Mogi das Cruzes - Cinturão Verde é responsável por produzir anualmente mais de 560 mil toneladas de hortaliças e 31 mil de frutas
Luana Nogueira

A agricultura movimenta mais de R$ 450 milhões em Mogi das Cruzes a cada ano.
O Cinturão Verde, principal área produtiva do Estado de São Paulo , é responsável por produzir anualmente cerca de 560 mil toneladas de hortaliças.
Toda esta produtividade não existiria se não fossem os agricultores, que trabalham a terra e cultivam os produtos que chegam diariamente às mesas dos mogianos.
Ontem, foi celebrado o dia desses trabalhadores.
De acordo com a Secretaria de Agricultura, a cada ano Mogi produz 31 mil toneladas de frutas, o que representa um faturamento médio de R$ 60 milhões.
O caqui e a nêspera são os grandes destaques da lista da cidade.
Além da produção de hortaliças e frutas, Mogi também se destaca no cultivo de flores.
Nos últimos anos, a cidade ficou conhecida como a capital nacional das orquídeas.
Anualmente, são cultivados 12 milhões de vasos e 2,5 milhões de maços de flores.

O município tem mais de 2,5 mil variedades de plantas e é considerado ainda o maior produtor de hortênsias do Brasil.
O faturamento estimado do setor
é de R$ 100 milhões.
Mogi também é líder nacional em produção de cogumelos.
A estimativa é que a cidade concentre sozinha 60% dos produtores do País.
Entre champignon, shitaki, shimeji, portobello e outras variedades, o município produz 4,7 mil toneladas.
A estimativa é que os cogumelos movimentem R$ 22 milhões a cada ano.
O presidente do Sindicato Rural, Minoru Mori, avaliou que a agricultura chegou a ser afetada pela crise, mas destacou que ela representa uma das principais fatias da economia de Mogi.
"Tivemos redução nos preços dos produtos e queda no consumo, mas os insumos subiram, como o combustível e a mão de obra. Hoje, os agricultores estão aguardando um mercado favorável.
Mogi possui os setores da indústria, comércio, serviço e educação muito desenvolvidos, mas a agricultura tem um papel muito importante na economia", acrescentou.
Mori ressaltou que além do papel na economia, a agricultura também atua positivamente na preservação do meio ambiente.
"Onde existe a produção, a água é limpa e colaboramos com a preservação. O que temos que comemorar é que há alguns anos sofremos com a crise hídrica, mas agora os reservatórios já estão em um nível bom".
De acordo com Mori, a agricultura é uma das principais empregadoras da cidade.
"Registramos demissões por causa da crise, mas percentualmente não foi grande. Os produtores preferem deixar de investir em maquinários e em melhorias para evitar as demissões", ressaltou.
Mão de obra
O presidente do Sindicato dos Assalariados e da Agricultura Familiar, Benedito de Almeida, estima que o município empregue cerca de 3 mil pessoas na agricultura.
"Ela é o alicerce de Mogi, temos muitas empresas e indústrias, mas quem alimenta a população é a agricultura. No momento de crise, acredito que foi o setor que segurou a economia", ressaltou.
Almeida avaliou que o maior volume de produção de Mogi vem das hortaliças, mas ressaltou que o município tem uma grande variedade de produtos.
"Dentro da região, Mogi é a cidade mais forte na produção. Além das hortaliças, produzimos cogumelos, flores e frutas. O mais importante é que conseguimos entregar produtos frescos, saudáveis e com um preço acessível", disse.
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