Quem ganha menos sofre mais com a alta dos alimentos


 Quem ganha menos sofre 


mais com a alta dos alimentos




Elas gastam 41% do que ganham com comida. Para quem ganha mais, esse tipo de gasto não chega a 30% do orçamento. A inflação para quem tem renda menor passa dos 5,5% nos últimos 12 meses.

A Fundação Getúlio Vargas divulgou, nesta terça-feira (10), a inflação que atinge as famílias com renda mensal de até dois salários mínimos e meio. Mais uma vez, foram elas que sofreram mais com o aumento dos preços dos alimentos.
Iolanda tem um salário mínimo por mês para cuidar da casa, de três filhos e de uma prima adolescente. Comprar tudo o que precisa é uma operação cada vez mais difícil.
“Conseguia fazer a compra do mês com R$ 100. Hoje em dia, se eu conseguir comprar o básico do básico, arroz, feijão, macarrão é muito”, contou.
O custo de vida das famílias brasileiras com renda entre um e dois salários mínimos e meio é acompanhado de perto por economistas da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Cinco dos sete grupos de despesas dos brasileiros que ganham menos tiveram alta em abril: despesas diversas; saúde e cuidados pessoais; vestuário; educação, leitura e recreação; e habitação.
Já a alimentação subiu menos em abril do que em março. Mas trouxe pouco alívio porque este é o item que mais pesa para as famílias mais pobres. Elas gastam 41% do que ganham com comida.
Para quem ganha mais, esse tipo de gasto não chega a 30% do orçamento. O resultado é que a inflação para quem tem renda menor subiu 0,84% em abril, acumulou alta de mais de 3% no ano e passa dos 5,5% nos últimos 12 meses. Ficou um pouco abaixo do índice geral de preços, medido pela FGV, mas com orçamento apertado, sem gordura para cortar, a inflação sempre pesa mais no bolso de ganha menos.
“Famílias com renda muito baixa precisam garantir a subsistência básica da família. E quando os aumentos de preço acontecem neste grupo de produtos, com certeza esse efeito é pior para o orçamento. Então, a pessoa tem que cortar, tem que diminuir os seus gastos em outras coisas que são tão essenciais quanto o alimento. Então você diminui o bem estar dessa unidade familiar”, explicou o economista André Braz, do IBRE/FGV.
É o que Maria tem feito. Ela saber usar bem a tesoura para ajustar o orçamento em casa: “Houve um corte. As coisas supérfluas. Por exemplo, queijo minas não vai ter todo o dia. Alcatra também eu comia bastante, hoje dei uma parada. Fui para carnes mais baratas”, disse.
JORNAL NACIONAL








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