Transições acontecem sem mostrar nenhum ´segredo´ Resultado das reuniões das equipes dos atuais prefeitos e dos eleitos foi frustrante, com poucas informações


Erick Paiatto/Jorge Moraes/Daniel Carvalho

Esperava-se mais informações dos governos de Candido, Abissamra e Armando


Bras Santos
Da Região


Se a população em geral, as lideranças da sociedade civil e os formadores de opinião em Ferraz de Vasconcelos, Suzano e Itaquaquecetuba esperavam que as transições de governo revelassem os "segredos mais escabrosos" das atuais administrações municipais, o resultado final desses trabalhos poderá ser considerado decepcionante para muita gente.
A provável decepção de quem acreditava que a "caixa preta" das prefeituras que serão administradas por prefeitos que fizeram oposição aos atuais governantes seria aberta tem como origem a pouquíssima ou nenhuma vontade dos atuais prefeitos e seus assessores de "abrirem totalmente o jogo" para os seus sucessores.
Por outro lado, os eleitos para o próximo mandato nas três cidades citadas e também os novos prefeitos de Salesópolis e Santa Isabel, aparentemente por motivos estratégicos, decidiram não "forçar a barra" para cima dos "colegas" que encerrarão seus mandatos amanhã.

Conclusão: problemas administrativos, suspeitas de irregularidades graves, gastos abusivos de recursos públicos e outras situações que, em tese, seriam esclarecidas durante as transições, só poderão ser revelados a partir do dia 1º de janeiro, quando os eleitos assumirão.
 Mas, de acordo com o que o DAT apurou nos bastidores políticos, as possibilidades de Acir dos Santos, o Acir Filló (PSDB), Paulo Tokuzumi (PSDB) e Mamoru Nakashima (PTN) desencadearam rigorosas "devassas" fiscais e contábeis nas gestões de Jorge Abissamra (PSB), Marcelo Candido (PT) e Armando Tavares Filho (PR), o Armando da Farmácia, são remotíssimas.
É fato que a má vontade dos atuais prefeitos em divulgar as informações de suas gestões vai prejudicar a vida dos novos prefeitos e, por consequência, das prefeituras e da população. Em Ferraz, por exemplo, o atual prefeito optou por não revelar quanto a empresa Matec Engenharia está pagando (desde abril) pela concessão de uma área com 32 mil metros quadrados onde será construído um shopping center. De acordo com a Matec, a prefeitura estaria recebendo repasses mensais, mas o atual governo não revela quanto já recebeu e nem onde o dinheiro está sendo aplicado.
Em Suzano também há perguntas: Quanto o prefeito Marcelo Candido recebeu do governo federal para concluir a obra da Arena Multiuso, conhecida como "esqueleto" do Parque Max Feffer? E o que foi feito? 
Em Itaquá,  quantos imóveis foram alugados e pagos com dinheiro público pelo governo do prefeito Armando da Farmácia e quanto foi gasto desde 2005 com essas locações? Esses são apenas alguns dos segredos que certamente os eleitores e toda a população dessas três cidades gostariam de ver revelados nas transições de governo.

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