Alto Tietê - Prefeituras planejam criação de novos polos industriais


Dat
Objetivo é aumentar o número de empresas, garantir a geração de empregos e incrementar a arrecadação
Bras Santos
Da Região
Daniel Carvalho
Um dos polos ficaria na estrada dos Fernandes, na Casa Branca, em Suzano
Apesar das severas limitações impostas pela legislação ambiental e da falta de terrenos públicos disponíveis, várias prefeituras do Alto Tietê estão se esforçando para criar novos polos industriais com o objetivo de aumentar o número de empresas, garantir a geração de empregos e incrementar a arrecadação de impostos e a renda da população.
Levantamento realizado pelo Dat permite estimar que, nos próximos anos, ao menos cinco novos núcleos poderão ser instalados em Biritiba Mirim, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Arujá.
A criação de polos para atrair investimentos será decisiva para o desenvolvimento econômico e social, principalmente nas maiores cidades da região. Isso porque os núcleos instalados nas últimas décadas estão praticamente esgotados.

Mas enquanto as prefeituras não conseguem viabilizar novos espaços com infraestrutura mínima (segurança, iluminação pública e acessibilidade), são os terrenos remanescentes de condomínios criados no século passado e nos últimos anos que abrigam os novos projetos.
Os polos industriais implantados nos últimos 30 ou 40 anos em Arujá, Suzano, Mogi das Cruzes, Ferraz e Itaquaquecetuba garantiram a instalação de centenas de empresas e a abertura de milhares de postos de trabalho. Doação de áreas e isenção de impostos foram as estratégias usadas por governantes do passado para atrair os investidores.

A pesquisa desenvolvida para elaborar a reportagem revelou que daqui para a frente a estratégia de doar terrenos não será mais colocada em prática em razão da grande demanda e da escassez de locais disponíveis. Quem quiser investir nas cidades do Alto Tietê terá de comprar uma área e, ao que tudo indica, sem isenção de impostos.
As prefeituras terão a missão de preparar determinadas áreas para a implantação desses novos núcleos, o que não é coisa simples. Para se ter uma ideia das dificuldades, em 2012, a Prefeitura de Mogi pediu R$ 450 milhões ao governo do Estado para levar infraestrutura ao abandonado distrito industrial do Taboão. Pediu mas não recebeu.  

Ações
Biritiba Mirim é um dos municípios mais afetados pela legislação ambiental. Mesmo assim, o prefeito Carlos Taino (PSDB), o Inho, adiantou ao Dat dias atrás que está desapropriando dois terrenos no bairro do Sogo para a instalação de empresas com baixo impacto poluidor. Não está descartada a possibilidade de essas áreas serem doadas. A expectativa do prefeito é garantir a abertura de até 300 vagas de empregos por meio desse polo nos próximos dois anos.

Em Suzano, o prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB) já planeja a criação de um novo polo industrial na estrada dos Fernandes, na região da Casa Branca. Ainda não existe previsão de quantas empresas poderão se instalar, mas desde já o tucano enfrenta críticas em razão do dano ambiental que poderá ser acarretado. Tokuzumi também já falou na criação de um polo para novas empresas na rodovia Índio Tibiriçá (SP-31) e na estrada do Furuyama, no Rio Abaixo.
Em Ferraz de Vasconcelos, o prefeito Acir dos Santos (PSDB), o Acir Filló, adiantou que a implantação de um novo polo deverá ser definida no segundo semestre.

O prefeito de Arujá, Abel Larini (PR), também planeja expandir a área para instalação de empresas. "Está em estudo a ampliação de um condomínio industrial na região do acesso ao Rodoanel", destacou a Coordenadoria de Comunicação da prefeitura.

Postagens mais visitadas deste blog