terça-feira, 15 de novembro de 2016

Temer afirma que eventual prisão de Lula pode criar clima de instabilidade Em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, Temer negou que tenha cometido irregularidades ao receber R$ 11 milhões de duas empreiteiras, em 2014.

Presidente Michel Temer participa do Roda Viva
Crédito: Beto Barata/PR
O presidente Michel Temer afirmou que uma eventual prisão do ex-presidente Lula poderá criar um clima de instabilidade no país. 

A declaração foi feita ao programa Roda Viva, da TV Cultura.


O impacto da Operação Lava-jato sobre o governo foi um dos principais temas da entrevista concedida pelo presidente na sexta-feira e exibida ontem à noite.

O presidente negou que tenha cometido irregularidades ao receber R$ 11 milhões de duas empreiteiras, na campanha de 2014.


Ele confirmou que o PMDB  foi o destinatário de um cheque de R$ 1 milhão da Andrade Gutierrez, investigado no processo do Tribunal Superior Eleitoral, que avalia as contas da chapa de Dilma-Temer.


O presidente Michel Temer admitiu ter recebido uma visita do empresário Marcelo Odebrecht, preso na Lava-jato, no Palácio do Jaburu, em 2014.

Temer confirmou que, na ocasião, aceitou uma doação de R$ 10 milhões da Odebrecht para a campanha, mas negou que tenha havido qualquer irregularidade.


Michel Temer se recusou a comentar o projeto que pode dar anistia ao caixa dois no país. Ele alegou que não pode interferir na questão porque é uma decisão do Congresso.


O presidente Michel Temer também justificou a escolha do senador Romero Jucá como líder do governo.

O senador deixou o Ministério do Planejamento após denúncias de que agiu para barrar a Lava-jato.


Num aceno aos governadores que estão com problemas de caixa, Temer afirmou que o governo federal pode destinar a Estados endividados, como o Rio de Janeiro, cerca de R$ 20 bilhões provenientes da repatriação. 

O presidente Temer explicou por que descartou uma eventual intervenção no Rio, que, segundo ele, chegou a ser lembrada pelo governador Luiz Fernando Pezão na semana passada.


Na entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, o presidente Michel Temer também disse que a tentativa do senador Renan Calheiros de reduzir o salário dos membros do Judiciário que ganham acima do teto não é uma retaliação à Lava-jato.