Apeoesp rejeita proposta de alterar o calendário escolar

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) realizou uma assembleia estadual, na sexta-feira passada, na qual, por unanimidade, os docentes rejeitaram a nova proposta do governo do Estado em colocar recessos de uma semana no fim do primeiro e terceiro bimestre nas escolas estaduais, no próximo ano. 
E, com a discordância, o assunto entrará na pauta da greve nacional da Educação, marcada para o dia 15 de maio.
A greve geral dos professores foi organizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) em defesa das escolas públicas e para a melhoria do ensino. 
Ela também vai contar um abaixo-assinado dos professores contrários à mudança no calendário das aulas. Além disso, será realizada, no dia 14 de junho, uma paralisação organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores Centrais.
O assunto veio à tona após o governador João Doria (PSDB) e os secretários de Estado da Educação e do Turismo, Rossieli Soares e Vinicius Lummertz, anunciarem, na semana passada, um novo formato de quatro período de férias por ano, tendo recessos de uma e duas semanas no ano e continuando com as férias de julho e de dezembro.
De acordo com a diretora executiva da subsede da Apeoesp de Itaquaquecetuba, Maria de Lurdes, os docentes recusaram a nova proposta porque ela vai atrasar o rendimento dos alunos e os motivos dessa alteração no calendário escolar são inconsistentes. 
"Os pais não vão conseguir se organizar para deixar seus filhos pequenos sobre os cuidados de outras pessoas em períodos mais fragmentados e, talvez, também não tenham renda para isso", explicou.
Maria também afirmou que os adolescentes vão ter mais tempo ocioso, o que deveria ser ao contrário.
A diretora estadual da Apeoesp, que também atua na subsede de Suzano, disse que o Estado deveria se preocupar com outras questões emergenciais e não com o calendário que já está aprovado e colocado em prática nas escolas. 
"A prioridade agora não é essa, medidas de segurança, por exemplo, têm urgência para serem aprimoradas e precisam de mais atenção", criticou.
*Texto supervisionado pelo editor. - Thamires Marcelino*

Prefeituras devem discutir a alteração

Além da Apeoesp, as prefeituras da região também foram questionadas pela reportagem sobra a mudança, porém, a maioria dos executivos municipais precisa de um tempo maior para discutir a ideia.

Além da Apeoesp, as prefeituras da região também foram questionadas pela reportagem sobra a mudança, porém, a maioria dos executivos municipais precisa de um tempo maior para discutir a ideia. 
Suzano afirmou que é preciso refletir se esta alteração pode ou não atrapalhar as famílias, já que normalmente no fim de dezembro e em janeiro, as famílias se programam para tomar conta dos filhos menores que estão em férias. 
"A pasta avalia que o tema deve ser bem estudado, já que a mudança pode ser adequada à faixa etária atendida pelo Estado (crianças mais velhas e adolescentes, que são mais independentes), mas pode ter complicações na implantação em nível municipal (que atende bebês e crianças mais novas na Educação Infantil e Ciclo I do Ensino Fundamental)''.
Em Ferraz de Vasconcelos, a Secretaria de Educação explicou que o calendário é feito pelo grupo de supervisores e diretores e aprovado pelo Conselho Municipal de Educação e que será feito estudos sobre um calendário mais adequado. 
A prefeitura disse, também, que a melhoria da educação não está relacionada às férias e sim ao trabalho efetivo de professores e alunos.
Segundo a secretária de Educação de Mogi das Cruzes, Juliana Guedes Melo, a pasta ainda está analisando as mudanças e que o assunto não foi discutido com o prefeito Marcus Melo (PSDB), porém, Juliana afirmou que não há pretensão de adesão do modelo e que não tem uma opinião formada sobre o assunto.
Itaquaquecetuba informou que está aguardando informações e a oficialização por parte do Estado sobre o novo modelo de férias. A administração também disse que está procurando acompanhar o período estipulado para que seja um fator facilitador para as famílias. 
Em Poá, a prefeitura afirmou que a proposta será analisada pela Secretaria Municipal de Educação.
*Texto supervisionado pelo editor. - Thamires Marcelino* - http://www.portalnews.com.br/

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