Lira desenha aproximação a Lula num pós-eleição

 Nonato Viegas

nonato.viegas@obastidor.com.br

Publicada em 17/05/2022 às 16:07

Arthur Lira é um político pragmático. Para chegar a presidente da Câmara, ele contou com o apoio de partidos da direita e de esquerda. Eleito,

 passou a atender, de modo geral, aos interesses do governo, embora breque pautas mais ideológicas, ao mesmo tempo que deu uma cadeira na Mesa Diretora ao PT.

Ninguém discute sua proximidade com o governo ou com o presidente Jair Bolsonaro. Em Alagoas, não poderia ser diferente, já que seus principais adversários no estado, os Calheiros, estão com o ex-presidente Lula. Mas Lira quer se reeleger presidente da Câmara em 2023 independentemente de quem for eleito para ocupar a Presidência da República.

Por isso, fontes ligadas a Lira afirmam que o presidente da Câmara pretende fazer gestos nos próximos meses para parlamentares de legendas de centro-esquerda, inclusive o PT. O deputado quer atrair aliados mesmo dentro de partidos que não fechem posição para reelegê-lo.

No início dessa legislatura, foi o que Lira fez com Marília Arraes - naquela época uma petista; hoje no Solidariedade. Arraes e outros petistas decidiram apoiá-lo. Eleito, Lira deu a ela a segunda-secretaria da Câmara.

Lula já comparou Arthur Lira ao imperador do Japão ao tratar do semipresidencialismo. 

Não importa. De acordo com aliados do presidente da Câmara, se Lula for eleito, Lira vai se aproximar de quem for necessário para garantir a sua reeleição na Câmara. 

https://obastidor.com.br/politica/lira-desenha-aproximacao-a-lula-num-pos-eleicao-3405

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