Hospital Dr. Arnaldo Pezzuti deve prestar contas à Defensoria Pública


Saúde
Unidade precisa explicar o porquê de não oferecer mais o serviço de internação a pacientes com hanseníase
Luana Nogueira
Da Reportagem Local
Daniel Carvalho
Na década de 80, o Hospital Arnaldo Pezzutti Cavalcanti servia de colônia aos portadores da doença; agora, não os interna mais
A Defensoria Pública de São Paulo prorrogou o prazo para a apresentação do relatório do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos do órgão que investiga possíveis irregularidades no Hospital Doutor Arnaldo Pezzuti Cavalcanti. O documento deve ser encaminhado ainda este mês. Segundo informações da assessoria de Imprensa da defensoria, as denúncias se referem ao não atendimento dos casos de internação de pacientes com hanseníase.
O pedido teria sido encaminhado inicialmente à Defensoria Pública da União, que repassou ao órgão estadual. Agora, a unidade está procurando as pessoas que fizeram as denúncias para apurar os fatos.
De acordo com o que foi denunciado, o hospital não está mais atendendo aos casos de internação e faz apenas o atendimento ambulatorial aos pacientes com hanseníase, além disso, não estaria recebendo novas pessoas.
Foi dito também que o caso ainda não se tornou uma ação e que apenas investigações preliminares estão sendo efetuadas internamente.

Por meio da assessoria de Imprensa o Hospital Estadual Arnaldo Pezzutti Cavalcanti a instituição esclarece que, assim como preconiza o Ministério da Saúde, a internação compulsória para o tratamento da hanseníase não é mais indicada como tratamento terapêutico há muitos anos. Portanto, não há nenhuma irregularidade.
O tratamento de hanseníase é realizado ambulatoriamente e está sob responsabilidade das unidades básicas de saúde. A atenção básica em saúde, conforme diretriz do Sistema Único de Saúde (SUS), está sob responsabilidade dos municípios.

No Alto Tietê, dois hospitais estaduais foram, no passado, colônias destinadas à internação das pessoas com a doença.
Assumiam esse compromisso os hospitais Arnaldo Pezzutti Cavalcanti e Padre Bento (Guarulhos), que antigamente eram colônias de confinamento, e hoje só realizam internações em caso de complicações no quadro de saúde de pacientes regressos, ou seja, aqueles que foram internados nas unidades antes de 1986.

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