Parque Municipal reabre para o público geral no primeiro final de semana de novembro

Parque Municipal reabre para o público geral no primeiro final de semana de novembro

Apresentação do plano de manejo do Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello contou com a participação do prefeito, Marco Bertaiolli
O prefeito Marco Bertaiolli participou na manhã desta sexta-feira (14/10) da apresentação do plano de manejo do Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello – Chiquinho Veríssimo. O documento, que foi elaborado em um prazo de 14 meses por um grupo de trabalho composto por 20 especialistas do Instituto Ecofuturo, apontou vários itens a respeito da unidade de conservação, inclusive a maneira como ela pode receber visitantes, sem comprometer o ecossistema local. Com isso em mãos, Bertaiolli anunciou que no primeiro final de semana de novembro o local voltará a abrir as portas para o público geral.

As características do passado, contudo, de um parque destinado ao lazer e ao entretenimento, não cabem mais. Justamente por se tratar de uma unidade de conservação permanente, o parque tem vocação para a educação ambiental e contemplação de seus atributos naturais, sem levar qualquer risco ao bioma local. As visitas, logo, terão regras: serão no máximo 35 pessoas por dia em trilhas, 100 pessoas ocupando o restante do parque, e todas as atividades serão monitoradas. Desta forma, será preciso agendar com antecedência a ida ao local.

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A reabertura, ainda que atrelada a essas normas, é tida como uma grande conquista, afinal será a primeira vez desde 1987, quando foi fechado, que o parque voltará a receber o público em geral. Em 2008, a reserva teve alguns equipamentos revitalizados e até foi reaberta, mas só para grupos de escolas públicas e privadas da cidade, alguns grupos esportivos e comunidades religiosas. Além disso, o aspecto da proteção à natureza ali presente é tido como um grande triunfo entre pessoas ligadas ao meio ambiente.

Em seu discurso, o prefeito ressaltou o modelo de gestão que tem adotado em programas e equipamentos municipais, de destacar pessoas para cuidarem exclusivamente daquilo. A fórmula, que já se provou como de sucesso, repete-se no Parque Natural Municipal Francisco Affonso de Mello. Vera Lúcia de Oliveira e Arlene Usier Pinto, duas biólogas da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, são as gestoras da unidade de conservação.

A secretária municipal do Verde de Meio Ambiente, Maria Inês Soares Costa Neves, lembrou que o plano de manejo é um documento técnico previsto na lei 9.985/2000, que versa sobre unidades de conservação e proteção integral. Ela frisou ainda que, desde agosto, o conselho consultivo do parque foi reestruturado, portanto qualquer decisão referente à reserva ecológica tem de passar primeiro por este conselho e, posteriormente, pelo Conselho Municipal do Meio Ambiente.

O plano em si foi apresentado por Maurício Alcântara Marinho, coordenador do grupo de manejo do Instituo Ecofuturo. No documento, tido como o instrumento de gestão mais importante de uma unidade de conservação, estão listadas espécies de mamíferos, aves, anfíbios e peixes identificados no parque, além de espécies endêmicas e exóticas de plantas. O plano detalha também o zonamento do parque, apontando itens como a zona primitiva, em que nada pode ser mexido, a zona de uso extensivo, que pode ser utilizada para trilhas, mas sem qualquer edificação, e a zona de uso intensivo, onde está, por exemplo, o Centro de Visitantes.

Também constam no plano de manejo itens de valor histórico e cultural encontrados no parque, como a cruz do século e o local onde funcionou a primeira estação de distribuição de água do município. Além disso, o documento mostra melhorias estruturais, que já estão garantidas graças a liberação de duas verbas de compensação ambiental, sendo uma da Petrobras (R$ 300.000,00) e outra de Furnas Centrais Elétricas (R$ 186.740,90).

Os recursos serão aplicados na instalação de uma praça de alimentação, um laboratório de anatomia e morfologia vegetal, um laboratório de biologia geral, dois auditórios com capacidade para 30 pessoas cada e um museu da água. Tudo isso aproveitando a estrutura já existente, que será totalmente adaptada.

A intenção é instalar dispositivos que atraiam o público, sem perder de vista a vocação do parque, que é a educação ambiental. Nos dias da semana ele deve manter as portas abertas para visitas de alunos e professores de escolas da cidade, e aos finais de semana ele deve receber todo tipo de público, sob a modalidade de visita monitorada.

A revisão do plano de manejo foi executada pelo Instituto Ecofuturo, com investimento de R$ 318 mil, oriundo de uma compensação ambiental da indústria Cevasa – Central Energética Vale do Sapucarí, do Grupo Cargil. A apresentação do documento foi acompanhada por diversos secretários municipais, pelo presidente do Instituto Ecofuturo, Paulo Groke e também pelo vice-presidente da ONG SOS Mata Atlântica, Paulo Nogueira Neto. (LMS)

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