Da CNN
Ele chegou ao hospital por volta das 8h da manhã.
Além de seguranças e policiais penais, o ex-presidente estava acompanhado dos filhos Carlos Bolsonaro (PL), vereador do Rio de Janeiro, e Jair Renan (PL), vereador de Balneário Camboriú (SC), que também estava com o pai na saída da unidade hospitalar.
A ida ao hospital foi a primeira vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar após a sua condenação a 27 anos e três meses de prisão, determinada pela Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) na última quinta-feira (11).
Para ir ao hospital, a defesa do ex-presidente solicitou autorização e recebeu o aval do ministro Alexandre de Moraes, do STF. O ex-chefe do Executivo está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo.
A decisão de Moraes estabeleceu exigências à defesa para liberação.
Os advogados de Bolsonaro deverão encaminhar ao Supremo, no prazo de até 48 horas após o procedimento médico, um atestado detalhado que comprove sua presença no hospital, especificando datas e horários de cada atendimento realizado.
Esta foi a segunda vez que Bolsonaro deixou a prisão domiciliar para ir ao hospital.
Em 16 de agosto, saiu para fazer exames relacionados a sintomas de refluxo e soluços.
Procedimento
O médico chefe da equipe cirúrgica que acompanha Bolsonaro, Cláudio Birolini, afirmou que foram removidas oito lesão de pele, que serão enviadas para biópsia. Segundo ele, o ex-chefe do Executivo está "bastante fragilizado" e mantém ainda um "quadro eventual de soluços", além da anemia identifica.
De acordo com o boletim médico, o "procedimento cirúrgico foi realizado sob anestesia local e sedação, e transcorreu sem intercorrências". Para tratar a anemia, Bolsonaro também recebeu reposição de ferro por via endovenosa.
Após a cirurgia deste domingo, o ex-presidente deve precisar retornar ao hospital para a retirada dos pontos, após cerca de 10 a 15 dias.
Condenação
Bolsonaro e outros sete réus envolvidos em uma tentativa de golpe de Estado foram condenados no STF na última quinta-feira. Acusado de liderar a organização criminosa pelo golpe, Bolsonaro pegou a maior pena: 27 anos e 3 meses de prisão em regime fechado.
No Brasil a execução da pena, porém, só pode começar após o trânsito em julgado do processo, ou seja, após encerrarem todas as possibilidades de recurso. Até lá, Bolsonaro deve seguir em prisão domiciliar e respeitando outras medidas cautelares, como restrição de visitas e proibição de usar o celular.
Quando for decretado o início da execução da pena, a defesa de Bolsonaro deve entrar com pedido de prisão domiciliar alegando a saúde frágil do ex-presidente e a idade avançada.
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