TSE tem a "vacina" contra Bolsonaro em 2022
Nonato Viegas
Publicada em 10/09/2021
Auxiliares de Jair Bolsonaro acreditam haver uma nova frente de batalha nos próximos meses para o presidente: o Tribunal Superior Eleitoral.
Nas recentes conversas para tentar diminuir a tensão com os ministros do Supremo Tribunal Federal, os assessores presidenciais perceberam que os membros do TSE veem como "vacina" a inelegibilidade do presidente caso ele se mostre, na avaliação dos ministros, uma ameaça à democracia brasileira.
Para isso, dizem, basta que a corte o condene até agosto em algum dos processos que estão em tramitação por lá.
Há um sobre abuso de poder econômico nas eleições de 2018 e outros pela acusação de disseminar fake news contra as urnas eletrônicas.
Condenado por colegiado, por conta da lei da ficha limpa, o presidente não poderá concorrer à reeleição.
Nessa semana, ao contrário de manifestações anteriores promovidas por Bolsonaro, o entendimento é que ele ultrapassou os limites retóricos.
Permitiu o vislumbre da possibilidade de um golpe, seja por conta de sua pregação ao desrespeito a ordens judiciais, seja pelo estímulo inicial à paralisação dos caminhoneiros.
A carta de Bolsonaro diminui a tensão, mas, de acordo com auxiliares do presidente, os ministros do TSE não acreditam que o comportamento do presidente mudará.
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