Daikin - Em Mogi das Cruzes - 2014



Daikin vai gerar mil empregos
Em reunião com Junji, direção da empresa também anuncia interesse em dar contribuição de ordem tecnológica para instituições mogianas de níveis médio e superior


Junji recebe executivos da Daikin em seu escritório de São Paulo: empregos e contribuição tecnológica às instituições de ensino


Para começar a operar em 2014 no município de Mogi das Cruzes, a fábrica do grupo industrial japonês Daikin empregará mil funcionários. A multinacional também planeja oferecer contribuição de ordem tecnológica às instituições mogianas de nível médio e superior, a exemplo do que já faz com o Senai – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de São Paulo.

Essas informações foram transmitidas ao deputado federal Junji Abe (DEM-SP) pelo presidente da Daikin McQuay Ar Condicionado Brasil Ltda., Takahide Shibata. Ele e o diretor industrial Wataru Yamamoto foram recebidos pelo parlamentar em seu escritório em São Paulo, no final da tarde desta segunda-feira (09/05/11).

Quanto ao processo seletivo dos futuros trabalhadores da fábrica, Shibata informou que o “grupo Daikin está propenso a priorizar” a contratação de mogianos que trabalhavam como dekasseguis no Japão e estão retornando à Cidade. “Uma parte porque perdeu o que tinha na tragédia do terremoto (seguido de tsunami e vazamento radioativo) e muitos por causa do desemprego provocado pelo agravamento da crise econômica no país”, observou o deputado.

Os procedimentos junto à Prefeitura para a instalação da fábrica estão avançados e correndo dentro das expectativas, como assinalou Shibata, elogiando o empenho da administração municipal, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, comandada por Márcos Damásio.

“Podem ficar tranquilos quanto ao apoio direto do prefeito Marco Bertaiolli (DEM) a quem tenho como meu filho político. É companheiro, dedicado e leal”, emendou Junji. Ele também enalteceu a filosofia e a postura dinâmica do grupo Daikin que, antes de pedir incentivos fiscais ou qualquer outra concessão do Município, já negociou a aquisição da área e prepara a instalação da fábrica.

Entusiasmado com a disposição do grupo de cooperar com o desenvolvimento tecnológico das instituições de ensino, Junji relatou que Mogi das Cruzes abriga, além das organizações privadas, uma Fatec – Faculdade de Tecnologia e uma Escola Técnica Estadual (ETE Presidente Vargas).

Ao saber que a multinacional já mantém um convênio com o Senai na Capital, o deputado sublinhou que também há uma unidade mogiana do Senai. A Cidade dispõe ainda de uma agência do Sebrae – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas que, segundo Junji, desenvolve um eficiente trabalho voltado à qualificação profissional, entre outros programas.

Junji falou sobre o estreito relacionamento que mantém com o presidente da Fiesp – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo para apontar que o sistema “está muito bem representado” no Alto Tietê com a firme atuação da Regional do Ciesp – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, responsável pela organização do setor industrial na Região.

Participação
O presidente da Daikin, Takahide Shibata, contou que fez questão de manter contato com Junji Abe, em função do histórico do parlamentar na vida pública. Descendente de japoneses, o político já foi vereador, três vezes deputado estadual e duas vezes prefeito de Mogi das Cruzes, cidade escolhida pelo grupo para abrigar sua primeira unidade fabril na América Latina. O intermediário para o encontro foi um amigo em comum – o presidente da Associação da Província de Okinawa no Brasil, Shinji Yonamine.

A unidade mogiana representa um investimento da ordem de 5 bilhões de ienes, o equivalente a cerca de R$ 101 milhões. Produzirá condicionadores de ar de uso comercial no prédio a ser erguido em área de aproximadamente 200 mil metros quadrados (m²), às margens da Rodovia Mogi-Bertioga (SP-98), no lado esquerdo do trevo de acesso ao Bairro de Porteira Preta.

De acordo com Shibata, o grupo deseja a participação ativa do deputado nas etapas que antecedem a instalação da fábrica. “Estou à disposição 24 horas por dia para contribuir com o que for necessário”, assegurou Junji, acrescentando que a multinacional também terá respaldo da Câmara Municipal. Em especial, junto aos dois vereadores descendentes de japoneses que registram destacada atuação para atrair novos empreendimentos à Cidade – Pedro Komura e Olimpio Tomiyama.

A exemplo do que ocorre com o empresariado brasileiro, o executivo da Daikin manifestou preocupação com o desajuste cambial, marcado pela supervalorização do real frente ao dólar. A apreensão se justifica porque uma enorme fatia da produção da empresa destina-se à exportação.

Com um escritório em operação em São Paulo, a Daikin creditou a escolha de Mogi como sede da produção fabril, em grande parte, à infraestrutura da Cidade que favorece a logística de distribuição, com fácil acesso aos ramais ferroviários, portos e aeroportos, como destacou o presidente da empresa.

Além de colocar a fábrica mogiana em operação, a Daikin quer potencializar o sistema de vendas. Shibata confirmou que o grupo planeja implantar uma rede comercial no eixo Rio-São Paulo e também centros de assistência técnica, com funcionamento 24 horas, aos moldes dos existentes no Japão.

Com matriz em Osaka, no Japão, a Daikin surgiu em 1924 como fabricante de tubos para radiador de aeronaves. Hoje, o grupo responde por cerca de duas centenas de subsidiárias e 38 mil colaboradores no mundo. É líder mundial na fabricação de equipamentos de ar condicionado e sistemas para aplicações residenciais, comerciais e industriais.
Mais informações:

Mel Tominaga
Jornalista – MTB 21.286

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