Empresários criticam alta de imposto e defendem reformas e cortes de gastos 'O que é isso, ministro', diz Fiesp; 'País precisa de reformas, e não de mais impostos', afirma Firjan; veja a repercussão do anúncio do governo.



As entidades que representam os empresários criticaram a decisão do governo federal de elevar o imposto sobre os combustíveis. Para elas, a melhor solução é o corte de gastos e a realização das reformas da Previdência e tributária.
Por G1
A avalição dos empresários contrasta com a visão dos economistas, que elogiaram a decisão e entendem que ela é necessária para equilibrar as contas públicas.
Veja trechos dos comunicados das entidades sobre o anúncio:

Fiesp

"O que é isso ministro? Mais imposto?
Há apenas 3 meses, cobramos publicamente o ministro da Fazenda sobre suas declarações de que pretendia aumentar impostos. Fomos ouvidos.
Nesta semana, ficamos indignados com o anúncio da alta de impostos sobre os combustíveis.
Ministro, aumentar imposto não vai resolver a crise; pelo contrário, irá agravá-la bem no momento em que a atividade econômica já dá sinais de retomada, com impactos positivos na arrecadação em junho.
Todos sabem que o caminho correto é cortar gastos, aumentar a eficiência e reduzir o desperdício.
A FIESP mantém sua coerência. Desde 2015 empreendemos forte campanha contra o aumento de impostos, que obteve amplo respaldo popular, com 1,2 milhão de assinaturas. Conseguimos evitar a recriação da CPMF e outras tentativas de aumento de impostos.
Mantemos nossas bandeiras e convicções, independentemente de governos. Somos contra o aumento de impostos porque acreditamos que isso é prejudicial para o conjunto da sociedade. Não cansaremos de repetir: Chega de Pagar o Pato. Diga não ao aumento de impostos! Ontem, hoje e sempre."

Firjan

"O Sistema FIRJAN reforça sua posição de que a saída para a crise fiscal não passa por mais aumento de impostos, mas na adequação dos gastos públicos ao novo cenário econômico e na urgência da aprovação da reforma da previdência.
O País precisa de reformas, e não de mais impostos. Além de um teto para os gastos, o Brasil necessita de um teto para os impostos. Essa é a proposta do Sistema FIRJAN.
Não é o momento de onerar o custo do transporte e da produção para as indústrias, que tentam sobreviver à pior recessão da história. No Brasil e no Estado do Rio será registrado, em 2017, um novo recorde de fechamento de empresas.
No primeiro semestre foram fechadas 8.151 empresas no Estado do Rio, quase 40% acima do registrado no mesmo período em 2016. Na prática, isso significa que novos aumentos de impostos podem resultar em queda, e não em aumento da arrecadação, simplesmente porque o próprio fisco está expulsando os contribuintes da base de arrecadação tributária."

CNDL

"A Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) defende que a maneira mais eficaz, justa e equitativa para se aumentar a arrecadação é estimular o crescimento econômico. Basta verificar que neste primeiro semestre de 2017 já houve um aumento da arrecadação em decorrência, exclusiva, do aquecimento da economia, ainda que inicial.
Qualquer tipo de medida que traga aumento de impostos acaba concentrando, ainda mais, a arrecadação tributária nas mãos de poucos em detrimento de uma distribuição mais equitativa da carga tributária.
A CNDL é a favor de uma reforma tributária ampla que corrija distorções e que permita o crescimento do setor produtivo para a geração de mais empregos e mais renda. A arrecadação tributária pode ser aumentada com o crescimento econômico, sem a necessidade de criação de impostos e aumento de alíquotas que penalizem setores específicos.
Quando se criam taxas, impostos em cima do setor de combustíveis, isso afeta o custo dos combustíveis, o transporte de matérias primas, de produtos industrializados, o que acaba recaindo sobre o consumidor final. Hoje, a carga tributária é muito concentrada em setores distintos."

Postagens mais visitadas deste blog