Nelson Teich se disse feliz nas redes sociais pela decisão de não recomendar o "tratamento precoce"

 

NÚMERO DE MORTOS POR CLOROQUINA NA PANDEMIA PASSA DOS 17 MIL, DIZ MINISTRO DE BOLSONARO 

Durante a pandemia, Teich alertou sobre os riscos da droga sem comprovação científica 

Nelson Teich, ex-ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro (PL). Foto: Evaristo Sa/AFP

 Atualizado em
 7 de janeiro de 2024 às 17:53 
Nelson Teich, ex-ministro da Saúde no governo de Jair Bolsonaro (PL), afirmou neste domingo (7) que o número de mortos por uso de cloroquina no tratamento da Covid-19 é maior do que os 17 mil apontados em um estudo publicado na revista “Biomédicine et Pharmacotherapy” na última terça-feira (2).Durante a pandemia, Teich alertou sobre os riscos da cloroquina.

 “Felizmente o tempo mostrou que a minha decisão de se posicionar contra a liberação e recomendação da cloroquina foi correta”, escreveu o ex-ministro no X (antigo Twitter).  

Confira:

Foi publicado essa semana um estudo que avalia as mortes relacionadas com o uso de hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19, em pacientes hospitalizados, no período de março a agosto de 2020, em 6 países (Bélgica, França, Itália, Espanha, Turquia e Estados Unidos)

O estudo aponta para cerca de 17 mil mortes causadas pelo medicamento. Essas mortes representam um excesso de mortes em relação ao número esperado, relacionadas ao uso do medicamento.

Esse mesmo racional sobre o risco de mortalidade com o uso da hidroxicloroquina vale para a cloroquina.

O uso de medicamentos sem comprovação de eficácia e que apresentam risco de morte por efeitos colaterais é um problema, muitas vezes difícil de ser mensurado.

Essa projeção de mortes com a hidroxicloroquina foi apenas para pacientes hospitalizados, em poucos países e em curto espaço de tempo. Estando esse número do estudo correto, o número de mortes ligados ao uso da cloroquina e da hidroxicloroquina em todo o mundo, e ao longo de todo o período da Covid-19, é bem maior. 

No caso do uso ambulatorial da cloroquina, em um número maior de pessoas, esse número de mortes causadas pelo medicamento tem o potencial de ser significativamente mais elevado.

Ter que tomar uma decisão sobre a incorporação, liberação ou recomendação de um medicamento ou tecnologia é algo complexo, principalmente em um momento crítico, tenso, politizado, instável e cercado por grande incerteza, como foi a realidade da cloroquina no Brasil e no mundo no período da Covid-19.

Essa decisão de não liberar o uso da cloroquina para tratar pacientes com Covid-19 teve que ser tomada quase 4 anos atrás, em um momento de extrema incerteza, polarização e medo.

Felizmente o tempo mostrou que a minha decisão de se posicionar contra a liberação e recomendação da cloroquina foi correta. 

Essa discussão é a essência daquela que existe no processo de avaliação e incorporação de tecnologias no país.

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