Tablets fabricados no Brasil: os preços serão, realmente, mais baixos? Segundo o Governo, o preço dos produtos fabricados no país cairão 40%. Mas os fabricantes não confirmam...
Tablets: muita gente quer um. O problema é o preço... e um dos vilões da conta é a carga de impostos no Brasil.
Para tentar mudar um pouco a situação e popularizar os aparelhos, o governo incluiu os tablets na chamada Lei do Bem, que isenta ou diminui a incidência de dois impostos: PIS e Cofins – os computadores convencionais, por exemplo, só caíram de preço por aqui depois dessa lei.
Para o governo, com esse incentivo fiscal, os preços dos tablets produzidos em território nacional deveriam cair, em média, 40%. Mas, os fabricantes dizem que a história não é bem assim...
Nelson Scarpin, diretor geral da Semp Toshiba explica: "Quando você tem um produto importado, por não ter uma fábrica aqui, não há a necessidade de fabricação e você deixa de ter os custos disso.
Então, o produto vem pronto e você faz a distribuição. Com a redução da carga tributária, que é um grande benefício, isso totaliza 37%, se somados todos os impostos em cascata. Mas, não podemos esquecer que haverão outro custos associados como, por exemplo, os de fabricação do equipamento", completa.
A Semp Toshiba lançou seu produto há quatro meses. Após a aprovação do incentivo fiscal, baixou o preço dos tablets em quase 30%. O modelo, que custava R$1400, hoje é vendido por R$1000. Um outro aparelho, de uma marca concorrente, lançado em maio, custava 2000 reais e hoje sai por algo em torno de R$1600.
"Naquele momento, em abril, tínhamos a expectativa que essa mudança na lei já fosse acontecer naquele momento, mas acabou por acontecer no início de agosto.
Mas nós apostamos que a Lei do Bem seria aprovada, que seria implementada no Brasil e já começamos a produzir e comercializar com um preço mais agressivo do que faríamos se a lei não estivesse em discussão.
Assim que a mudança na tributação foi efetivada, no início da 2ª semana de agosto, nós já reduzimos os preços dos tablets", diz Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da Motorola Mobility.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, 6 empresas já produzem tablets no Brasil: entre elas estão a Samsung, Motorola, Semp Toshiba, Positivo e Aix.
O preço dos produtos feitos aqui é praticamente o mesmo dos importados. Por enquanto, a redução de impostos só foi decisiva para que os tablets começassem a ser produzidos por aqui.
Além do preço, o Brasil precisa vencer mais uma barreira para uma disseminação maior dos tablets: a banda larga e a conexão via rede 3G.
Quem sabe, os "prometidos" 40% de redução ainda cheguem para o consumidor.
Mas, os fabricantes dizem que isso só deve acontecer a partir do crescimento das vendas...
Scarpin ainda diz que hoje, o volume total de tablets esperados para o Brasil é na ordem de 400 mil unidades, enquanto, no caso do notebook, se fala em cerca de 8 mihões.
"Não tenho dúvida que, com a penetração desse novo equipamento em empresas, universidades, segmento
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