Bombeiros registram 16 ocorrências com elevadores nas cidades da região - Cuidados na utilização de elevadores ganharam maior destaque após dois acidentes com esses aparelhos em SP

O Corpo de Bombeiros registrou 16 ocorrências com elevadores no Alto Tietê durante o ano de 2019. Os casos mais comuns foram de pessoas que precisaram ser retiradas do interior dos elevadores. Não houve nenhuma morte.

Os cuidados na utilização de elevadores ganharam maior destaque após dois acidentes com esses aparelhos acontecerem em um período de oito dias em São Paulo. No primeiro, uma cabine despencou do nono andar e matou quatro pessoas da mesma família em um prédio residencial em Santos, no litoral paulista, no último dia 30. No dia 6, outro elevador caiu em Cotia, deixando três pessoas feridas.

Na região, todas as 10 cidades foram consultadas sobre o número de elevadores. A Prefeitura de Mogi informou que fiscaliza 76 prédios que contam com um ou mais aparelhos. No trabalho de fiscalização, são verificados o Relatório de Inspeção Anual (RIA), a existência das placas/plaquetas obrigatórias por lei, se há pelo menos uma cadeira de rodas para atender a locomoção de pessoas que a lei especifica e o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

Em Guararema, são 5 edificações que possuem entre elevadores e plataformas. O Código de Obras da cidade dispõe que o proprietário do imóvel deve solicitar o licenciamento de elevadores e aparelhos permanentes de transporte de passageiros e cargas, que deve ser renovado anualmente.

Em nota, a Prefeitura de Biritiba Mirim informou que a cidade não possui elevadores. As outras cidades consultadas não responderam aos e-mails enviados.

Ao jornal O Estado de São Paulo, o presidente do Sindicato das Empresas de Elevadores do Estado de São Paulo (Seciesp), Marcelo Braga, estima que o número de elevadores na capital paulista seja 1/5 do total de elevadores do País. 

A legislação na cidade faz com que os elevadores sejam mais seguros em São Paulo do que em outros locais. "Por conta de uma legislação mais rígida, temos, aproximadamente, 10 vezes menos chances de acidentes do que em outro lugar. Desde que sejam feitas as manutenções, o elevador é um meio seguro", disse.

Três fatores podem parar um elevador: queda de energia, excesso de peso e brincadeiras no interior da cabine, que causem balanço e solavancos. Nestes casos, segundo o Corpo de Bombeiros, é importante que o usuário entenda que o elevador é um local seguro, com entradas de ar e sistemas que impedem a queda da cabine.

A corporação recomenda que seja realizada a manutenção mensal nos aparelhos. A validade está ligada diretamente ao uso correto do elevador. Também é importante que o interfone seja testado periodicamente, já que é um elemento importante em caso de emergência.

Olhar para a cabine para ver se ela está no andar solicitado e atentar-se ao degrau para crianças e idosos é o primeiro passo para evitar acidentes com elevadores.
Por Daniel Marques - da Região

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