Coronavírus: Trump teria tentado comprar vacina de laboratório alemão com exclusividade para os EUA

O governo dos Estados Unidos teria tentado comprar uma vacina para o novo coronavírus que está sendo desenvolvida por pesquisadores alemães. 
ÉPOCA NEGÓCIOS

Segundo reportagem do jornal alemão Die Welt no domingo, a administração de Donald Trump teria oferecido bilhões de dólares ao laboratório CureVac, mas o acordo pedia que a vacina fosse “exclusiva” para os Estados Unidos.

O ministério da Saúde da Alemanha confirmou a veracidade da reportagem. Membros do governo alemão reagiram e criticaram a tentativa. Heiko Maas, ministro das Relações Exteriores, afirmou que a Alemanha não permitiria que Trump prosseguisse com seu plano. “Pesquisadores alemães desempenham um papel de liderança no desenvolvimento de um remédio e vacina. Não podemos permitir que outros busquem exclusividade sobre os resultados”, disse ele. No fim de semana, o ministro da economia, Peter Altmaier, afirmou que “a Alemanha não está à venda”.

À AFP, oficiais do governo norte-americano afirmaram que a reportagem foi “exagerada” e negou a tentativa de que a vacina fosse exclusiva para os Estados Unidos. “Continuamos a conversar com qualquer companhia que alegue que pode ajudar”, afirmou. “E qualquer solução encontrada seria compartilhada com o mundo”.

A CureVac espera ter uma vacina experimental até junho ou julho, pronta para iniciar os testes em humanos, de acordo com o chief production officer, Florian von der Muelbe. 

Na semana passada, a empresa anunciou que seu CEO, Daniel Menichella, havia sido convidado à Casa Branca para discutir com Trump estratégias e oportunidades para a produção da vacina. 

No domingo, a empresa negou os rumores sobre a tentativa de compra e disse estar em contato com diversas organizações e autoridades globais.

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