Temer afirma que eventual prisão de Lula pode criar clima de instabilidade Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, Temer negou que tenha cometido irregularidades ao receber R$ 11 milhões de duas empreiteiras, em 2014.
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Presidente Michel Temer participa do Roda Viva
Crédito: Beto Barata/PR |
O presidente Michel Temer afirmou que
uma eventual prisão do ex-presidente Lula poderá criar um clima de
instabilidade no país.
A declaração foi feita ao programa Roda Viva, da
TV Cultura.
O impacto da Operação Lava-jato sobre o
governo foi um dos principais temas da entrevista concedida pelo
presidente na sexta-feira e exibida ontem à noite.
O presidente negou
que tenha cometido irregularidades ao receber R$ 11 milhões de duas
empreiteiras, na campanha de 2014.
Ele confirmou que o PMDB foi o
destinatário de um cheque de R$ 1 milhão da Andrade Gutierrez,
investigado no processo do Tribunal Superior Eleitoral, que avalia as
contas da chapa de Dilma-Temer.
O presidente Michel Temer admitiu ter
recebido uma visita do empresário Marcelo Odebrecht, preso na Lava-jato,
no Palácio do Jaburu, em 2014.
Temer confirmou que, na ocasião, aceitou
uma doação de R$ 10 milhões da Odebrecht para a campanha, mas negou que
tenha havido qualquer irregularidade.
Michel Temer se recusou a comentar o
projeto que pode dar anistia ao caixa dois no país. Ele alegou que não
pode interferir na questão porque é uma decisão do Congresso.
O presidente Michel Temer também
justificou a escolha do senador Romero Jucá como líder do governo.
O
senador deixou o Ministério do Planejamento após denúncias de que agiu
para barrar a Lava-jato.
Num aceno aos governadores que estão com
problemas de caixa, Temer afirmou que o governo federal pode destinar a
Estados endividados, como o Rio de Janeiro, cerca de R$ 20 bilhões
provenientes da repatriação.
O presidente Temer explicou por que
descartou uma eventual intervenção no Rio, que, segundo ele, chegou a
ser lembrada pelo governador Luiz Fernando Pezão na semana passada.