A Caixa Econômica Federal está preparada para começar o pagamento da segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 (R$ 1,2 mil para mães solteiras), mas depende da definição do novo calendário de pagamentos pelo governo federal, disse nesta segunda (11) o vice-presidente da Rede de Varejo do banco, Paulo Henrique Angelo.
Segundo ele, a instituição financeira, no momento, está concentrada em concluir o pagamento da primeira parcela.
“A Caixa está preparada para iniciar o pagamento da segunda parcela, a partir de todas as medidas que já adotamos, e esperamos que tenha um pagamento mais tranquilo. Estamos agora focados em finalizar o pagamento da primeira parcela e, assim que o governo divulgar o calendário da segunda parcela, a Caixa prestará as informações sobre a operação de pagamento”, declarou em entrevista coletiva.
Previsto inicialmente para começar em 27 de abril, o pagamento da segunda parcela foi adiado para o mês de maio porque o número de inscritos para o benefício foi maior que o previsto, o que levou o governo a pedir um crédito suplementar no Orçamento.
O Ministério da Cidadania informou que o novo calendário pode ser divulgado nesta terça.
No mês passado, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, chegou a informar que o pagamento da segunda parcela seria antecipado para 23 de abril dias antes de o Ministério da Cidadania anunciar o adiamento.
Audiência em Comissão Mista
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou durante audiência pública da Comissão Mista de acompanhamento de gastos com a Covid-19, realizada nesta segunda, que o novo calendário será divulgado “muito em breve”, com foco no combate às filas nas agências.
“Nós já reduzimos drasticamente ou terminamos as filas nos últimos sete dias. Certamente é algo muito importante, um foco para a segunda parcela. Não posso adiantar (detalhes) porque estamos fechando ainda com o presidente da República. Vamos anunciar muito em breve”, disse aos parlamentares.
Diante das imagens de pessoas que chegam a dormir na fila para conseguir o auxílio emergencial durante a pandemia, Guimarães responsabilizou a “mídia” por “muitas vezes criar algo que não existe”. Ele reconheceu que a primeira semana de pagamento do auxílio foi mais “intensa”, mas agora diz que as filas foram reduzidas drasticamente.
“Não tem fila mais. E isso não é ontem, não, é desde quarta-feira da semana passada, quando estávamos pagando, sim. E, mesmo na semana passada, as filas terminavam 10h, 11h, 12h. São 4.200 agências. E, certamente, você vai ter 10, 20, 30, 50, 100 em que acaba 13h, 14h. Não é nem de perto uma situação em que as pessoas não vão receber (o auxílio). Se nós não falarmos a realidade fica difícil”, declarou.
Na visão do presidente da Caixa, o número daqueles que optaram pelo saque do auxílio em espécie mostra “o público mais carente” “São as pessoas que precisam de auxílio mesmo para o saque. Temos 7 milhões de pessoas que irão, sim, para as agências”, disse.
*Com informações da Agência Brasil e Estadão Conteúdo