Após pressão das Forças Armadas, Bolsonaro evita termo “meu Exército”
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
Por Wilson Lima
Diante da pressão de integrantes da Forças Armadas, Jair Bolsonaro tem evitado usar o termo “meu Exército” em solenidades públicas ou em conversas com apoiadores nos últimos dias.
Ontem, durante visita à cidade de Chapecó (SC), Bolsonaro disse o Exército Brasileiro não vai ajudar governadores a instituir medidas restritivas.
Mas, ao contrário de outras ocasiões, Bolsonaro não usou a expressão “meu Exército” para se referir à tropa.
“Não vai ter lockdown nacional. Como alguns ousam dizer por aí, que as Forças Armadas deveriam ajudar alguns governadores, nas suas medidas restritivas. O nosso Exército Brasileiro não vai a rua para manter o povo dentro de casa”, disse Bolsonaro.
Hoje, durante solenidade de promoção de 16 oficiais-generais, Bolsonaro voltou a dizer que “o nosso Exército” é o responsável por garantir a estabilidade democrática.
“O nosso Exército de Respeito, de orgulho, reconhecido por toda a nossa população, representa para o nosso Brasil, uma estabilidade.”
Fontes das Forças Armadas afirmaram a O Antagonista que essa mudança de postura do presidente ocorreu após alertas do alto-comando do Exército.
Os militares estavam incomodados pela forma personalista como Bolsonaro estava tratando os integrantes das Forças Armadas.
Além disso, o ministro da Defesa, Braga Netto, tem aconselhado o presidente a evitar o termo “meu Exército” para esfriar o ânimo dos militares, principalmente os da ativa.
A própria escolha do general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira para o comando do Exército também foi vista como uma derrota de Jair Bolsonaro.
https://www.oantagonista.com/brasil/apos-pressao-das-forcas-armadas-bolsonaro-evita-termo-meu-exercito/
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos