Casamento ruim prejudica a saúde tanto quanto fumar ou beber, revela estudo - A equipe das Universidades de Nevada e Michigan, ambas nos Estados Unidos, acompanhou 373 casais heterossexuais durante os primeiros 16 anos de casamento para observar quais eram as implicações em longo prazo de divergências frequentes.
Outra pesquisa de 2011 indica que o casamento diminui o risco de morte prematura em 15%/ Foto: © Getty Images |
Conflitos conjugais mal resolvidos e recorrentes podem afetar
negativamente a saúde das pessoas tanto quanto o hábito de fumar ou
beber, aponta estudo apresentado na Conferência da Associação
Internacional de Pesquisa de Relacionamento (IARR, na sigla em inglês),
que ocorreu nos Estados Unidos.
A equipe das Universidades de Nevada e Michigan, ambas nos Estados
Unidos, acompanhou 373 casais heterossexuais durante os primeiros 16
anos de casamento para observar quais eram as implicações em longo prazo
de divergências frequentes.
Os participantes também foram questionados sobre a qualidade de sono,
nervosismo e dores de cabeça, assim como se questões de saúde haviam
afetado o trabalho.
Segundo o Medical Daily, os resultados mostraram que as discussões
acaloradas podem afetar a saúde mental, provocar maior produção de
hormônio do stress (cortisol), inflamações e alterações no apetite.
Além disso, dependendo dos tópicos abordados – filhos, dinheiro ou
sogros -, a saúde dos maridos parecia ter sido mais afetada do que a das
esposas.
Se os cônjuges forem hostis ou defensivos durante
discordâncias ou se discutirem sobre o mesmo assunto repetidas vezes sem
qualquer resolução, os efeitos podem ser ainda mais prejudiciais.
Para Rosie Shroud, uma das autoras do estudo, altos níveis de
conflito em um casamento podem ser tão prejudiciais quanto o tabagismo e
o etilismo.
“Não é o ato de caminhar pelo corredor ou assinar uma
licença de casamento que é benéfica para a saúde, é o que os cônjuges
fazem um pelo outro durante o relacionamento”, comentou.
Casamento benéfico
Um estudo de 2011 descobriu que ser casado diminuiu o risco de morte
prematura em 15%, de acordo com informações do The Telegraph.
No ano
anterior, pesquisas da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostraram que o
casamento é capaz de reduzir o risco de ansiedade e depressão.
Outro ponto apontado foi o de que as pessoas que se casavam estavam
muito menos propensas a sofrerem de tristeza do que aquelas que
permaneciam solteiros.
No entanto, outro estudo de 2015 apontou que o casamento normalmente é
mais benéfico para o homem.
Mulheres de meia-idade que nunca se casaram
tinham praticamente a mesma chance de desenvolver síndrome metabólica –
uma combinação de diabetes, pressão alta e obesidade – que mulheres
casadas.
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