Salário médio na região é de R$ 2,4 mil, aponta relatório do Condemat Cidades com maior infraestrutura em âmbito industrial tendem a apresentarem melhor desempenho em índices
O primeiro
Caderno Econômico Alto Tietê, elaborado pelo Consócio de Desenvolvimento
dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), indica que o salário médio na
região é de R$ 2.486,17.
O valor gerado segue como fonte dados da
Relação Anual de Informações Sociais (Rais/2016), do Ministério do
Trabalho.
De acordo com o relatório disponibilizado pela Câmara Técnica
de Desenvolvimento Econômico e Inovação do Condemat, as cidades com
maior infraestrutura em âmbito industrial tendem a apresentarem melhor
desempenho nos índices de salário médio.
O documento aponta que o maior salário médio é pago nas indústrias,
enquanto o menor é oferecido no setor de agropecuária.
Logo, nas
cidades em que a atividade industrial é baixa, os salários também serão
menores.
Apesar disso, a maior massa salarial do Alto Tietê não está
neste domínio.
Conforme o rendimento médio mensal por setor, as
prestações de Serviços têm o maior índice, com 46,2%.
Nos setores de
Indústria e Comércio, a massa salarial é avaliada em 34,2% e 16,7%,
respectivamente.
Esta taxa é diretamente ligada à geração de empregos
formais, em que a ordem segue em 45,9% das vagas preenchidas no setor de
Serviços; 28,4% nas indústrias e 21,9% no comércio.
A massa salarial por município é liderada por Guarulhos que, embora
não faça parte do Alto Tietê, compõe a Condemat.
Esta cidade domina 57%
da massa salarial composta pelos 11 municípios do grupo.
Já na própria
região, Mogi das Cruzes detém 14,9% da massa salarial, seguida por
Suzano, com 8,8% e Itaquaquecetuba, com 5,9%.
Em valores, Guarulhos também apresenta a maior estimativa de
salário mínimo.
Conforme indicado na tabela, o quadro segue com os
pagamentos oferecidos em Arujá, Suzano e Guararema.
Como citado, o setor industrial fornece os salários mais altos,
basicamente por este motivo Arujá aparece em segundo lugar na lista de
salários médios.
A forte indústria arujaense chega a pagar um salário
médio avaliado em até R$ 2.876, embora o município não apresente índices
expressivos de geração de emprego formais, nem uma densa massa salarial
mensal.
A lógica é aplicada às demais cidades da tabela, que tem
Biritiba Mirim e Salesópolis como os municípios de menores salários -
justamente as cidades em que o forte se dá na atividade agropecuária.
Geração de emprego
Registros do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged)
apontam para o saldo positivo de 3.244 postos de trabalho formais nas 11
cidades, durante 2017.
Os setores de melhor desempenho foram os de Comércio, Serviços e
Indústria de Transformação.
Já o saldo negativo foi verificado na
Construção Civil, com 890 vagas fechadas.
Itaquaquecetuba, Suzano e Mogi
das Cruzes tiveram os melhores resultados do período com 1.886, 1.721 e
1.632 postos de trabalho, respectivamente.
As piores cidades neste
quesito foram Guarulhos e Poá, com 2.259 e 982 vagas perdidas,
respectivamente.
Em comparação ao ano anterior, 2016, houve um crescimento de apenas
0,53% no Alto Tietê, quando o Rais destacou 606.404 empregos formais
nas dez cidades da região.
Para a Condemat, em 2017 encerrou-se um
período de queda nos postos de trabalho, para um início de saldos
positivos em 2018.
Por Marília Campos - /www.diariodesuzano.com.br