E aproveitou para recomendar ao novo presidente da Assembleia “que abrace também a renda básica de cidadania universal e incondicional”.

 Puxadinho dos Bandeirantes

 Carlos Giannazi havia pedido cinco minutos para cada candidato, para debate, mas Pignatari negou. O deputado do Psol disse esperar que a Casa “não seja nunca mais um puxadinho do Palácio dos Bandeirantes”, referência à sede do governo estadual.

 Na primeira parte da sessão, o governador paulista, Tarcísio de Freitas (Republicanos), transmitiu mensagem aos deputados estaduais. “Espero uma postura de diálogo. Entendemos que governo do estado e Assembleia Legislativa caminharão juntos, governarão juntos.”

 De 94 deputados, 55 foram reeleitos

 O único momento um pouco mais tenso da sessão foi quando a deputada Analice Fernandes (PSDB) pediu a palavra para observar que dois homens haviam sido convidados para acompanhar a votação. Foi interrompida várias vezes por Pignatari. “Somos 25 (mulheres deputadas) e merecemos respeito sempre.”

 Assim, dos 94 deputados paulistas, 55 foram reeleitos, 32 estão em primeiro mandato e sete retornam à Casa. O decano é Mauro Bragato (PSDB), que inicia o seu 11º mandato. 

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