Lira: crise da Covid pode levar a 'remédios políticos amargos, alguns fatais'









Em discurso na Câmara, Arthur Lira subiu o tom contra o governo e cobrou correção de rumos para debelar a crise sanitária da Covid. Sem falar a palavra impeachment, disse que “os remédios políticos no Parlamento são conhecidos e são todos amargos, alguns, fatais”.

A afirmação ocorre horas após uma reunião de Lira com Jair Bolsonaro e Luiz Fux para a criação de um comitê de crise da pandemia e no momento em que cresce a pressão pelo impeachment do presidente e pela abertura de uma CPI para investigar a atuação do governo.

“Estou apertando hoje um sinal amarelo para quem quiser enxergar: não vamos continuar aqui votando e seguindo um protocolo legislativo com o compromisso de não errar com o país se, fora daqui, erros primários, erros desnecessários, erros inúteis, erros que que são muito menores do que os acertos cometidos continuarem a serem praticados”, disse. 

Afirmou ainda que “que o momento é grave” e que “tudo tem limite”.

Ele falou durante a votação de projeto que desconta do imposto de renda contratação de leitos privados para liberar vagas no SUS. 

“CPIs ou lockdowns parlamentares, medidas com níveis decrescentes de danos políticos, devem ser evitados. Mas isso não depende apenas desta Casa. Depende também, e sobretudo, daqueles que fora daqui precisam ter a sensibilidade de que o momento é grave, a solidariedade é grande, mas tudo tem limite“, disse, numa referência indireta ao Executivo. 

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