Mogi das Cruzes - Nova avenida

Construção de avenida no bairro Nova Mogilar vai melhorar acesso
Avenida Francisco Rodrigues Filho terá mais uma ligação com avenida Antonio de Almeida
Cleber Lazo
Da Reportagem Local
A Prefeitura de Mogi das Cruzes já desenvolve planos para sanar os problemas de mobilidade urbana que serão criados com a expansão de empreendimentos imobiliários na região da Nova Mogilar. Após conquistar, por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) pistas marginais ao longo da avenida Francisco Rodrigues como contrapartida das empresas que construirão condomínios residenciais às margens da via, a Secretaria Municipal de Planejamento já tem pronto o projeto de mais uma avenida, que fará a ligação da Francisco Rodrigues Filho com a avenida Antonio de Almeida, no bairro Nova Mogilar.

O secretário municipal de Planejamento, João Francisco Chavedar, revelou que o terreno para a construção das pistas já foi desapropriado. "Investimos apenas o valor simbólico de um real para a desapropriação. O negócio foi fechado com o dono da área com base na dívida que ele tinha de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano). O débito foi sanado e o terreno já pode receber a via", explicou Chavedar. O valor da dívida do proprietário não foi informado.

A nova avenida terá acesso pela rotatória que será instalada na avenida Francisco Rodrigues Filho (próximo à ponte do rio Tietê) e também integra o investimento de contrapartida obrigatório para a construção dos empreendimentos imobiliários. A ligação com a avenida Antonio de Almeida se dará em um ponto quase em frente à empresa de ônibus Pássaro Marrom. "O projeto vai mudar aquela região. Os problemas viários ainda não existem na sua totalidade, mas as soluções já estão sendo buscadas. Os projetos estão prontos", garantiu Chavedar. "Se o prefeito Marco Bertaiolli autorizar o pedido de verba para concretizar o plano, seja no Estado ou no Governo Federal, tudo está finalizado", disse. O projeto elaborado prevê a abertura da avenida no meio do terreno onde hoje há somente mato, a terraplenagem, a pavimentação e um acerto viário na Antonio de Almeida. 
A obra está orçada em R$ 7 milhões. Um lado da avenida (que terá duas pistas em cada direção), no sentido Francisco Rodrigues Filho, terá 25 metros de largura, e na direção à Antonio de Almeida, serão 23 metros. A extensão da via chegará a 800 metros no total. A construção da nova avenida está condicionada à instalação das pistas marginais e da rotatória na Francisco Rodrigues Filho. "A abertura do acesso de 800 metros é considerada uma segunda fase das ações voltadas à mobilidade urbana daquela região. A primeira é a contrapartida das construtoras", pontuou Chavedar.

O secretário revelou, ainda, que as adaptações e as obras de melhorias na Antonio de Almeida serão financiadas com recurso oriundo da compensação dos empreendimentos imobiliários, Parceria Público-Privada (PPP). "A empresa responsável pelo centro de formação de atletas e a MRV, que pretende construir condomínios naquela região serão obrigadas a fazer as melhorias viárias na Antonio de Almeida", contou.
Avenida vai impulsionar até o setor imobiliário
Além de oferecer uma alternativa ao sistema viário da Nova Mogilar, as pistas marginais ao longo da avenida Francisco Rodrigues Filho e a ligação com a Avenida Antonio de Almeida irão impulsionar o setor imobiliário daquela região, já amplamente aquecido. A avaliação é dos corretores de imóveis ouvidos pelo Mogi News. Segundo eles, a região de César de Souza deve ser transformar, em breve, em um das áreas mais valorizadas da cidade e o investimento no sistema viário se torna inevitável.

Carlos Roberto Hashimoto, proprietário da Hashimoto Imóveis, acredita que "as melhorias oferecidas irão supervalorizar os imóveis". "Atualmente, a oferta imobiliária cresceu consideravelmente na Nova Mogilar, com vários empreendimentos sendo lançados. Se a infraestrutura acompanhar esta expansão, em breve o bairro será considerado o mais nobre do município", disse. "Um apartamento de 50 m² lançado naquele trecho está avaliado, na média, em R$ 250 mil, e mesmo estando inflacionado, há clientes dispostos a pagar. Com os projetos desenvolvidos para o sistema viário, adquirir imóvel naquela região se torna cada vez mais muito interessante", avaliou Hashimoto.
Já o corretor da Estelar Imóveis, Wilson Roberto de Siqueira, está menos otimista com uma possível valorização, "devido aos preços já estarem elevados", porém, aposta em um pequeno crescimento. "O consumidor fica preocupado com as condições do trânsito e ao criar alternativas de locomoção, o crescimento da procura por imóveis em um ponto onde há boas oportunidades é imediato", frisou.

A funcionária da Andreucci Imóveis, Thais Helena Vidal, destaca "que o trânsito de Mogi pode travar o crescimento do município, por isso, se faz tão necessário investir em mobilidade urbana". "A tendência é que o Nova Mogilar continue crescendo. A região oferece um potencial enorme e está se valorizando naturalmente. Se as ações públicas forem concretizadas, o bairro será um dos melhores de Mogi para se viver", pontuou.

"Vai valorizar os imóveis. De uns anos pra cá, César de Souza passou a ser o centro das atenções do setor imobiliário. Não existe mais espaço para investimentos no centro e as construtoras estão indo para César e Botujuru. Basta ver a quantidade de obras", analisou o corretor da Perfil Imóveis, Agnaldo Pinto. "Com este volume de novas famílias chegando a Mogi e, consequentemente, mais automóveis nas ruas, é inevitável o investimento em alternativas viárias. Não apenas o Nova Mogilar será beneficiada, mas toda a região vai ganhar com os investimentos na Francisco Rodrigues", ressaltou. (C.L.)

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