Governo lançará ações de inclusão produtiva para beneficiários do Bolsa Família

O ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, informou hoje (13), no Rio de Janeiro, que o governo vai lançar, no fim deste mês, um pacote de medidas de inclusão produtiva para os beneficiários do Bolsa Família. 

Entre as iniciativas, está a manutenção do benefício por até dois anos para quem conseguir um emprego com carteira de trabalho assinada. 

 “Se a pessoa consegue um trabalho remunerado e formal, ela tem que ser incentivada, não pode ser punida com a perda do Bolsa Família. 

Ela tem que ter mais um ou dois anos recebendo o Bolsa Família até ter uma estrutura mais estável de emprego. 

Se depois perder o emprego, tem que ter de volta o benefício automaticamente”, disse o ministro, após participar do evento Projeto Brasil de Ideias, no Hotel Copacabana Palace, zona sul do Rio. 

Segundo Osmar Terra, essa medida visa a aumentar a formalização do mercado de trabalho. 

“Hoje, o Bolsa Família é uma causa importante, senão a maior, da informalidade do mercado de trabalho porque as pessoas morrem de medo de perder o Bolsa Família se arrumarem emprego. 

E, se arrumam um emprego, não querem assinar carteira [de trabalho]”, acrescentou. 

 O ministro disse que a pasta ainda está estudando a linha de corte da remuneração para que o beneficiário mantenha o Bolsa Família. 

“Estamos estabelecendo isso. 

Em princípio, alguma coisa ao redor de quatro, cinco salários mínimos”, afirmou. 

Prêmio para prefeitos Outra medida do programa será a premiação dos prefeitos que diminuírem a informalidade entre os beneficiários

A ideia é que, no futuro, as famílias que tiverem renda possam sair do Bolsa Família. 

 “O prefeito vai ganhar um prêmio em recursos para o município e depois um troféu das mãos do presidente da República. 

É uma maneira de estimular o prefeito

Hoje, ele não tem estímulo nenhum, não tem ganho político com isso e vai passar a ter”, afirmou. 

Banco Mundial 

 O ministro Osmar Terra criticou um estudo do Banco Mundial que defende a expansão do Bolsa Família para evitar o aumento da pobreza durante o período de recessão econômica.

“O número de famílias quem vai determinar é a demanda. Quem diz que alguém está precisando do Bolsa Família é o Cadastro Único do município. 

O Banco Mundial fez uma afirmação baseada em dados de 2015 e 2016. 

Não considerou o zeramento da fila. 

Não temos ninguém hoje que precisa fora do Bolsa Família”. 

Segundo o ministro, o programa atende a cerca de 13,5 milhões de famílias a um custo de R$ 30 bilhões. 

Ele informou que, no ano passado, foram suspensos 1,5 milhão de benefícios irregulares. Com isso, a fila de espera para receber o benefício foi zerada, explicou. 

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil
 Edição: Kleber Sampaio

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